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sábado, 16 de novembro de 2019
DEUS CRIOU O HOMEM PARA SERVI-LO E ADORÁ-LO
VERDADES POUCO REVELADAS
1 – Deus fez o inferno para
o Diabo e seus anjos, mas não escolheu as pessoas para serem lançadas no
inferno, embora Ele saiba quem vai fazer esta escolha.
2 – Deus não criou o homem
para o inferno. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26 e
27) para cuidar e cultivar o jardim do Éden.
3 – Deus não colocou a
maldade no coração do homem (Gênesis 6:5). Deus mandou que ele fosse fecundo e
que enchesse a terra.
4 – Não foi Deus quem
corrompeu a terra (Gênesis 6:11-13). Deus endureceu o coração de Faraó, mas foi
o homem quem endureceu o seu coração (Zacarias 7:11-13). Foi o homem quem deu
as costas para Deus para não ouvir a lei.
5 – Erram aqueles que dizem
que Deus manda o homem para o inferno, pois Ele mesmo diz que não se alegra com
a morte do ímpio. O desejo de Deus é que todos os homens sejam salvos (1
Timóteo 2:1-4). Isso é confirmado em 2 Pedro 3:8 e 9).
6 – Deus escolhe os que
devem ser salvos? Tito 2:11 a 14 diz que a graça salvadora de Deus se manifesta
a todos os homens e não em todos os homens.
7 – Atos dos Apóstolos 17:30 e 31 nos deixa diante da afirmativa de
que Deus quer que todos os homens, em toda parte, se arrependam. Em sua longanimidade,
Deus não quer que nenhum pereça, mas que se arrependam, como nos diz 2 Pedro
3:9.
8 – O Livro da Vida é aquele
onde estão os convertidos, mas Deus disse que riscará dele todo aquele que
pecar contra Ele (Êxodo 32:33).
9 – Deus não riscará do
Livro da Vida o vencedor que estiver com vestiduras brancas. Este será
confessado diante de Deus e dos seus anjos (Apocalipse 3:5).
10 – Deus é justo mas não é
cruel. A crueldade está no coração do homem que não conhece a Deus. Se Ele diz que não tem prazer na morte de
ninguém (Ezequiel 18:30 a 32 e 33:11 a 16), como mandaria homem para o inferno?
A CRIAÇÃO DO HOMEM
11- Deus não criou o homem.
O homem é um projeto de Deus e não há nada tão perfeito quanto ele. É tão
perfeito que serviu de modelo para a mulher.
12 – Des criou os céus e a
terra. Criou a luz, as trevas, o firmamento, os mares, a relva, as ervas, as
árvores frutíferas, os luzeiros (sol, luz, estrelas), os peixes, as aves, os
animais marinhos, os seres que rastejam, os animais domésticos, os répteis.
13 – Para formar o homem,
ele não usou apenas palavras, mas um produto especial: a terra, o segundo
símbolo de suas criações. Portanto, o homem foi projetado por Deus, com
capacidades incríveis não dadas a nenhuma das outras criações Divinas. O homem
é um ser extraordinário.
14 – para formar o homem,
Ele contou com a participação do Espírito Santo, pois em todas as criações, ele
usou o FAÇA-SE, mas para formar o homem Ele disse: FAÇAMOS.
- “Façamos o homem à nossa
imagem e semelhança... Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e
deu o fôlego da vida”.
15 - Deus não havia ainda
encontrado uma companheira ideal para o homem, até que usou uma de suas
costelas para formar a mulher. “E disse o homem: Esta, AFINAL, é osso dos meus
ossos e carne da minha carne”.
A QUEDA - ADÃO FOI O CULPADO?
16 – Segundo as Escrituras
Sagradas, a desobediência não veio do homem e sim da mulher. Há dúvidas sobre
isso? Então vejamos!
17 – Num diálogo contido em
seis versículos, a mulher foi convencida, pela serpente a comer o fruto
proibido por Deus. Certamente o diálogo não foi tão rápido como muitos pensam.
18 – A mulher sabia que
podia comer de todos os frutos de todas as árvores do jardim, menos da árvore
do conhecimento do bem e do mal. Ela estava bem informada! Quem passara para
ela essa informação? Deus? O homem?
19 – Deus reconheceu que o
homem foi persuadido pela mulher: “Visto que atendeste a voz de tua mulher e
comeste da árvore que eu te ordenara não comesses...” (Gênesis 3:17).
20 – Por que Deus não
castigou primeiro ao homem? Deus castigou primeiro a serpente; depois castigou
a mulher; em seguida, castigou ao homem (Vs. 14 a 17).
A INDIGNAÇÃO DOS LÍDERES
JUDEUS
Os ensinamentos de Jesus
Cristo não foram agradáveis aos olhos dos líderes judeus da época, que
esperavam um discurso brando, conforme os seus anseios.
Mas Jesus não foi enviado
para fazer a vontade dos homens, mas do Pai que o enviou para mostrar a
verdade. Até os próprios discípulos de Jesus chegaram a não suportar o peso dos
ensinamentos do Mestre.
21 – Jesus disse que
morrerão sem perdão de seus pecados os que não crerem nele. Quando ele disse
que não era desse mundo, como os líderes judeus, estes passaram a persegui-lo.
22 – Outras declarações
aumentaram a indignação dos judeus. Quando ele disse que ele e o Pai são um e
que ele é o próprio Deus, o murmúrio aumentou ainda mais.
23 – A indignação criou
grandes proporções quando Jesus disse que sabia tudo a respeito deles e que só
diz o que o Pai ordena, o que o Pai o ensinou. Eles não iriam entender as
palavras do Filho de Deus.
24 – Quando ele disse que o
Pai estava com ele e que fazia somente o que
agrada ao Pai, os líderes judeus tentaram matá-lo a pedradas.
25 – Muitos daqueles judeus
creram nele e aos que creram nele, disse que seriam seus discípulos se
obedecessem aos seus ensinamentos. E disse:
E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
26 – Era difícil para aquela
gente entender que a verdade de quem Jesus falava era o próprio Deus.
BUSCANDO A DEUS
Não podemos viver distante
de Deus. Independente dos problemas, das ocupações, das aflições, das
enfermidades, devemos estar juntinhos, coladinhos a Deus. Sem Ele não há vida,
não há alegria, não há felicidade.
Deus deve ser o nosso amor
maior, o alicerce da nossa vida espiritual, o refúgio seguro e verdadeiro. Devemos
amá-lo, servi-lo e adorá-lo em espírito e em verdade. Ele é e sempre será o
nosso caminho, a nossa fortaleza.
27 – O profeta Isaias disse:
“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o
perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor,
que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em
perdoar” (Is. 55:6 e 7).
28 – As Escrituras Sagradas
dizem em Êxodo 19:6 e 7: “Agora, pois, SE, diligentemente ouvirdes a minha voz
e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre
todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes
e nação SANTA”.
- Quando ele diz nação santa,
não está dizendo nação salva, mas uma nação separada para servi-Lo. Prova disso
é que nem todos que pertenciam a esta nação santa, fizeram a vontade de Deus.
- Precisamos notar também
que Deus apresenta uma condição, ao dizer “SE ouvirdes a minha voz”. Ele não
faz uma afirmativa categórica.
29 – Em Deuteronômio 7:6,
Moisés escreveu: “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu
Deus, te escolheu para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que
há sobre a terra”.
- Moisés está se dirigindo
ao povo de Israel, o mesmo povo tirado da escravidão de 410 anos no Egito.
Muitos deles desobedeceram a Deus e foram castigados.
- Impacientes, chegaram a
construir um bezerro de ouro para adorar, enquanto Moisés estava com Deus
durante 40 dias para receber os mandamentos.
30 – A carta de Paulo aos
Romanos, capítulo 9, versículos 4 e 5 fala sobre a incredulidade dos judeus,
dizendo: “São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as
alianças, a legislação, o culto e as
promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a
carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!”.
31 – Jesus Cristo deve ser
visto, respeitado e adorado como o Filho
de Deus, de quem recebeu todo o poder no céu e na terra. Quem assim não fizer,
um dia haverá de fazê-lo, quer queira, quer não.
32 – As Escrituras Sagradas dizem que no juízo final, todos
reconhecerão que ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, estejam felizes ou
desesperados.
33 – Jesus disse aos líderes
judeus que “ser livre para fazer o mal não é liberdade, é a mais dura servidão
ao pecado, pois todo que comete pecado é escravo do pecado”.
- Para eles, ser descendente de Abraão era ser
livre da escravidão do pecado. Eles chegaram a dizer “Somos descendentes de
Abraão e jamais fomos escravos de alguém (João 8:33).
- Está claro de que ser
descendente de Abraão não quer dizer que faz parte do povo de Deus. Mesmo sendo
descendentes de Abraão, eles queriam matar o Filho de Deus. (João 8:37).
SER OU NÃO SER ESCRAVO DO
PECADO
34 – O homem se torna
escravo do pecado quando perde o domínio sobre o seu instinto perverso. Ele
passa a pecar por prazer e só está feliz quando pratica o mal.
- Segundo as Escrituras
Sagradas, todos pecaram e aquele que diz não pecar já comete pecado. Ninguém é
perfeito, mas podemos ser irrepreensíveis.
- Se quem comete pecado é
escravo do pecado e se Jesus Cristo morreu pela remissão dos nossos pecados,
como explicar essa “escravidão”?
- Antes da conversão, o
homem estava morto em seus delitos e pecados. Agora convertido e fazendo a
vontade de Deus, torna-se uma nova criatura. Já não é mais escravo do pecado,
mesmo sendo pecador pela natureza humana.
- Se somos livres do domínio
do pecado ao sermos libertos por Jesus e se continuamos escravos do pecado,
logo, ninguém foi liberto por Cristo?
- Em João 8:36 está escrito:
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
A
CIRCUNCISÃO
35 – Para os judeus, a
circuncisão era o símbolo da salvação, mas Paulo deixou bem claro, em sua Carta
aos Romanos que a circuncisão sem a prática da lei não tinha valor algum
(2:25).
- No versículo 26 ele diz
que a incircuncisão com a prática da lei, tem seu valor.
- Isso nos leva a crer que o
batismo sem a obediência aos ensinamentos bíblicos, não tem valor algum. Não
passa de um simples ritual para registros fotográficos e para tornar uma pessoa membro de uma denominação.
- Por serem circuncidados,
os judeus se achavam superiores, mas Paulo disse que eles não tinham vantagem
sobre os não-judeus. (Rom. 3:9).
- Paulo continuou dizendo
que o povo escolhido tem privilégios e responsabilidades que outros povos não
têm (Rom. 3).
36 – Falando a respeito da
salvação do povo escolhido por Deus, o apóstolo Paulo disse em Romanos 9:27
> “Mesmo que o povo de Israel seja tão numeroso como os grãos de areia da
praia do mar, somente alguns deles serão salvos”.
- O povo de Israel
(escolhido por Deus para ser o seu povo) procurava se salvar por meio das suas
ações e não por meio da fé, mas Paulo disse que só são aceitos por Deus os que
creem nele (Rom. 9:32).
- Em Romanos 10:13, Paulo
diz: “A salvação vem pela pregação da palavra e garante que Deus abençoa a
todos que pedirem a sua ajuda”.
- Só pede ajuda quem crer;
para crer precisa ouvir a mensagem; só ouvem se alguém pregar; só prega se for
chamado e enviado. É o que nos diz Romanos 10:14 e 15.
- No entanto, nem todos que
ouvem aceitam a mensagem. Logo, a fé vem pelo ouvir a mensagem e aa mensagem
vem por meio da pregação a respeito de Cristo, o Salvador (Rom. 10:16 e 17).
37- Deus rejeitou a muitos
pela falta de fé. Os próprios israelitas chegaram a matar os profetas e até
destruíram altares de Deus (Rom. 11:2 e 3). Então, Deus endureceu o coração e a
mente deles; seus olhos não enxergavam e seus ouvidos não ouviam ((Rom. 11:8).
- Os judeus, por serem
descendentes de Abraão, não aceitavam ser escravos. Eles não sabiam que quando
alguém decide ser escravo, passa a obedecer ao seu senhor.
- Assim, são aqueles que se
tornam dependentes do pecado: só fazem o que não é bom, o que não é direito,
mas quando se libertam do pecado, passam a fazer o que é direito. Passam a ser
escravos de Deus. (Rom. 6:16 a 23).
38 – A pessoa é escrava
daquilo que a domina: uns são escravos dos hábitos imorais; outros são escravos
da verdade que está em Jesus Cristo (2 Pedro 2:19).
- Mesmo sendo todos os
judeus descendentes de Abraão, somente os filhos da promessa ficariam na casa
(João 8:35), ou seja, os verdadeiros filhos.
- São considerados verdadeiros
os que fazem a vontade de Deus. Um templo pode estar lotado de cristãos, mas
são poucos os que provam estar seguindo os ensinamentos bíblicos.
(Por Adalberto Claudino Pereira)
-o-o-o-o-o-o-
A REFORMA PROTESTANTE - ONDE ESTÁ A VERDADE?
COMO FALAR AOS NOSSOS FILHOS
SOBRE A REFORMA LUTERANA?
- Protestante não é sinônimo
de cristão. Muitos batem no peito dizendo-se protestantes. Presidiários que se
rebelam exigindo melhores condições de vida no presídio também são
protestantes.
- O mundo está repleto de
protestantes que, em atos públicos reivindicam soluções para os seus problemas.
Martinho Lutero foi considerado protestante pelo clero, por se rebelar contra a
Igreja Católica Apostólica Romana, mas não era seguidor de Jesus Cristo.
- A Igreja de Jesus Cristo,
conhecida como Igreja Primitiva, foi uma igreja perfeita, completa, sem
questionamento e sem espaço para reformas, principalmente as humanas. Era uma
Igreja formada por homens consagrados e que procuravam fazer a vontade de Deus,
seguindo os seus ensinamentos.
- A Igreja primitiva era uma
Igreja bíblica, integrada por pessoas convertidas pelo Espírito Santo, o que a
transformou num símbolo de integridade espiritual. Sua história, sem muito
exagero, está em Atos dos Apóstolos, capítulo 2 a partir do versículo 42 até o
47 (como viviam os convertidos).
- Olhando pelo lado real dos
fatos, a Igreja de Jesus Cristo, que já nasceu reformada, tem como base as
Escrituras Sagradas, escritas por homens inspirados por Deus. Ela não pode ser
reformada por homens que se divergem em seus pensamentos e em suas
interpretações.
- As Escrituras Sagradas
foram escritas muito antes do lançamento do primeiro livro de história escrito
pelo homem, segundo os seus interesses comerciais. Aas Escrituras Sagradas não
foram escritas em função da vontade do homem, mas para contar as maravilhas
Divinas e mostrar o caminho certo a ser seguido pelos cristãos.
AS RAZÕES POLÍTICAS E SOCIAIS DA REFORMA
LUTERANA
- Nossa história começa com
o impacto causado pelas transformações sociais contra a Igreja Católica
Apostólica Romana durante o século XVI.
- As primeiras reações:
Erasmo de Roterdam criticava veementemente a Igreja Católica pela falta de
humildade e pobreza, sempre valorizando o luxo, a riqueza, o prazer e a
ociosidade.
- Erasmo de Roterdam, em
suas críticas sempre apontava como exemplo a Igreja cristã primitiva, para ele
um exemplo de simplicidade, piedade e amor ao próximo.
- Na verdade, a Igreja
Católica acumulava riquezas materiais, como artigos de luxo, obras de arte e a
terra. Ela era uma das maiores proprietárias de terra. Os nobres queriam se apropriar
dessas terras.
- A Igreja Católica cobrava
indulgências e as pessoas pagavam um preço alto para terem direito a um lugar
no Paraiso, conforme ensinamento do clero romano.
- A Igreja Católica garantia
que se um cristão tivesse mantido relações incestuosas e pagasse as
indulgências papais, o papa perdoava os seus pecados e que Deus devia fazer o
mesmo. Pagando as indulgências, o pecador ia direto para o céu.
- Havia uma insatisfação por
parte do Império Romano, enfraquecido pelos impostos enviados pela Igreja para
Roma. Esta ação da Igreja deixava o
Império enfraquecido economicamente.
- Por outro lado, ainda
envolvendo a política econômica, a burguesia alemã via a Igreja como um sério obstáculo
a suas atividades, comparada à burguesia da Inglaterra e da França. A
insatisfação crescia cada vez mais.
- Por ser a maior
proprietária de terras da Alemanha, a Igreja era veementemente combatida pela
nobreza feudal alemã.
- Por outro lado, os rumos
tomados pela Igreja, com os impostos bastante pesados, também revoltaram os
camponeses, que viviam duras jornadas de trabalho.
- A situação se agravava e a
Igreja Católica passou a ser alvo de críticas de todas as classes sociais. Não
se tratava de problemas religiosos, mas sócio-econômico.
LUTERO X
IGREJA CATÓLICA
- O monge agostiniano
Martinho Lutero, integrante do clero romano (não fazia parte da Igreja de
Cristo), era um protegido pelo príncipe Frederico, um dos insatisfeitos com a
Igreja.
- Ao conhecer as ideias de
alguns humanistas como Erasmo de Roterdam, e os escritos de Santo Agostinho e
São Paulo, Lutero despertou para outra realidade.
- Lutero chega à conclusão
de que de nada valiam os jejuns, as peregrinações e as boas ações em favor da
Igreja ou a ajuda aos padres e santos para conseguir a graça Divina. Só a fé
salvaria o homem.
- A descrença de Lutero na
Igreja Católica aumentou em 1517, quando o papa mandou um padre arrecadar
dinheiro na Alemanha com a venda de indulgências.
- Voltando sua atenção para
as Escrituras Sagradas, Martinho Lutero, que não tinha qualquer ligação com a
Igreja de Cristo, afixou na porta da Catedral onde era pregador, 95 proposições
contra o papado.
- Não foram poucas as
tentativas do clero romano para remover do monge agostiniano essa ideia
rebelde.
- Sem êxito, o clero romano
taxou Lutero de protestante (pelos seus protestos e não por ser crente), e ele
passou a ser perseguido pela Igreja. Por isso, ele recebeu uma maior proteção
do príncipe da Saxônia.
- Foii justamente no período
em que se refugiou no Castelo do príncipe, que Lutero formulou as ideias
básicas que originaram na Reforma. É bom lembrar que essa reforma seria na
Igreja à qual ele pertencia e não na Igreja de Cristo.
- A nobreza alemã ficou bastante
satisfeita quando Martinho Lutero condenou a Igreja Católica. Isso lhe daria
uma justificativa para tomar as terras do clero.
- Uma luta entre os nobres
ligados à Igreja e os bandos armados que investiam contra as terras do clero,
se estendeu de 1522 a 1523.
- Tomás Munzer, que pregava
a reforma agrária, a igualdade social, liderou uma violenta rebelião, que
varreu o Império.
- Diante disso, Martinho
Lutero propôs aos nobres protestantes (não se tratava de crentes) e católicos
uma reunião para esmagar o inimigo comum, no caso os camponeses.
- O movimento de Lutero
contra a Igreja Católica passou a receber outros adeptos, entre eles, João
Calvino, cuja doutrina era a preocupação com o trabalho, acumulando riquezas e
não gastá-las.
- Em Paris, católicos franceses
passaram a perseguir os simpatizantes das ideias de Lutero. Por isso, Calvino, sendo um deles, fugiu para Genebra, na Suíça.
- Seguindo as ideias de
Lutero, Calvino passou a receber a adesão de parte da nobreza francesa, que
lutava contra o poder centralizador do rei, que era católico.
- Na Inglaterra, Henrique
VIII, pretendia continuar a política centralizadora do pai, Henrique VII, mas
foi combatido por parte de um setor da nobreza, principalmente da Igreja
Católica.
- Henrique VIII não
simpatizava o movimento luterano. Em 1533, ele pediu ao papa a anulação do seu
casamento. Com o pedido recusado, ele rompeu com a Igreja Católica.
- Um ano depois, em 1534, o
Parlamento inglês aprova o Ato de Supremacia, mantendo a Igreja sob autoridade
real. Surge, então, a Igreja Nacional, ou Anglicana, independente de Roma.
- Assim, todas as
propriedades da Igreja Católica passaram para o Estado ou para as famílias nobres apoiadoras do rei. Com
isso aumenta a força econômica dos nobres.
- Vale salientar que a
Igreja Anglicana era idêntica à Igreja Católica. A única diferença era o não
reconhecimento a autoridade do papa.
- Ela era diferente da
Igrejaa Luterana, criada pelos adeptos de Lutero, que aboliu praticamente todos
os títulos da Igreja Católica. Os luteranos eram chamados de protestantes,
herança do título dado pelo clero a Lutero.
- Por não reconhecerem a
autoridade papal, católicos anglicanos e protestantes (seguidores de Lutero)
passaram a ser perseguidos pelo rei.
ENFRAQUECIMENTO DA
IGREJA CATÓLICA
- Em 1558 a rainha Isabel I
oficializa o anglicanismo inglês. Sem o apoio da rainha, a Igreja Católica
enfraquece e reage com a implantação da Contra Reforma.
- Grande parte da Alemanha
se converte ao luteranismo, colocando em xeque a autoridade do catolicismo na
França, na Holanda e na Boêmia, depois Tchecoslováquia.
- Surge, então, a chamada
Santa Inquisição, uma espécie de tribunal criado pela Igreja Católica para
julgar quem difundisse novas ideias religiosas, ou seja, o protestantismo
luterano.
- Além desse “tribunal”,
também chamado de Tribunal do Santo Ofício, a Igreja Católica criou o Index Librorum
Proibitorum, uma lista de livros proibidos para um católico romano.
- Em 1545, realiza-se o
Concílio de Trento. O objetivo desse concílio era trazer novas formas de
combater o protestantismo luterano.
- A Igreja Católica foi
reforçada com novas ordens religiosas, sendo a mais famosa delas a Companhia de
Jesus, fundada em 1534, por Inácio de Loyola. Nascia, a partir daí, a Ordem dos
Jesuítas, com uma rigorosa disciplina.
CONCLUINDO
Pelo desenrolar da história,
chega-se a uma conclusão óbvia de que a Reforma tão bem comemorada por muitos
evangélicos foi um acontecimento com interesses comerciais e políticos.
Esses interesses por parte
do império, dos burgueses, dos camponeses e pelo clero, fortaleceram as ideias
de Martinho Lutero, interessado em mudar o comportamento da Igreja Católica
(jamais da Igreja de Jesus Cristo).
Muitas pessoas foram
executadas, e os interesses de todos causaram tragédias e banhou de sangue os
países envolvidos. Não era o que Lutero pensava e prova disso é que ele ainda
tentou evitar essas tragédias.
O objetivo maior e único do
monge católico Martinho Lutero era corrigir os erros cometidos pela Igreja
Católica Apostólica Romana, da qual ele fazia parte e por quem foi perseguido e
até excomungado.
As tentativas de Lutero,
depois de descobrir os erros da igreja de Roma, não surtiram os efeitos por ele
esperados, visto que a Igreja Católica manteve e ainda mantém, até hoje, o seu
ponto de vista tradicional.
Encerramos este estudo
insistindo na óbvia afirmativa de que a Igreja de Jesus Cristo não precisava e
nunca precisou de um padre católico para reformá-la. Ela já nasceu perfeita,
segundo os ensinamentos do Messias.
Então, diante do que foi exposto,
os crentes em Jesus Cristo não têm o que comemorar, em se tratando de uma
Reforma, cujos interesses eram sociais, comerciais e políticos.
Muitos crentes, na verdade,
precisam de uma reforma espiritual, devendo, para isso, manter-se firmados na
fé através de estudos profundos e cuidadosos das Escrituras Sagradas, palavras verdadeiras do nosso
Deus todo poderoso.
(Por Adalberto Claudino Pereira)
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