terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

                            OS SAPATOS DO HONORATO

Criação de Adalberto Pereira

Seu Honorato era um cidadão pacato, nascido e criado na Vila “Recanto do Sabiá”. Tinha um coração de ouro; não podia ver alguém passando necessidade, que logo procurava ajudar dentro de suas limitações.

Com 18 anos, tomo como esposa a jovem Clarice, uma das mais belas donzelas da região e bastante cobiçada pelos rapazes ali residentes. Mas nem ele mesmo sabia dizer por que ela deu preferência a ele. Coisa de Deus, respondia ele ao ser questionado.

Daquele feliz casamento nasceram três filhos: um menino e duas meninas. Uma criação exemplar fez dos filhos pessoas bastante respeitadas e muito queridas. Na escola, eram motivos de admiração pelos professores, que sempre os citava como bons exemplos.

A casa do Honorato era muito visitada e a vizinhança passava momentos agradáveis, ouvindo histórias e conselhos do casal. Alguns levavam até literaturas de cordel para d. Clarice ler com sua voz doce e suave. E isso varavam as madrugadas.

Os anos passaram, os filhos cresceram, casaram e deram netos ao casal Honorato e Clarice. Os netos cresceram e sempre iam para a casa dos avós, esperando seu Honorato chegar da roça para contar engraçadas histórias. Da cozinha, d. Clarice ria em silêncio feliz com o carinho como os netos os tratavam.

Era um dia de sábado, quando seu Honorato montou no cavalo “Faísca” para ir à feira, como sempre o fazia. Mas não saía antes de ouvir os pedidos dos netinhos, que acenavam para o avô até desaparecer na curva da estrada.

Entre as compras costumeiras, estavam um par de sapatos 38, uma saia plissada para a mulher, umas blusinhas e algumas balinhas e pirulitos para os netinhos; uma camisa para o filho do compadre Néco de Luzia e uma caixa de chocolates para os três filhos.

Sentou um pouco na calçada da bodega do amigo Zeca Lucena para falar de coisas concernentes à vida na roça. Olhou pro céu e disse: Vixi, o sol já se escondeu, gente! Levantou-se, montou o “Faísca” e se mandou em busca de casa.

De repente, viu sair de dentro do matagal, dois sujeitos maus encarados, que foram logo gritando:

- Passa pra cá o dinheiro, velho gagá!

Sem reagir, Honorato apenas disse que só lavava comida e que não tinha sobrado um vintém sequer.

Um dos malandros, olhando para um saco diferente perguntou:

- E o que você tem aí, dentro desse saco, velho idiota?

Com a voz calma, e tentando esconder o nervosismo, ele disse:

- Aqui eu levo dois trinta e oito e umas balinhas para…

Sem ouvir o resto do relato, e bastante amedrontados, os dois facínoras deram meia volta e saíram em disparada desaparecendo no matagal, deixando a vítima sem entender patavina.

Em casa, ao contar o ocorrido, todos dispararam numa sonora gargalhada e explicaram ao Honorato que os bandidos pensavam se tratar de dois revólveres calibre 38 e de balas para as armas.

Essa história passou a fazer parte do já vasto repertório do Honorato, que a contava com jeito de cabra valente, como se fosse dela o grande herói!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

DEIXOU ESCAPAR: Ministro de Lula cita RESULTADO DIFERENTE de 2022 e o re...


                                         A TEIMOSIA DOS PARDAIS

Criação de Adalberto Pereira

O ser humano, em sua grande maioria, vive de costumes; uns louváveis e dignos de tolerância; outros, ao contrário, vítimas de repugnância. Cada um tem uma justificativa, mesmo injustificável, para defender a sua teimosia.

Eu, como um ser humano normal, também tenho alguns costumes. Como exemplo, cito aquele de, logo ao acordar, tomar meu cafezinho sentado na minha tradicional cadeira de repouso (veja foto), contemplando os cantos dos passarinhos. O mesmo eu faço após o almoço.

Aliás, é nesta cadeira onde eu crio as minhas histórias. Eu até coloquei nela o nome de “cadeira do professor Pardal”. Nela, sento-me e, quando menos espero, lá vem aquela vontade de escrever. Para não perder a vontade e o assunto, corro para o computador e faço o que Deus manda que eu faça.

Eu criei um viveiro natural, onde alimento vários passarinhos. São uns vinte merros, dois casais de canários, alguns beija-flores, várias rolinhas, os pardais são incontáveis e, vez por outra, surgem alguns periquitos e bem-te-vis. Juntos, formam um belo coral, que até me inspiram para novos textos. E foi justamente vendo esses pássaros que me veio a ideia de comparar certas pessoas aos pardais. 

É que eles são deselegantes ao se deslocarem de um lugar para outro usando o solo e, por mais que eles se juntem aos canários e às rolinhas, não conseguem a sua elegância do caminhar e a sua beleza no cantar. Os pardais, talvez por serem teimosos demais, não aprendam a ser iguais aos canários e às rolinhas.

Conheço pessoas que, por mais que você mostre o que é certo e o que é errado, elas sempre continuam trilhando pelo caminho errado. Até parece que se sentem bem em assim procederem. Muitos até fazem questão de defenderem quem anda na contramão da verdade.

Lembrei de um amigo meu que, vendo-me entristecido com a mudança de comportamento de um determinado cidadão, assim falou:

- Não se preocupe, amigo, ele está seguindo o caminho que se identifica muito bem com ele. Se você descer até lá, perde a sua integridade e o se caráter. Não sinta vontade de provar do mesmo farelo.

Sabe que eu até cheguei a me convencer de que meu amigo tinha lá suas razões! Mas o problema é que quem aprendeu o caminho da honestidade e da idoneidade moral, não se conforma com os deslizes de quem você tinha tanto orgulho.

E cada vez que me acomodo na “cadeira do professor Pardal” para tomar meu cafezinho da manhã ou para o meu descanso depois do almoço, vejo os mesmos pardais pulando em sua deselegância, enquanto os canários e as rolinhas ao lado deles caminham com elegância e beleza.

Eu até chego a rir em silêncio, lembrando das pessoas de quem eu tentei remover ideias absurdas, mas que não obtive êxito. Nascem aí as mais diversas interrogações em busca de uma resposta óbvia. O que essas pessoas metidas a intelectuais encontram de positivo ao escolherem o pior caminho?

Então eu penso na possibilidade de um milagre: Já pensou que de repente esses pardais começassem a andar como os canários e as rolinhas? É aí que eu dou um leve toque na cabeça e murmuro: ACORDA, ADALBERTO!

É o mesmo que esperar um canguru acompanhar a elegância do caminhar de uma onça ou de um leão. Levando para um caso mais comum: é o mesmo que esperar um político corrupto devolver os valores usurpados dos cofres públicos.

Ihhhh! Já não está mais aqui quem pensou e escreveu. Melhor se conformar com a teimosia dos pardais.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

                              A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA - PARTE 02

Por Adalberto Pereira

Alguns artigos merecem destaques especiais, pela sua importância para a manutenção da ordem e do ´progresso da Nação. O artigo 25, por exemplo, dá destaque aos Estados Federados.

Diz, em seu “caput”, que os “Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º – São reservados aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

§ 2º – Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizados, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

§ 3º – Os Estados podem, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Assuntos como os Bens dos Estados, eleições e número de Deputados, eleição de Governador e vice Governador, recorram aos artigos 26, 27 e 28 da Constituição.

 

               CONHECENDO A NOSSA CONSTITUIÇÃO - PARTE 01

Por Adalberto Pereira

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL é a Carta Magna do País e diante dela curvam-se os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, rendendo-lhe plena e total obediência. Qualquer ato contrário será considerado ARBITRÁRIO.

As leis Orgânicas estaduais e municipais estão abaixo da Constituição Brasileira.

O Artigo Primeiro da Constituição Brasileira inicia a narrativa a respeito dos Princípios Fundamentais, da seguinte forma:

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Parágrafo Único – Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Indo ao Artigo 5º, ficamos sabendo que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, aos termos seguintes (78 alíneas).

Considerando-se os direitos dos deputados e senadores, o artigo 53 reza:

Os Deputados e Senadores são invioláveis, civis e penalmente, por qualquer de suas opiniões, palavras e votos.

§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Superior Tribunal Federal.

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

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