sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A HORA E A VEZ DA CULTURA


Parte 1
                           O LATIM NÃO ESTÁ MORTO

(Por Adalberto Pereira)

Não é difícil ouvirmos dizer que o “Latim é uma língua morta” quando, na realidade os seus prefixos e sufixos são responsáveis por grande parte da formação das palavras nas línguas neolatinas. O Latim existe desde o século VII a.C., desde a fundação de Roma em 753 a.C. até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.

Esta língua tem sua origem do Latium, uma região central da Itália. Ela começou a ser falada pelos pastores humildes e pelos rústicos agricultores.

Passou a ser usado de duas formas distintas: o Latim Clássico, conhecido como “Sermo Urbanus”, usado nas escolas  e academias; e o Latim Vulgar, conhecido como “Sermo Vulgaris”, usado sem preocupação de regras gramaticais.

Vale salientar que grandes escritores latinos como Cícero, César, Horácio e outros não usaram em suas obras o Latim Clássico, mas o usado pelo povo: o Latim Vulgar. Este era usado pelos soldados e pelos colonizadores romanos.

Um não é consequência do outro, pois os dois passaram a existir de forma simultânea, paralelamente, embora em situações e ocasiões diferentes.

A invasão bárbaro-germânica foi a causa principal e imediata da dialetação do Latim Vulgar. Isso foi o resultado da queda e fragmentação do Império Romano.

Comandados pelo general Tarique, no século VIII, os árabes, oriundos do norte africano, atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península.

Tentando impor sua cultura muito superior à da Península, os árabes procuraram sua língua como oficial, mas os peninsulares preferiram o Latim Vulgar, agora já bem modificado.

Apesar do seu alto nível cultural e do seu elevado grau de civilização e mesmo depois de mais de sete séculos na Península, os árabes exerceram pouca influência linguística.

Prova disso é que hoje existem apenas cerca de mil vocábulos de origem árabe no léxico português. Eles são caracterizados pelo prefixo AL, que é o artigo definido árabe.

Alguns exemplos desses vocábulos são: álgebra, algibeira, álcool, alcatifa, alface, algarismo, alfazema, alcachofra, almofada, alfafa, alfinete, algema, algodão, alqueire.

A CHEGADA AO BRASIL

A Língua portuguesa é considerada um prolongamento do Latim levado pelos romanos para a Península Hispânica, também conhecida como Ibérica, habitada pelos Iberos, um povo pacífico que vivia da agricultura.

Esta Península foi invadida no século VI a.C., pelos Celtas, um povo guerreiro e bastante turbulento. Eles se misturaram aos Iberos, formando assim os povos Celtiberos.

Os anos passaram e com eles surgiram os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses, que estabeleceram suas colônias comerciais ao longo da Península.

Com o objetivo de socorrer os Celtiberos do poder dos Cartagineses, soldados romanos foram enviados à Península, que foi invadida no século III a.C.

O resultado de tudo isso foi o domínio de toda a Península pelas legiões romanas. Em 197 a.C. a Península Ibérica torna-se província romana. Os povos vencidos eram obrigados a falar uma nova língua: o Latim.

Eles foram intransigentes ao imporem o uso do Latim, principalmente nas transações comerciais e nos atos oficiais, na organização do serviço militar, que era obrigatório.

Para mostrar o seu poder e para impor respeito, eles abriram escolas, construíram estradas, templos religiosos, organizaram o comércio e o serviço de correios. Só eram servidos aqueles que falassem o Latim.

Em se tratando da Língua Portuguesa (de Portugal), fundada a monarquia portuguesa, o dialeto falado era o Galeziano, ou galego-português, expressão vinculada à Galiza e Portugal.

Surge, então, duas línguas distintas: o Galego, preferido pela unidade Castelhana, e o Português, que evoluiu e se nacionalizou, chegando até aqui.
No entanto, o primeiro texto redigido exclusivamente em português foi a “Cantiga da Ribeirinha”, uma poesia escrita por Paio Soares Taveirós, dedicada a d. Maria Paes Ribeiro, a Ribeirinha. Isso, no século XII.

O Português arcaico foi conhecido através de poesias trovadorescas, reunidas em “Cancioneiros”, bem como na prosa de cronistas como Fernão Lopes, Gomes Eanes Zurara e Rui de Pina.

Em 1290 D. Dinis, conhecido como o Rei Trovador, tornas obrigatório o uso da Língua Portuguesa. É fundada em Coimbra, a primeira Universidade.

Somente em 1572, com o processo de aperfeiçoamento e enriquecimento linguísticos, e sob a influência dos humanistas do Renascimento, aparece a obra de Luis de Camões, “Os Lusíadas”. Este fato marcou a história do nosso idioma, sendo considerado o maior monumento literário e linguístico.

No século XVI, um fato histórico: inicia-se a gramaticalização do idioma, com a publicação, em 1536, da primeira Gramática da Língua Portuguesa, escrita pelo Pe. Fernão de Oliveira. A segunda veio em 1540, escrita por João de Barros. Ambas tiveram o mesmo título: Gramática da Língua Portugueza.

FIM DA PRIMEIRA PARTE
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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Felix de Souza Araujo e a História de Campina Grande.

CAMPINA GRANDE - PATRIMÔNIO CULTURAL

JUDD TRUMP X RONNIE O'SULLIVAN - FULL MATCH - 2019

O'SULLIVAN X ROBERTSON - FINAL F21 - 2019 - Tour Championship

RONNIE O'SULLIVAN X JOHN HIGGINS - DECIDING FRAME

O PASSADO CONTINUA VIVO NA MEMÓRIA


                                             O PASSADO NÃO MORREU  
  
Calma, gente! Estou chegando ao final! Garanto ser esta a última etapa, mesmo porque a partir de agora, o que acontecer comigo tudo será presente ou futuro! Nada de passado! Neste momento muita gente fez aquele tradicional UFA! Ainda bem que ele se tocou! O problema é que se não contar agora, depois do último suspiro será impossível. E ninguém  lembraria que eu existi, o que seria uma tragédia, depois de tanto sacrifício!

Geralmente, quando estamos escrevendo algo sobre o nosso passado, alguns fatos que achamos importantes fogem da nossa memória, mesmo porque não temos nada escrito e tudo está “engavetado” na nossa mente. Aliás, qualquer que seja a memória do ser humano, ela é incapaz de armazenar todos os fatos mais antigos.

Eu não me perdoaria se deixasse de citar alguns colegas que escaparam da minha lembrança, mas que fui lembrando ao longo dos dias. Entre esses amigos estão Osvaldo Medeiros, Abraão Teixeira, Inácio Bento, José Guedes, todos jornalistas que prestaram seus preciosos serviços aos jornais O Norte, Correio da Paraíba e A União. Na época, eu era correspondente do Diário da Borborema.

Minha passagem pela Rádio Itatiunga de Patos foi bastante promissora. Na minha época, a direção geral da emissora estava nas mãos de Pedro Oliveira Alves, que me convidou para completar o quadro ao lado de Nestor de Alcântara Gondim, Virgílio Trindade Monteiro, José Augusto Longo da Silva e o competente Liranil Fernandes, o único remanescente. Hoje, a direção da emissora está a cargo da Margaret Gusmão.

Na época eu estava no comando do Departamento de Jornalismo da Rádio Arco Iris, em Araripina, quando recebi o convite de Pedro Oliveira. A Itatiunga estava em boas mãos, com profissionais de alta competência. Dirigir o Departamento de Jornalismo de uma emissora recém-instalada, mas com pessoas de excelente qualidade deixou-me bastante feliz. Fizemos um trabalho para marcar época e que ainda hoje continua respeitado. Pedrinho escolheu o que havia de melhor na praça.

Como árbitro de futebol, trabalharam comigo Silvaneto Firmino, Dimas Alexandrino, Geraldo Carlos, Coremas, Geraldo Geraldino, Mário Leitão, Paulo de Tarso, Paulo Cesar e Anchieta. Todos eles bons profissionais, sempre seguros no exercício da função. A presidência da Liga Patoense de Futebol estava nas boas mãos de Juracy Dantas de Sousa. Cheguei a ser agraciado com medalhas pelas minhas atuações como árbitro.

Bem! Está na hora de seguir em frente a chegar à Petrolina, onde trabalhei na Emissora Rural A Voz do São Francisco e na Rádio do Grande Rio. Em ambas, exerci a função de Diretor do Departamento de Jornalismo, ao lado de colegas como Juarez Farias, Teones Batista, Farnésio Silva, Carlos Augusto, Iveraldo Nascimento, Geraldo Magela, Francisco Fernandes, Vinicius de Santana, Aloisio Gomes, destacando ainda monsenhor Gonçalo, Paulo Brito e Pe. Mansueto de Lavor.

Relacionando as emissoras onde emprestei meus serviços, começo pela Rádio Espinharas, Rádio Panati e Rádio Itatiunga, todas em Patos; Rádio da Grande Serra, Rádio Arco Iris FM e Rádio Araripina FM, todas em Araripina; Emissora Rural A Voz do São Francisco e Rádio do Grande Rio, ambas em Petrolina; e Difusora Rádio Cajazeiras, em Cajazeiras.

Na função de Assessor de Imprensa, prestei meus serviços na Câmara Municipal de Patos (8 anos); na Prefeitura Municipal de Patos (7 anos); III Batalhão de Polícia Militar, em Patos (2 anos); DNOCS de Patos (1 ano); Prefeitura de Santa Terezinha da Paraíba (2 anos); Câmara Municipal de Araripina (4 anos). Fui agraciado com dois títulos de cidadania: Cidadão Patoense (Projeto de Lei de autoria do vereador Polion Carneiro); e Cidadão Araripinense (Projeto de Lei de autoria da vereadora Camila Modesto).

E lá vou eu para Araripina! Eu estava na Rádio do Grande Rio, do Grupo Coelho, quando fui mandado pelo Dr. Geraldo Coelho para assumir a direção da Rádio da Grande Serra, em Araripina, conhecida a “terra da farinha”. Para mim tudo aquilo seria uma simples aventura, se não encontrasse a emissora da forma como encontrei: devendo a Deus e ao mundo e mergulhada num verdadeiro caos. Era o ano de 1986.

Em Araripina, a vida seguia quase que normalmente, não fosse a responsabilidade de tirar uma empresa do “vermelho” e fazê-la mudar de rumo. Foi por isso que o senhor Geraldo Coelho disse, ao mandar-me para lá: “Pegue sua bagagem e vá tomar conta da minha rádio em Araripina, antes que acabem de vez com ela!”. A situação era caótica mesmo e tinha até funcionário, cujas comissões estavam com seis meses de atraso.

Mas a equipe era boa, faltando apenas um leve “polimento”: Josafá Reis, Joel Coelho, Deusmar Carlos, Carlos Paixão, Normando Sóracles Gonçalves, Sueli Gomes, Magna Silvana, Valdízio Lacerda, Júnior, seu Alberto, a servente Francisca, e o Departamento de Pessoal com Maria das Graças, Socorro Cavalcante e Renato Paiva. Não há como não citar o Oliveira Paulino e madame Marilí. Com um ano, mudei o carro da empresa, quitei todas as dívidas e depois que “puxaram o meu tapete”, entreguei a rádio com saldo bancário e sem dever a ninguém. Os Coelhos foram ingratos e  deselegantes (ou covardes) comigo!

Conhecer a família Pereira Lima, através do ex-colega de faculdade de Agronomia Geovane, foi muito legal. Surgiram então Darticléia e Joaquim Filho, irmãos do Geovane. E foi o próprio Joaquim que, como presidente do Legislativo Municipal, convidou-me para redigir a Lei Orgânica do Município de Araripina, ao lado das ilustres figuras de Geral Granja Falcão, professor, poeta e historiador, e Dr. Armando Tavares da Silva, juiz de Direito da Comarca.

Como Diretora da Escola Independência, a professora Maria Darticléia Pereira Lima me fez um convite ousado: sabendo que eu havia participado de bandas marciais, em Campina Grande e Patos, convidou-me para ensinar algumas evoluções aos alunos da banda marcial daquela escola. Graças a Deus, foi um verdadeiro show, arrancando calorosos aplausos do público presente ao desfile de 7 de Setembro em Araripina.

Em Araripina conheci pessoas extraordinárias e meu ciclo de amizade foi um dos mais seletos. Basta para isso lembrar de pessoas como  Darticléia Pereira Lima, Elusana Valverde, Anita Bringel, Rivanda Albuquerque, Joaquim Filho, Valdeir Batista e seu irmão Valdemir Batista (Dr. Mimi), Cícero do Bazar Caruaru, Luzia Alencar, Joaquim Pereira Lima, Emanuel Santiago Alencar, Pr. Marcos José Limeira, Luizito Fotografias, Rômulo Jacó, Valmir Lacerda, Geovane Pereira Lima, Francisco Macário, Gil da Gráfica, Luiz Barreto, Augusto Modesto, seu Amando, entre outras figuras ilustres.

E vocês pensam que eu deixaria os vereadores no rol dos esquecidos? Enganam-se! Vale a pena citar Emanuel Bringel, Lula Sampaio, Sinval Ferreira, Salomão da Rancharia, Pedro Cordeiro, Amilton Leite, Arlindo Cordeiro, Boba Sampaio, Wilson de Benito, Badu, Tico de Roberto, Bartolomeu Dias de Castro, Evilásio Mateus, Camila Modesto e os funcionários Sílvio Romero, Socorro Gomes, Rosângela Feitosa, Hilda Nunes, d. Gilza, Gorete Saburido e Irismar Penha.

Também fiz muitos outros amigos, com quem convivi grandes momentos: Afonso Nunes; Valmir Lacerda; Cícero do Bazar Caruaru; Batista do Posto 4 Rodas; os fotógrafos Luizito e Rômulo Jacó; Zé Bihum; Evangelista (nosso querido Lista); Valdeir Batista; Arnaldo Lage; Expedito Arraes; Valdemir Batista (Dr. Mimi); Abdias Sinfrônio; Dr. Geraldo Magela, Juiz do Trabalho; Humberto Bertino; Pr. Marcos José Limeira; Dr. José Wilson (oftalmologista); Dr. Pedro Batista; Dr. Plínio Arraes; Netinho Andrade, Adauto Ferreira, entre outros.

Na Faculdade de Formação de Professores de Araripina, onde fiz meu curso de Licenciatura Plena em Letras, encontrei grandes mestres: Kátia (Latim), Paulo Ponciano e Áurea Carvalho (Português), Naziozênio, Paulo Fonseca e Elodi (Inglês), Eluzana Valverde, além de Maria Darticléia e Darlan Granjeiro Teles. Por sinal, tive a honra de substituir a Ir. Irza do Carmo Carvalho, professora de Língua Latina. Ser professor da faculdade que me formou, além de ter sido um grande desafio, foi uma saudável experiência, graças à confiança em mim depositada pela professora Darticléia.

Lecionei Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Colégio Destak, a convite da professora Zena Moisés. No mesmo colégio, lecionei Direito e Legislação no curso de Contabilidade. Vale a pena lembrar de colegas como Adriana, Marlene, Marcílio, Dayse, Gracinha, e a grande guerreira Luzia. A equipe do Destak era de uma competência ímpar, fazendo com que o colégio recebesse o respeito de todos os araripinenses. Tive ainda uma  CERu Luiz Gonzaga Duarte, onde lecionei Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.

Indo à Araripina é, para mim, uma questão de honra, visitar a Faculdade de Formação de Proferes - FAFOPA, a Câmara de Vereadores, o colégio Destak e todos os amigos que ali deixei. Também não posso deixar de lado a vizinha cidade de Marcolândia, onde construí um saudável ciclo de amizade. Como esquecer as boas conversas com Alencar Costa, Osvaldo Costa, Adauto Coutinho, Zé Nicolau, Antônio Carlos, Adauto Ferreira, Raimundo Rodrigues, Novinho, Roque Costa, Pr. Salvador e João das Placas?

Bem! Já chega! O negócio ficou longo demais e muita gente vai me chamar de “chato”. Assim, prefiro parar por aqui, deixando outros assuntos para a próxima etapa. Se eu esqueci algum nome, não foi de propósito! A culpa é da memória, que já está meio desgastada pelo tempo! Você pensa que é fácil chegar onde eu cheguei, lembrando tantas coisas?

(Por Adalberto Pereira)
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terça-feira, 27 de agosto de 2019

FILME - "DOIS FILHOS DE FRANCISCO" - COLATINA FILMES

EU MORAVA NO MONTE SANTO E VI OS DESTROÇOS DO AVIÃO - A Tragédia da Queda do Avião em Campina Grande em 1958

CHEGUEII AQUI COM 9 ANOS E SAÍ COM 19 - AGORA É SÓ SAUDADES! > Campina Grande - Retalhos de Saudade

AQUI, EU VIVI MOMENTOS DE MUITAS EMOÇÕES - AGORA É SÓ MATAR SAUDADES - Formatura do efetivo variavel de 2007 31º Bimtz Campina Grande-PB

RECORDANDO > PRIMEIROS 3 MESES DE UM SOLDADO RECRUTA

SIMPLESMENTE EMOCIONANTE! Guarda Padrão 16°G A C A P.

RECORDANDO OS 35 PRINCIPAIS TOQUES DE CORNETA DO EXÉRCITO BRASILEIRO

LEMBRANDO O FUNERAL DE BILLY GRAHAM, PREGADOR HONRADO EM WASHINGTON

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

MAZZAROPI EM "MEU JAPÃO BRASILEIRO" - (1964)

MASTERS OF MAGIC > 2016 - Fism Rimini Italy 2015

FILME "O MESTRE E O MONSTRO" > O ESTRANHO CASO DE DR. JEKYLL E MR. HYDE - (2003)

EDITORIAL DA VIDA


                                                UMA QUESTÃO DE GOSTO 

Há uma expressão popular que diz: “Gosto não se discute”. Apesar da popularidade, essa expressão nem sempre é levada a sério. Existem pessoas que fazem questão de discutir sobre as preferências alheias. E isso tem causado desconforto nas relações de muitos, até mesmo de grandes amigos.

Induzir alguém a ter o mesmo gosto, a mesma preferência que nós temos, não é o que aconselha a ética do bom senso. Não devemos insistir no que é impossível para uns, mesmo parecendo ser possível para outros. Isso pode causar constrangimentos incuráveis, o que não seria agradável para quem pretende manter uma grande amizade.

Há quem diga que “religião e futebol” não se discutem. Mas não é difícil encontrarmos pessoas que insistem na tentativa de persuadir alguém a seguir a sua religião, mesmo sabendo que isso não depende da vontade do homem. Nesse caso, essas pessoas passam a ser vistas como intoleráveis.

Da mesma forma, acontece em se tratando de preferência por determinados times de futebol. Cheguei a me afastar de pessoas que tentaram mudar algumas preferências minhas. E nem adiantava dizer-lhes que para mim, era questão de gosto e que só Deus mudaria! Já não tolerava mais encará-las.

Se faz parte da nossa personalidade aprendermos a conviver com as diferenças, por que, então, insistimos em querer mudar quem não quer ser mudado? Por que, então, insistimos naquilo que não depende de nós? Respeitar o gosto de alguém é uma decisão inteligente. Evita transtornos e intrigas.

Robson, um jovem de classe média alta, chamou em particular um amigo e perguntou por que as pessoas procuravam se distanciar dele. Com muito cuidado para não feri-lo, o amigo respondeu: - Você precisa mudar o seu comportamento! Você aborrece as pessoas tentando convencê-las a serem iguais a você. Seja mais reservado em seus gostos e em suas opiniões para não ferir os outros e ser por eles rejeitado.

Se é verdade que “gosto não se discute”, resta-nos mudar a nossa maneira de ser e de agir. Não quero dizer com isso que devemos nos calar diante de situações que venham causar prejuízos físicos e morais a alguém. Não podemos e nem devemos confundir aconselhar  com insistir. O primeiro leva a uma meditação; o outro, a uma irritação.

Atentemos para esta conclusão: Uma boa amizade se mantém quando as duas partes se respeitam e se corrigem de forma amigável, colocando acima de gostos e preferência, o bom senso e a humildade para aceitar as pessoas como elas realmente são.

Assim, seremos felizes para sempre! Lembrem-se de que GOSTO NÃO SE DISCUTE!

(Por Adalberto Pereira)

FILME "ROUBO SEM SAÍDA"

FILME "SPACE CAMP - AVENTURA NO ESPAÇO" - 1986

DOCUMENTÁRIO > "OS APÓSTOLOS DE JESUS CRISTO"

FILME "A HISTÓRIA DOS CRISTÃOS E DA BÍBLIA"

"A ÚLTIMA TROMBETA" > Finally Out! THE LAST TRUM...

FILME "TRIBULAÇÃO, O SINAL DE DEUS"

FILME "DEUS EXISTE"

sábado, 24 de agosto de 2019

ALLONS, MES AMIS! PARIS DE PLACE EN PLACE! > Émission intégrale

PHIN HAI MISTER BEAN - Hello Baby - Đố Bạn Không Cười

MOMENTOS INESQUECÍVEIS > MÚSICAS INSTRUMENTAIS RELAXANTES

THE BEST BALLADS OF THE 70's > (Internacionais anos 70) com Diana Ross, Ro...

THE BEST BALLADS OF THE 70's III - Internacionais Anos 70 III - com The Ca...

ILUSIONISTA SURPREENDE JURADOS

TOP 10 maiores Igrejas evangélicas do Brasil.

ESSES DADOS SÃO PREOCUPANTES > DESIGREJADOS OU SEM TEMPLOS? É possível ser cristão, sem frequentar temp...

DJANGO CONTRA QUATRO IRMÃOS - FAROESTE COM JEFF CAMERON

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

PARABÉNS PRA VOCÊ NESTA DATA, QUERIDA!...


                                   FELIZ ANIVERSÁRIO JOYCECLEIDE!

O  QUE REPRESENTA O DIA DE HOJE PARA VOCÊ? DÁ PARA LEMBRAR ALGUM ACONTECIMENTO QUE LHE CONDUZ AO PRAZER DE SORRIR E CANTAR? POIS, PARA NÓS, ESTE É UM DIA MUITO ESPECIAL. 

É UM DIA EM QUE NOS LEMBRAMOS DE UMA CRIANCINHA QUE VEIO AO MUNDO PARA COMPLETAR A NOSSA FELICIDADE. NASCIA NO DIA 22 DE AGOSTO DE 1997, NA MATERNIDADE SANTA MARIA, EM ARARIPINA, PERNAMBUCO, UMA MENININHA QUE NÃO DEU TRABALHO PARA VIR AO MUNDO, MAS FOI BASTANTE DIFÍCIL ESCOLHER O SEU NOME.  

PARA A IRMÃ, O NOME PATRÍCIA JOYCE VEIO DE UMA ESCRITORA. PARA ELA, VEIO DA IDÉIA DE UNIR OS NOMES DA IRMÃ E DA MAMÃE > JOYCE+CLEIDE, FORMANDO O NOME QUE MUITOS DECIDIRAM RESUMIR PARA JOYCE, MAS QUE NA VERDADE É JOYCECLEIDE. 

POIS É! E EU, COMO UM PAI “CORUJA” ESCREVI TUDO ISSO PARA EXTERNAR A MINHA ALEGRIA DE ANUNCIAR O ANIVERSÁRIO DESSA MINHA EXTROVERTIDA MORENINHA, TÃO AMADA POR NÓS! EU PODERIA ESCREVER APENAS: PARABÉNS, JOYCECLEIDE! MAS SERIA POUCO PARA PROVAR O QUANTO VOCÊ, MINHA FILHA AMADA, É IMPORTANTE PARA NÓS TODOS! 

RECEBA, POIS, QUERIDA, TODO O CARINHO DA MAÍNHA ANTONIA CLEIDE, DOS IRMÃOS PATRÍCIA JOYCE E WESLEY, E DESTE PAI QUE TE AMA DE CORAÇÃO! QUE DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO EM TODOS OS TRAJETOS DA VIDA ESPIRITUAL, SENTIMENTAL E PROFISSIONAL! 

QUE A TUA VIDA SEJA SEMPRE UM EXEMPLO DE FIRMEZA E DE CONFIANÇA NO NOSSO DEUS TODO PODEROSO, PARA QUE NUNCA TE AFASTES DELE, MESMO NOS MOMENTOS DE TURBULÊNCIAS. 

CONTINUE SENDO ESTA PESSOA ALEGRE E PODE FALAR “PELOS COTOVELOS” QUE, MESMO ASSIM, NÃO CANSAREMOS DE TE OUVIR!

O MÁGICO RENNER NO PROGRAMA - "Qual é o Seu Talento" - Final

MÁGICO RENNER NO PROGRAMA - "Qual é o Seu Talento" - Semifinal

MÁGICO RENNER NO PROGRAMA - "Qual e o Seu Talento" - 1ª Etapa

Rolando Lero - Como morreu Henrique II?

Rolando Lero - Por que Haydn abandonou a carreira de cantor?

ESCOLINHA DO PROFESSOR RAIMUNDO - Episódio 886 - (1991)

O PASSADO CONTINUA VIVO NA MEMÓRIA

                                         


                              O PASSADO NÃO MORREU       -      Parte 2

Bem! Eu contei na primeira parte deste meu relato, um pouco da minha vida, a partir de Abreu e Lima, estendendo-se à Campina Grande, famosa Rainha da Borborema. Agora, começo uma nova etapa desta minha vida meio interessante e meio chata pra quem está lendo esse monte de fatos repletos de monotonias.

Na primeira parte do meu relato, esqueci de citar alguns professores. Assim eu seria um ingrato! Além de d. Maroca e d. Guiomar, minhas primeiras professoras, outros fizeram parte da minha vida estudantil: d. Raimunda; d. Terezinha, Marly carvalho (Francês), Sevi Nunes (Latim), Paloma (Inglês), Gadelha (Canto Orfeônico), Raimundo Suassuna (História Geral), Sinval (Matemática), d. Vanda (Geografia), Pe. Emídio (Latim), Pe. Raimundo (Português), José Carlos (Matemática), Osmar (Geografia), Willy Bullara (Francês). E meus diretores José Loureiro e Severino Loureiro, Raul Córdula e William Ramos Tejo (em Campina Grande); Durval Fernandes e Manoel Messias do Nascimento (ambos em Patos).

Quando eu estava no Exército, um cidadão chamado Alício Barreto, fez um convite para meu pai gerenciar sua fundição, localizada nas proximidades do antigo Terminal Rodoviário de Patos. As vantagens oferecidas não poderiam ser rejeitadas e meu pai aceitou “in loco”!. Minha mãe ficou em Campina Grande cuidando de mim e do meu irmão Abinoan, que tinha apenas dois anos.

No final do mês de janeiro, sabendo que eu havia cumprido o meu tempo do BSvE, meu pai voltou à Capina Grande para levar-me para Patos. Ele havia conseguido, junto ao Sr. Eliezer de Holanda Cavalcante, um emprego na algodoeira Anderson & Clayton. Era um emprego muito legal: eu era responsável pela conferência das cargas que ali chegavam. Conferia o peso do caminhão carregado e dele sem a carga.

Dia 3 de março de 1961. Por volta das 19 horas eu e meu pai chegávamos à cidade de Patos, na Paraíba. Tudo era muito estranho para mim, inclusive a temperatura. Sair de Campina Grande com uma temperatura girando em torno dos 21ºC, para enfrentar um calor de 35ºC, não era moleza! Por mim, teria ficado em Campina Grande, onde já estava fazendo o curso de Paraquedista do Exército. Mas minha mãe não permitiu o meu engajamento.

Pelo menos foi uma viagem divertida. Teve até o lance de um passageiro que adormeceu e passou da cidade onde deveria descer! Foi um “Deus nos acuda!”. Pela segunda vez eu viajava de trem. O cenário era uma beleza! Mato de um lado, mato de outro e o único colorido que agradavam aos meus olhos era o dos gravetos espalhados pelos áridos terrenos por onde o trem passava numa lentidão de dar náuseas.

Mas não deixou de ser uma aventura a mais na minha vida, já acostumada com as surpresas, em sua grande maioria, surpreendentes. A primeira coisa a fazermos foi seguir da Estação Ferroviária para o Hotel Santa Terezinha, de um cidadão chamado Vicente. O local era ótimo! Ficava a uns 50 metros da estação e a uns 150 metros do Terminal Rodoviário.

No início era tudo muito estranho. Meu pai, que chegara em Patos a alguns meses, já era hóspede do hotel. Bom mesmo foi saber que a empresa onde eu iria trabalhar, a Algodoeira multinacional Anderson & Clayton, ficava quase em frente ao hotel Santa Teresinha. Bastava atravessar a pista e pronto. Ao lado, ficada a SANBRA (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro).

Para ser mais preciso, tudo isso: Hotel, algodoeiras e até a Cadeia Pública, ficavam no início da rua Horácio Nóbrega. Hoje, fazendo o mesmo percurso, se continuássemos caminhando, chegaríamos ao Hospital Regional Janduhy Carneiro e ao Estádio Municipal José Cavalcanti. Mesmo sendo noite, eu já procurava decorar alguns pontos da cidade.

Começava aí, mais uma etapa da minha vida, agora na cidade de Patos, conhecida como a “Morada do Sol”. Já no primeiro domingo, fui com meu pai para a Escolas Dominical na Igreja Batista, na rua Felizardo Leite. Fiz minhas primeiras amizades, a começar pelo Pastor Silas Melo e sua esposa, d. Maria José Melo, (d. Zezé).

Outros amigos surgiram: Juvenal Jerônimo, Severino Siqueira, Manoel Lucena, Manoel Ananias, Silvino Lucena, Wilson Dias Novo, Neemias Quaresma, Agripino Santos (Pepino), José Inácio, Aristides, Abraão Luiz, José Vicente, Leonila Lemos (Ir. Nila), Olindina Siqueira, Maria Souza, Maria Belchior, Rosa (esposa do Abraão) e muitos outros.

Conquistando a amizade e o carinho de todos, passei a ter uma vida bastante ativa naquela igreja, onde fui professor, superintendente da Escola Dominical, Secretário e responsável pelo serviço de som da igreja, função que me levou aceitar ao convite para coordenar e apresentar, com o pastor Silas Melo, o programa “A Voz Batista do Sertão”, pela Rádio Espinharas de Patos, a pioneira da região.

Ano de 1962. Em atendimento ao convite do radialista José Augusto Longo da Silva, fui apresentar com ele o programa esportivo daquela emissora, levado ao ar às 18 horas. Foi o primeiro passo para ficar trinta anos como radialista, tendo passagens por várias emissoras de rádio da Paraíba e do Pernambuco, bem como oito jornais paraibanos, pernambucanos e baianos. Foram 30 incansáveis anos de profissão.

Naquela época, a Rádio Espinharas pertencia ao deputado Federal Drault Ernani de Melo e Silva e tinha como diretor Maurício Leite. No quadro de locutores lembro o Artur Dionísio, Luiz Pereira, José Augusto Longo da Silva, Mainardo Santos, Ramalho Silva, Batista Leitão e Bosco Boró. No quadro de operadores: Orlando Xavier, Edilson Brandão, José Wilson, Pedro Correia, mestre Abdon e Luiz Oliveira. Não poderia esquecer o velho e querido Zacarias e a tesoureira Socorro que casou com o Severino Quirino.

Zé Augusto e Luiz Pereira acharam meu nome ridículo para um locutor e mudaram para Carlos Alberto, que pegou rápido e perdurou por muitos anos, até os ouvintes se acostumarem com o Adalberto Pereira a partir de 1973, minha segunda etapa naquela emissora. Daquele ano até 1964, apresentei os programas “Seu Pedido, Sua Música”, à noite; “A Música das Ruas” e “Cartão Sonoro”, ambos à tarde. O número de cartas recebidas mostrava que a audiência estava indo bem! Já dava até para pedir um aumentozinho de salário!

Com a substituição do Maurício Leite pelo Rackson Torres, as coisas não funcionaram da mesma forma. A rádio já não mais pertencia ao Dr. Drault Ernane, pois fora vendida à Diocese de Patos. Muitas coisas mudaram e eu não via com bons olhos a maneira como o Rackson conduzia a emissora. Preferi sair e seguir a minha vida à minha moda. Fui trabalhar com meu pai na oficina de Seu Alício Barreto.

Ano de 1969. Eu nem pensava mais voltar ao rádio, quando fui procurado para trabalhar na Difusora Rádio Cajazeiras. Foi até uma surpresa, pois já estava afastado dos microfones há quase 5 anos. Em Cajazeiras, fiquei hospedado no Cajazeiras Hotel, de d. Lourdes. Deparei-me com uma proibição ridícula dos diretores Mozart e José Adegildes: Não podia visitar a concorrente Rádio Alto Piranhas. Mas eu visitei, mesmo contrariando à ordem recebida e causando o espanto dos colegas. (Eu não comprara a briga deles!).

Eu apresentava um programa romântico, recitando poesias de minha autoria e de outros autores. Vez por outra, apresentava editoriais escritos por mim. Fechei a audiência do horário e me mantive no ar, mesmo sabendo que já não era bem visto pelos diretores. Não demorei muito tempo ali e resolvi deixar tudo e voltar para Patos. Foram quase quatro anos afastado dos microfones! Isso me incomodava, pois eu já estava com o rádio no sangue.

Final do ano de 1972. A situação financeira não estava boa. Resolvi procurar emprego nas rádios de Campina Grande. Na Caturité, disseram que o quadro estava cheio, na Borborema acharam que não tinha experiência suficiente. Fiquei sabendo que a Cariri estava precisando de locutores. Fui lá e fiz um teste. Fui aprovado, mas só me prometeram o emprego para o mês seguinte. Sabendo disso, Petrônio Gouveia, José Augusto Longo e Batista Leitão pediram ao Pe. Assis que me contratasse.

O padre Joaquim de Assis Ferreira me contratou e daquela data até o ano de 2001, nunca mais fiquei fora do rádio. Eu já era conhecido como Adalberto Pereira e tinha o meu próprio espaço. Foi quando coloquei no ar o programa “O Domingo é Nosso”, que explodiu na audiência. Para o sucesso do programa contei com grandes parceiros: Empresa de Transportes Marajó; Cine São Francisco; Foto Alarcon; Aguardente Coroa; Sorveteria Tchan; Banca de Revistas A Manchete; e Aldo Baterias, além do comércio patoense.

Alcancei o meu objetivo maior: dar oportunidade aos artistas da terra, levando para o programa Jáder, o Garotinho do Forró Quente; Agamenon Show; Gilson Monteiro, com sua voz inconfundível; José Valadares e o seu trio. Pudemos dar oportunidades a artistas como Midian Alves e Gê Maria. Mas não fiz tudo sozinho, contei com a participação de Cilene Medeiros, Sildani Medeiros e Arlene Nóbrega.

Nossa equipe de operadores era sensacional! Juarez Farias, José Medeiros, José do Bonfim, Pedro Correia, Antônio Vieira, José Maria, José Augusto da Costa Nóbrega, Petrônio Gouveia. Todos eles revestidos de uma competência invejável. Isso dava mais brilho ao nosso programa e nos colocava numa situação bastante cômoda para apresentá-lo. Para completar, contávamos com a eficiência do nosso discotecário Amaury de Carvalho.

Na minha segunda passagem pela Rádio Espinharas, outros grandes profissionais, além dos que vieram de 1962, marcaram presença em minha vida: Sousa Irmão, Louraci Freitas, Nestor Gondim, Paulo Porto, Juarez Farias, Batista de Brito, Edleuson Franco de Medeiros, Aloisio Araújo, Roberto Fernandes, Francisco Tomaz de Brito, Luiz Gonzaga Lima de Moraes, Fildani Gouveia, Joaquim Pedra, José Medeiros, Assis Pedra, Petrônio Gouveia, Odísia Wanderley, Corina Gomes.

Somem-se a estes, aqueles que me receberam de braços abertos no início da minha carreira, que só encerrou em 2001, quando decidi morar em Brasília. Vale relembrar: Pedro Correia, Orlando Xavier, Edleuson Franco, Amaury de Carvalho.

Minha amizade com o empresário Pinga, fez com que ele me desse a responsabilidade de apresentar todos os cantores por ele levados a Patos. Entre eles, posso citar: Roberto Leal, Silvio Brito, José Augusto, Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo, Roberto Carlos, Teixeirinha e Mary Terezinha, Waldik Soriano (por duas vezes), Perla (a paraguaia), Wando, Altemar Dutra, Odair José e Sidney Magal.


Vários fatos marcaram minha passagem pelas oito emissoras da minha vida. Lembro que no início da minha carreira, havia na Rádio Espinharas o famoso gongo, que soava quando anunciávamos uma nota de falecimento ou um convite de missa. O gongo deu defeito e mestre Abdon levou para concertar em casa. Alguns dias se passaram sem o “sonoro” gongo.

Despreocupado como sempre o foi, o locutor Mainardo Santos (que detestava quando colocavam nota de falecimento para ele divulgar) lançou um olhar de raiva para o operador Luis Oliveira (outro despreocupado), e mandou: “Nota de falecimento!”. Esperou o gongo e nada! Viu quando Luiz gesticulou dizendo que seguisse em frente. Foi aí que o Mainardo lembrou que estava sem o aparelho do gongo. Sem pensar duas vezes, Mainardo fez com a boca os três sons do gongo e divulgou a nota.

E já que estou falando do Mainardo Santos, lá vai outra dele: Era natural naquela época, as pessoas ligarem para a rádio para se informar da hora certa. Isso deixava o operador apavorado. Vendo a preocupação do colega, Mainardo foi atender ao telefone. Do outro lado da linha uma voz feminina fazia a tradicional pergunta: Pode me informar a hora certa, por favor? Mainardo – Venda o telefone e compre um relógio. No dia seguinte a mulher foi com o marido prestar queixas ao Maurício Leite, que demitiu Mainardo na hora!

Em Patos, além de radialista, passei a viver outros momentos de muitas emoções. Primeiro, fui convidado pelo prefeito Edmilson Motta para ser seu assessor de imprensa. Ele mesmo, vendo a minha facilidade no domínio da Língua Portuguesa, convidou-me para lecionar no Colégio Municipal Aristides Hamad Timene. Aceitei aos dois convites.

Isso abriu grandes espaços para outras atividades na área da educação! Lecionei nos cursos preparatórios para vestibular. O primeiro deles foi o Curso Kennedy, do Dr. Efigênio; o segundo foi o Curso Extra 3; e o último, o  Curso Apolo 11. Aí o negócio disparou e fui contratado para lecionar Língua Portuguesa no Colégio Comercial Roberto Simonsen.

Mas eu sempre queria mais! Para isso, passei a estudar as regras de futebol e iniciei minha carreira como árbitro na Liga Patoense de Futebol, filiada à Federação Paraibana de Futebol. Fiz isso durante 12 anos. Da mesma Liga, fui vice-presidente na gestão de Mário Lemos e Diretor do Departamento de Arbitragem da mesma entidade.

E como já estava “na dança”, aceitei ao convite do Francisco de Assis Vieira (Binda), para ser treinador do Central Futebol Clube. Cheguei até a ser goleiro do time em algumas partidas. Mas as emoções não acabaram por aí! O presidente da L. P. F., Juracy Dantas de Sousa, me fez um convite ousado: ser técnico da Seleção Amadora. E quem disse que eu ia perder essa oportunidade?

Mas espera aí! Que negócio é esse de ser Relações Públicas da Polícia Militar? Pois é! Foi durante um jantar oferecido à Imprensa patoense, pelo III BPM, na Churrascaria Buena Brasa, que o então capitão Clementino, comandante da 4ª Companhia, anunciou o meu nome como Relações Públicas da Polícia Militar, comandada pelo Cel. Deuslírio Pires de Lacerda. Lá passei dois anos, até ir trabalhar em Petrolina.

Ôpa, ia esquecendo que também dei uma de cantor e compositor! Pois é! Para participar de um Festival de Músicas Carnavalescas, no Cine El Dourado, compus três músicas: “Saudades dos Carnavais” (marcha-rancho), Até Quarta-Feira e “A Marcha da Peteca” (estas marchas de salão). Somente “Saudades dos Carnavais” ficou entre as cinco melhores. O maestro Saraiva (Valdemir Campos) fez os arranjos dela e de “Até Quarta-Feira”. Por unanimidade da Câmara Municipal, foi-me outorgado o título de CIDADÃO PATOENSE (Projeto de Lei de autoria do vereador Polion Carneiro).

A partir daí, passei a receber propostas para integrar os quadros de cantores das orquestras carnavalescas. Entre elas, lembro-me da orquestra do maestro Rusinho e da orquestra do maestro Zé da Trompa. Cantamos em Coremas, São Mamede, Maturéia, Taperoá e no Centro Recreativo de São Sebastião, em Patos. Eu selecionei um vasto repertório. A minha alegria levava os foliões ao delírio.

Tá bom! Já escrevi demais! Já provei que ainda estou com a memória fértil, apesar dos quase 7.8. Depois, se me der coragem e se a memória continuar ajudando, na terceira parte, falarei de outras aventuras do meu passado que, graças a Deus, ainda não morreu!

(Por Adalberto Pereira)
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FILME - "CORAÇÃO MATERNO" - COM VICENTE CELESTINO E GILDA DE ABREU

FILME "O ÉBRIO" > COM VICENTE CELESTINO

FILME "CARMEM, A CIGANA > COM TEIXEIRINHA E MARY TEREZINHA - (1976)

FILME "O MENINO JORNALEIRO" > COM Tonico e Tinoco

FILME "CORRIDA CONTRA O DESTINO" > 1997

FILME FAROESTE > "A MULHER E OS ÍNDIOS" - 1955

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

O PASSADO CONTINUA VIVO NA MEMÓRIA!


                                              O PASSADO NÃO MORREU     -    Parte 1
   
Dia 22 de novembro do ano de 1941, um sábado, onze e meia da noite. Em uma das casas da Rua Azul, num lugarejo chamado Timbó, nascia um menino chamado Adalberto, nome que se completou com Claudino Pereira. A alegria do casal Eudócia Pessoa Pereira e José Claudino Pereira era contagiante. Afinal, ali estava o primeiro filho do casal. Pronto para acender o estopim da guerra.

Não foi fácil para minha mãe! Mesmo assim, consegui nascer para ser quem sou! Aliás, continuo dando trabalho a muita gente, que me engole na marra (por ser sincero)! Minhas lembranças me levam até o grande amigo Joel, filho de d. Benedita. Por sinal, o único amigo antes de conhecer o José (que morreu atropelado), filho do velho “Pai Tá”, lá na chamada Casa do Alto.

Por falar em casa do Alto, foi lá onde nós vivemos os belos tempos de fartura. Era um sítio pertencente ao alemão Alberto Lungdrent (não sei se é assim que se escreve). Mangueiras, abacateiros, laranjeiras, bananeiras, coqueiros, cajueiros, jaqueiras, tudo tinha em abundância. Isso sem falar nas galinhas, perus, porcos, patos, guinés, carneiros, cabras e o cachorro Sultão, que pai preferia chamar de Sulta.

Havia fartura também de macaxeira, batata doce, mandioca e inhame A roça era muito bem tratada por minha mãe! Lembro até das cobras jararacas e cascavéis que normalmente apareciam na beira da estrada, misturadas aos preás que os meninos da redondeza costumavam matar com as baladeiras.

É bom lembrar os momentos, lá em Abreu e Lima, ou Maricota para os mais tradicionais. Sempre que meu pai podia, íamos passar Natal e Ano Novo com a família de minha mãe. A única empresa era a Hilacarme, que fazia a linha Campina Grande – Recife. A segunda opção eram as marinetes e as jardineiras. Estas eram mais caras, por serem mais rápidas e mais confortáveis.

Em outras oportunidades, íamos para Santa Rita e Bayeux, onde moravam os parentes de meu pai. Era muito legal estar com Renato, Dé, Til, Dinha, Lena e Ednaldo, meus primos amados. Melhor ainda era curtir a alegria de minha tia Zulmira (Zul) e as boas conversas do Padrinho Néco. Em Santa Rita, o encontro com tia Cezina (Zina), Josélia e Mãe Gustinha, minha avó paterna, meu primo Dário e minha tia Júlia era algo especial. Com o primo Renato,  assistia jogos do São Bento, time local.

As primeiras letras eu aprendi em casa, com minha mãe, mas minha primeira professora legalmente reconhecida foi d. Maroca, a única e pioneira daquela região. Foi um tempo difícil devido a rigidez com que fui criado. Pensam que lamento? Que nada!  Não fosse assim, eu não seria esse cara sério e honesto, que não se deixa levar pelas opiniões dos outros. Minha mãe dizia para que eu “nunca fosse como piolho”, para andar pelas cabeças dos outros.

Dia 1º de janeiro do ano de 1958, nascia na cidade de Abreu e Lima um menino chamado Abinoan, nome que se completou com Claudino Pereira. A mãe, minha tia Isabel, irmã de minha mãe, no mesmo momento em que dava luz ao mano, partia para a eternidade. Vital Vieira de Barros, o marido, agora viúvo, tomava o menino recém-nascido nos braços e, sem qualquer constrangimento, entregava à minha mãe dizendo: - Tome! É seu!

O casal Vital e Isabel já eram pais de três filhos: Abilene, Abiel e Abidonias. Não tendo condições de criar o quarto filho, Vital o entregou à pessoa certa: minha mãe! E eu, que já estava com meus 16 anos,  ganhava com muita alegria um irmão, que ajudei a criar. Era o meu “xodó”. Ele foi registrado em Campina Grande no dia 8 de janeiro.

Ainda em Abreu e Lima, estar ao lado do tio Severino Olegário Pessoa, irmão de minha mãe, da esposa, d. Lia e dos primos Jonas e Ruth era motivo de muito contentamento. Todos eram momentos inesquecíveis que guardo na memória e aproveito para colocar aqui neste registro um tanto resumido.

A Campina Grande da década de 50 já não é a mesma nos dias atuais! E nem poderias ser! Eu nem sei o que seria de mim se chegasse hoje na “Rainha da Borborema” e ouvisse o locutor da Rádio Borborema deixando escapar sua voz nos rádios SEMP ou ABC anunciando uma edição extraordinária do “Campinense Repórter”, para noticiar um fato de grande repercussão.

O dia 5 de setembro de 1958 é uma data triste, mas que precisa ser lembrada. Foi nesse dia que caiu no Serrotão, em Campina Grande, o avião prefixo PP LDX da Loyde Aéreo. Ele ia para Fortaleza e deveria fazer conexão em Campina Grande, mas não conseguiu localizar o aeroporto João Suassuna e caiu num roçado. A notícia foi dada pelo locutor Ariosto Sales, da Rádio Borborema.

A notícia foi confirmada quando o outro locutor, Eraldo César, também da mesma emissora, foi ao local e deu mais detalhes sobre o desastre. Eram trinta e oito pessoas que estavam no avião, das quais 13 morreram e 35 sobreviveram. Foi um fato que ficou por muito tempo na nossa lembrança. O desfile do dia 7 de setembro foi adiado para o dia 14.

Ouvir o chiado dos jingles anunciando que o Café São Braz era o café da família campinense, seria algo comovente, assim como não deixaria de ser extraordinário ouvir Genival Lacerda, magrinho e imitando Jackson do Pandeiro no programa matinal “Retalhos do Sertão”, apresentado por Juracy Palhano. E a voz inconfundível de Pinto Lopes? E as novelas “Antônio Maria”, “O Anjo Negro”, “O Morro dos Ventos Uivantes” e “Maria Laô”, com atores do próprio quadro da Borborema?

Lá, na Liberdade, nossa primeira morada ao chegarmos naquela cidade serrana, a vida tomava outro jeito. Já não era mais a mesma coisa lá de Timbó, em Abreu e Lima, que muitos tinham orgulho de chamar Maricota. Agora, tudo era diferente. Até o gás era querosene, venda era bodega e os garotos eram guris. Coisas estranhas, não!

O primeiro carnaval em Campina Grande foi espantoso para um menino do interior de Pernambuco. O jeito era correr para debaixo da cama, com medo dos ursos, dos cavalos marinhos, dos gorilas e dos bois chicoteados para dançar e arrecadar dinheiro nas portas das casas. Apavorada, minha mãe gritava: - é gente vestida de bicho, menino!

Ufa!!! Ainda bem que eram apenas três dias! Também com nove anos e numa época em que a inocência nos acompanhava até os quinze, era normal ter medo até das histórias de “Trancoso” contadas por nossas mães. A primeira namorada só com os dezessete... e olhe lá, hein!!!

Há momentos em que sentamos e nos debruçamos sobre a mesa para lembrar-nos de como era bacana acompanhar os pastoris nas épocas natalinas. O auditório da Rádio Borborema ficava lotado e lá estava eu gritando: “Azul é o céu, azul é o mar, azul é a rainha que nós vamos coroar!”. No palco, Leonel Medeiros comandava o cordão azul, enquanto Hilton Mota comandava o encarnado.

Mas não dá para esquecer a minha primeira professora, d. Maroca, em Timbó e da palmatória nos dias de “argumentos”. E a famigerada Escola de D. Adelma? Esta foi a minha segunda escola, já em Campina Grande. A professora Guiomar era filha da dona. Esta escola ficava na Rua Arrojado Lisboa, mesma rua onde a gente morava.

Um dos muitos momentos de felicidade foi quando vesti pela primeira vez a camisa de um time de futebol. Eu tinha 15 anos quando vesti a camisa do juvenil do Vasco da Gama, do Monte Santo. Depois fui titular, juntamente com grandes atletas como: Chico, Carboreto (Arnaldo), Gringo, Raimundinho, Paulinho, Aladim, Pernambuco, Guilherme (goleiro), e Antônio Correia.

Êpa! Não vamos esquecer os programas de auditório da Rádio Borborema, principalmente “O Domingo Alegre”, comandado por Leonel Medeiros. Era gostoso ouvir cantores como Maria das Neves, Maria do Carmo, Silvinha Alencar, Ronaldo Soares, Gilson e Geisa Reis e Geraldo Andrade. A orquestra do maestro Nilo Lima e regional do Arnóbio Araújo acompanhavam os astros e as estrelas do cast associado.

No Domingo Alegre, a gente trocava cinco pacotes vazios dos produtos São Braz por uma cartela de bingo. E como era emocionante quando Leonel Medeiros anunciava: - Vamos sortear mais três pedras do bingo São Braz. Com a pedra 10 eu completei minha cartela e ganhei uma cama de solteiro faixa azul, com colchão, um kit dos produtos São Braz e uma foto de Marta Rocha, Miss Brasil.

O programa Retalhos do Sertão, apresentado pela manhã por Juraci Palhano, era cheio de atrações. Foi lá que Genival Lacerda iniciou sua carreira artística. Vale lembrar o humorista “Capitão Mané Coió” e os violeiros José Gonçalves e Cícero Bernardes. Eles receberam do humorista os apelidos de “Cupim” e “Coruja”.

Mas Campina Grande era grande mesmo! Tão grande que me dava ao luxo de ter quatro namoradas ao mesmo tempo, sem que elas se encontrassem. Os seriados do Cine Avenida, na Getúlio Vargas não me saem do pensamento. No Cine Capitólio e no Cine Babilônia, assistia aos filmes mais importantes, como Cavaleiros da Távola Redonda, El Cid, O Conde Drácula e outros. O surgimento do  Cinemascope foi uma evolução na Sétima Arte.

Vez por outra, dava para ir ao Cine Brasil, lá no bairro de José Pinheiro, onde eu tinha uma namorada e aproveitava para assistir aos jogos do Campinense, no Estádio Municipal Plínio Lemos. Na Praça da Bandeira, passava bons momentos na sinuca do Luizinho, principalmente quando estava jogando o Paulo Arruda, um verdadeiro “taco de ouro”. Às vezes aproveitava para dar umas tacadas (não com ele, é claro!).

E como esquecer o meu primeiro emprego numa banca de revistas, localizada na esquina da chamada “Mesa de Renda” (como a secretaria da fazenda de hoje)? Depois é que fui trabalhar no escritório de Representações do Sr. Geraldo Soares, no Edifício Açu (na Praça da Bandeira). Representávamos os tecidos A. Bittencourt, a Lincoln Industrial, Tecidos Bangu, molas Bleksteel e capotas Triunfo. Saí de lá para servir ao Exército.

Estudar no Colégio Alfredo Dantas, dos irmãos José e Severino Loureiro, era coisa pra filho de doutor e não para filho de operário como eu. Mas eu estudei lá; no meio dos “filhos de papai”. Parece inacreditável, mas é verdade! E ainda me dava ao luxo de desfilar em pelotão especial no dia 7 de Setembro. Fiz até parte da banda marcial do colégio! Podem arregalar os olhos! Depois fui para o Estadual da Prata, o Gigantão, dirigido pelos professores Raul Córdula e William Ramos Tejo. Também fiz parte da banda marcial de lá.

Na Rua Ceará, podíamos contemplar em frente a nossa casa as catacumbas do cemitério do Carmo, administrado por seu João Coveiro, casado com d. Ambrozina e pelo sobrinho Alcides. E como poderíamos esquecer a família de seu Pedro Nicolau e d. Mocinha? Ao lado, seu Cícero e d. Inacinha, formavam um casal de bons vizinhos, com os filhos Inácio (Pelado), Carminha e Jurandir.

Êita, Campina Grande! Êita, Paraíba masculina, muié macho, sim sinhô! Vou lembrar também das ruas onde morei: Rua Liberdade, Rua Arrojado Lisboa, Av. Rio Branco, Rua Idelfonso Aires, Rua Ceará, e Rua Monte Santo. Foram onze anos de história pra contar. De lá, em 1961, fomos para Patos das Espinharas, a terra do major Miguel, conhecida como “morada do sol”. Foi outra grande e maravilhosa etapa da minha vida.

Êi! E você não vai falar nada do Exército? Claro!!! Como posso esquecer a brabeza do sargento Paulo, do tenente Rego Barros e do capitão Braga? De jeito nenhum! Mas é melhor falar do tenente Negri, dos majores Maurício e Marcelo, do coronel Queiroz, nosso comandante. Seria ingrato se não lembrasse do Cabo Carlos e dos colegas Mário, Vanaldo, Valdemar, Noaldo, Pimentel, Agnaldo, Hildo, Leite e Aleixo, entre outros.

Eu nem queria imaginar como seria um encontro com o tenente Negri, com o major Maurício e com o sargento Paulo, nos pátios do Batalhão de Serviço de Engenharia, lá na Palmeira. Talvez só me sentisse mal ao lembrar o “boião”, conhecido “vale-tudo” consumido nas segundas-feiras. E ainda tinha gente que lambia os “beiços”!
Fui agraciado com a função de QMP burocrata QMG contador, trabalhando na F. A., Fiscalização Administrativa. Mas eu sempre queria mais e passei a fazer parte da banda marcial do Exército, sob o comando do sargento 62 (meia dois) batendo caixa. Aproveitei para aprender a tocar corneta. Se pudesse voltaria a vestir aquele uniforme de quem muito me orgulhei. Cheguei lá em forma de menino e saí em forma de homem. Foi lá onde aprendi a dirigir com o soldado Silva.

Campina Grande só contava com o Treze Futebol Clube, conhecido como o “Galo da Borborema”, mas eu nunca fui bem com a cara dele. Também tinha o Paulistano, cujo campo ficava no bairro da Liberdade. Tempos depois, o Centro Esportivo Campinense Clube (a raposa) se profissionalizou e eu virei “raposeiro”. Eu saía do Monte Santo, para treinar no Campinense, em José Pinheiro. Tomava dois ônibus para chegar ao Plínio Lemos.

Eram maravilhosas as manhãs de domingo em Bodocongó. No açude do mesmo nome, as lanchas velozes puxavam esquiadores que faziam malabarismos no ar, arrancando os aplausos dos presentes. Era bom para paquerar as meninas do bairro. O time de lá era o Humaitá, onde eu tinha bons amigos, entre eles o goleiro João Pipoca e os jogadores Adaltinho, Icário e Lelé. Joguei algumas vezes contra eles, vestindo a camisa 14 do Vasco do Monte Santo.

Tá bom! Já escrevi demais! Já provei que ainda estou com a memória fértil, apesar dos quase 7.8. Depois, se me der coragem e se a memória continuar ajudando, falarei de outras aventuras do meu passado que, graças a Deus, ainda não morreu!

(Por Adalberto Pereira)