UM ADEUS QUE ABALA SENTIMENTOS
Natural de Recife, Pernambuco, Dário de Holanda Cavalcante é fruto de uma família de uma índole invejável. Ele sempre teve em seu pai, Eliezer de Holanda Cavalcante e em sua mãe, Gláucia de Holanda, dois exemplos que foi seguido ao longo dos seus anos de existência.
Nascido no dia 4 de setembro de 1960, Dário contraiu matrimônio com a jovem Márcia Milfont no dia 1º de junho de 2013. Sempre emprestou um amor sincero aos queridos e amados irmãos Zizo e Iaiá.
Foi aluno da Universidade Católica de Pernambuco e prestou importantes serviços na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.
Meu primeiro contato com o Dário foi ainda no seu glorioso tempo de adolescência, quando ele frequentava a Igreja Batista da Rua Felizardo Leite, em Patos, Paraíba, da qual seus pais eram membros efetivos.
Era o tempo do Pastor Silas Melo e sua esposa, Maria José Melo, D. Zezé, um casal bastante querido, não só pelos membros da Igreja, como também por toda a sociedade patoense.
Dário sempre foi um garoto quieto, atencioso e de uma inteligência notável. Educado e dono de um sorriso rápido, mas sincero. Suas conversas eram pautadas por assuntos importantes.
Os anos passaram. Nosso reencontro foi de forma surpreendente, quando eu jogava no Central do saudoso Francisco de Assis Vieira, popularmente conhecido como "BINDA".
Convidado para treinar aquela equipe e como não poderia fugir da responsabilidade, aceitei o desafio. Afinal, Binda era uma figura tão simples e cativante que dizer “Não” seria um crime.
Ao ser apresentado ao plantel do Central, qual não foi a minha agradável surpresa ao ver entre os atletas o agora jovem Dário Holanda. Foi uma alegria imensa.
Dário era um atleta completo: alto, inteligente, corajoso, de um domínio de bola invejável. Não tinha nada a acrescentar naquele jovem, que só me deu alegria com suas jogadas extraordinárias.
Os anos passaram. Deixei a cidade de Patos para prestar meus serviços jornalísticos na cidade de Petrolina. De lá, fui para Araripina, como gerente da Rádio da Grande Serra.
Minha vinda para Brasília foi algo que me surpreendeu. Aqui, consegui manter contato com meu amigo e irmão Dário Holanda. As conversas eram longas e agradáveis. Ríamos muito lembrando fatos do passado.
No meu aniversário, ele me presenteou com uma camisa do Sport Clube do Recife. Foram três camisas diferentes nos dois aniversários seguintes. Fiquei feliz vendo meu amigo fazendo turismo nos Estados Unidos. Que maravilha! Ele merecia.
Ter Dário Holanda como amigo é um privilégio de poucos. E eu estava entre estes poucos privilegiados. Eu era feliz, sabendo que meu grande amigo estava de bem com a vida e seguindo o caminho da Verdade.
No dia 4 de outubro recebia uma mensagem do irmão Zizo informando que meu amigo Dário havia levado um tombo, lá mesmo no seu ambiente de trabalho, chegando a bater com a cabeça no chão, resultando em duas vértebras quebradas.
Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, meu irmão fora levado para o Hospital São José. Começava alí uma série de problemas, mas eu nunca perdi a fé e sempre pedia ao meu Deus que cuidasse do meu irmãozinho querido.
Infelizmente, hoje, dia 11, meu coração foi abalado com a notícia do falecimento do meu amigo e irmão DÁRIO DE HOLANDA CAVALCANTE. Estou arrasado. Estou entristecido. Estou estarrecido. Meu amigo partiu sem que eu lhe desse um abraço caloroso como ele bem merecia.
Conter as lágrimas é um esforço que insisto em tentar. Não dá para acreditar que uma pessoa tão distinta, um cidadão tão íntegro deixe-nos de forma tão drástica. Este meu amigo jamais sairá da minha lembrança.
O lugarzinho que ele conquistou lá num cantinho especial do meu coração, não será ocupado por mais ninguém. O que me consola e conforta é saber que eu disse mais que isso em nossas longas e agradáveis conversas pelo telefone.
Todo o carinho, todo o afeto, todo o respeito e toda a admiração que eu sempre tive pelo amigo e irmão DÁRIO HOLANDA, eu os transfiro para a linda e honrada família enlutada.
UM CORAÇÃO EM PRANTOS.
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