quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

SAUDADES DE UM GRANDE AMIGO


                                                     MAIS UM ANO SEM ELE

Sou uma pessoa bastante curiosa! Fui ousado, destemido, corajoso e detalhista. Já enfrentei políticos metidos a valentes, fui ameaçado por dizer a verdade, bati de frente com marginais perigosos e não fugi dos perigos. Fui uma pessoa iluminada e protegida por Deus. Muitos podem até estar perguntando por que estou escrevendo isso!
Para dizer que fui tudo isso porque Deus colocou no meu caminho um cidadão afoito chamado JOSÉ AUGUSTO LONGO DA SILVA, que me puxou pelos braços e me colocou diante de um microfone, fazendo de mim um radialista conhecido e respeitado. Tão afoito foi esse rapaz que mudou meu nome para CARLOS ALBERTO, dizendo que Adalberto Claudino não era nome de comunicador.
Tudo isso aconteceu em 1962. Cinco anos depois, eu era promovido a jornalista, conforme o costume da época. Os anos passaram. Foram 30 anos de profissão. Hoje, aposentado, já não sou ousado, nem destemido, nem corajoso, nem enfrento mais políticos metidos a valentes, nem sou mais ameaçado, nem bato mais de frente com marginais. Mas guardo comigo não fugir dos perigos e não me afastar da curiosidade. Sai do jornalismo, mas ele não saiu de mim. Tudo por “culpa” do Zé Longo.
Fui escolhido, através de pesquisas de opinião pública, o Melhor Redator (1982/83). Continuo escrevendo. Não sei se com a mesma perícia de antes, mas não me furto do direito de escrever, sempre iluminado pelos momentos de reflexão. Uns poderiam até dizer que é resultado de quem não tem o que fazer. Que assim seja, mas continuo escrevendo.
Uma coisa ainda guardo comigo: continuo sendo criticado por escrever a verdade e por não depender das forças antagônicas que se sentiriam privilegiadas se eu fosse conivente com seus atos desastrosos e seus pensamentos antiquados. Graças a Deus, aprendi a ser imparcial, apesar de ter minhas convicções políticas e religiosas. Mas elas jamais influenciaram na minha trajetória jornalística, afetando a minha integridade moral.
Hoje, vivo a triste realidade de mais um ano sem ele! É mais um ano sem JOSÉ AUGUSTO LONGO DA SILVA, muito bem escolhido por Deus para fazer de mim o que sou.
Mas não pensem que esqueci de colegas como mestre Abdon, Zacarias, Luiz Oliveira, Luiz Pereira, Odísia Wanderley, Corina, Orlando Xavier, Artur Dionísio, Amaury de Carvalho, Edleuson Franco, Roberto Fernandes, Estes também marcaram minha primeira etapa na Rádio Espinharas de Patos.
José Augusto Longo a quem eu gostava de chamar “Zé Longo”, sempre será por mim lembrado e reconhecido pelo bem que me fez e pela paciência com os meus deslizes. A ele a minha eterna gratidão! É triste estar MAIS UM ANO SEM ELE!

(Por Adalberto Pereira)




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