quinta-feira, 4 de junho de 2020

AH, SE EU PUDESSE FALAR!


ÀS VEZES DÁ VONTADE DE MOSTRAR A VERDADE!       

Às vezes eu fecho os olhos e começo a meditar sobre fatos interessantes, envolvendo pessoas com quem convivi na minha feliz passagem pela cidade de Patos. Obro os olhos e me dirijo ao note book para registrar no “Perece Impossível, Mas Aconteceu”! Imediatamente e nem sei por que, desisto. Paro um pouco e descubro que fui prudente.

Isso não me deixa feliz, nem um pouco, pois é revoltante você se defrontar com postagens elogiando pessoas que nunca foram aquilo que muitos pensam e escrevem. Fazer de um mau caráter um gênio das boas maneiras, só pode ser o cúmulo da bajulação ou do desconhecimento da verdade.

Pessoas que morrem e são homenageadas como verdadeiros heróis ou benfeitores da sociedade, não passaram de grandes aproveitadores da ingenuidade de muitos e muito fizeram pensando no seu próprio bem, associando essas “boas ações” aos seus interesses pessoais.

É aí que eu sinto que estão cheios de razão aqueles que dizem: “quer ser bom, morra ou vá embora”. Agradar familiares e amigos íntimos, quando o homenageado não acumulou méritos para tal, não passa de hipocrisia revestida pelo manto do puxa-saquismo.

Não encontro coragem para postar homenagens a quem não mereceu. No mínimo, exteriorizo apenas solidariedade aos familiares, evitando comentários inverídicos para ser simpático ou agradável.

Sinceramente, são poucos aqueles a quem eu externei meus sentimentos diante de suas partidas. E não pensem que não procurei conhecer bem as pessoas com quem convivi, não só em Patos, mas também em Petrolina, Araripina e Brasília.  

Jamais neguei e nunca negarei as qualidades profissionais de muitos, mas daí a dizer que foram pessoas merecedoras de elogios como seres humanos, a distância é quilométrica. É omitir uma verdade que alguém conhece mas que, assim como eu, prefere “engolir calado”.

É que existem os bons profissionais e os maus caráter. Uma coisa não chama a outra. Na política, no rádio, na religião e em outros segmentos da sociedade, conheci pessoas extraordinárias, mas orgulhosas, arrogantes, mal educadas, desonestas e indignas do nosso respeito.

É sobre essas pessoas que às vezes penso em escrever a verdade, mas me contenho para não ser visto como antipático. Não faltariam aqueles que me chamariam de invejoso. Mas deixo bem claro que nunca fui contaminado pelo “vírus” maldito da inveja. Fiz o que sabia fazer e se não fiz melhor que os outros, foi por falta de competência de minha parte.

Certa vez vi pessoas tecendo grandes elogios a alguém que nunca fez nada sem olhar para si mesmo. Foi aí que pensei cá com os meus botões: Ah se eu tivesse coragem de falar a verdade! Certamente essas pessoas ficariam de “queixo caído”.

Eu sei que muitos fariam o mesmo a meu respeito, pois não sou e não serei a perfeição em pessoa. Só não quero que mintam para agradar a mim e a minha família. Mostrem as minhas virtudes, sem omitir os meus defeitos. É assim que agem as pessoas honestas. 
Na verdade, nem tudo é 100% perfeito, nem 100% imperfeito.

- Por Adalberto Pereira –

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