terça-feira, 30 de junho de 2020

É PRECISO CONTROLAR OS ÂNIMOS!


                          VALE A PENA MEXER COM QUEM ESTÁ QUIETO?

Não é novidade vermos notícias de que um animal fugiu da jaula e está solto nas ruas da cidade. Ele podia ser de um circo ou de um zoológico. Quando isso acontece, a população fica em pânico e os cuidados passam a ser redobrados.

É difícil segurar um animal que vivia numa jaula durante anos e por um vacilo de quem o vigiava, consegue livrar-se do terrível “presídio”. Uns ficam desnorteados, sem causar perigo às pessoas, de quem até chegam a fugir. Outros atacam quem encontrar pela frente. Saber quem causa perigo e quem não causa, não é uma tarefa fácil. Logo, a opção mais viável é correr!

Mas, se isso acontece com os animais, por que não pode acontecer com os seres humanos? Aí vocês perguntariam: você tá louco? Um ser humano em seu perfeito estado psicológico causar pânico? Calma, pessoal! Que tal atentarmos para os casos que vou contar?

Quando nós morávamos na Avenida Rio Branco, em Capina Grande, tínhamos como vizinhos a d. Isaura e seus filhos Iran e Lourdinha. Assim como eu, Iran era criado com muita rigidez. Só saía de casa para brincar comigo, e dentro de casa, ou para ir na bodega do Severino.

Era aí que ele aproveitava para “gastar” as energias acumuladas na “prisão” domiciliar. Mas as vítimas do amigo eram os gatos e os cachorros. Um dia d. Isaura mandou o filho comprar querosene e fez uma série de recomendações, como: Cuidado! Vá devagar que você está levando um litro de vidro! Não vá mexer com os bichinhos!

De nada adiantava as recomendações. Ao dar os primeiros passos na rua, lá estava o Iran correndo atrás dos cachorros e empurrando os gatos que encontrava nas janelas das casas. Ele era o terror dos bichinhos que, ao vê-lo, já se escondiam. Tinha cachorro que cantava o “caiiiiim” antes de ser alcançado.

Um dia o pior aconteceu! Ao correr atrás de um cachorro, ele tropeçou e caiu sobre a garrafa que, ao se quebrar fez alguns cortes no corpo do traquino coleguinha. Foi um corre-corre. No meio de tantos gritos, deu para ouvir uma voz feminina dizendo: Bem feito! Quem mandou mexer com quem estava quieto!

Eu até acredito que na linguagem deles, gatos e cachorros devem ter comemorado o castigo contra o seu costumeiro agressor. Pelo menos, por uns tempos, Iran não quis nem olhar para os animais, quando saia de casa para cumprir suas tarefas.

- Por Adalberto Pereira –

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