PROFESSOR WILLY BULLARA
Este sempre foi o jeito do meu
querido e saudoso professor de Francês Willy Bullara. Lecionou com sabedoria e
dignidade no Colégio Estadual Pedro Aleixo, na cidade de Patos. Willy não era
apenas um professor; era um amigo, querido e amado por todos os seus alunos.
Sentia-se feliz ao me receber em sua
residência nos finais de semana, oportunidade em que aproveitava para
aperfeiçoar o meu francês e manter o meu padrão de boas notas. Com aquele
sorriso calmo de um francês autêntico, ele cativava qualquer pessoa que dele se
aproximasse. Por ele, eu sentia uma grande admiração. Eu o tratava com carinho
e com respeito, pois era assim que Willy Bullara, este saudoso cidadão, merecia
ser tratado. Pelo que foi em vida, o professor WILLY BULLARA merece estar entre
os nossos saudosos homenageados.
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MOMENTOS POÉTICOS > 01
QUERO VER QUEM É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ
(Mote em sete sílabas)
Fiz a planta do avião pra Santos Dumont voar, / Fui
à Grécia ensinar luta livre Platão; /
Comandei um pelotão numa guerra em Paris, / A nossa história não diz, mas eu
prendi Barrabás: / QUERO VER QUEM É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Eu dei carona a Moisés, quando fugiu do Egito, / E
fui eu quem deu o grito de Independência ou Morte; / Ninguém teve a minha
sorte, por isso é que sou feliz; Eu fui o grande juiz no julgamento de Anás: /
QUERO VER QUEM É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Eu dei o primeiro tiro na guerra do Paraguai, / E
publiquei nos jornais que Judas traiu Jesus; / Também inventei a luz do jeito
que o mundo quis; / Nas águas de um chafariz lavei os pés de Caifás: / QUERO
VER QUEM É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Previ a vinda de Cristo e sua ressurreição, /
Ensinei para Sansão a defesa pessoal; / Dei o retoque final na roupa da
Imperatriz, / Recebi muito feliz o prêmio Nobel da Paz: / QUERO VER QUEM É QUE
FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Subi na cruz e tirei de lá o Filho de Deus, / No ataque aos filisteus usei espada e canhão;
/ Também venci Lampião deixando o povo feliz, / Disparei no seu nariz doze
tiros mortais: / QUERO VER QUEM É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
As cores do arco-íris saíram dos meus pincéis, / As
regras lá dos quartéis foram escritas por mim; / Quem me vê falar assim, diz
que eu sou um infeliz, / Mas não sabe que eu quis dar moral aos generais: /
QUERO VER QUE É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Também construí a funda pra Davi vencer Golias, /
Construí em sete dias o que ninguém faz num mês; / O presidente francês me
levou para Paris; / Foi então que escrevi como se promove a paz; / QUERO VER
QUEM É QUE FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Plantei aquela figueira para Zaqueu ver Jesus, / Em
dois minutos compus o Hino Nacional; / Frei Sardinha se deu mal comigo lá na
Matriz, / Só porque ele não quis reconhecer meu cartaz: / QUERO VER QUEM É QUE
FAZ AS COISAS QUE EU JÁ FIZ.
Autor: Adalberto Pereira
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