sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
O CASTIGO VEM DO SENHOR, O CRIADOR DA NATUREZA.
A NATUREZA SE ENFURECE?
Precisamos urgentemente voltar nossa atenção para os fatos que envolvem a ação do SENHOR em nosso cotidiano. Inicialmente, devemos olhar para DEUS como o centro do Universo.
Colocar a culpa dos acontecimentos sobre o alvo errado já faz parte da vida de quem há muito tempo deixou de olhar para DEUS como o criador de tudo que existe ao nosso redor,
O nosso alvo maior deve ser aquele que é dono de tudo, inclusive da nossa vida. Nada nos pertence e as tragédias que acontecem nada têm a ver com revolta da Natureza.
Nosso DEUS não dorme e nem cochila. Ele nos acompanha diuturnamente e lança a sua ira contra aqueles que "brincam" com Ele. As catástrofes que ceifam vidas ou causam prejuízos materiais, são resultados do afastamento do homem de DEUS.
A Natureza não se vinga de nada e de ninguém. Quem assim pensa, desconhece totalmente as mensagens contidas nas Escrituras Sagradas, que são inegavelmente a palavra viva e verdadeira do nosso CRIADOR.
Lamentavelmente, profissionais considerados "intelectuais da informação", levam, ou tentam levar pessoas ingênuas a acreditarem que são vítimas do que eles chamam de "revolta da Natureza".
Os mais diversos instrumentos inseridos no mundo das comunicações teimam em ludibriar a consciência humana com informações falsas, que não condizem com a realidade Divina.
Quem desconhece a Divindade, a Santidade, a Soberania e o Poder do nosso DEUS, limita-se às informações mentirosas, capazes de conduzir até alguns seguidores de CRISTO a um erro que enfraquece sua vida espiritual.
Considerar opiniões desconexas e incoerentes com a verdade não pode ser normal para aqueles que conhecem as ações de DEUS na vida da humanidade. A ira Divina é uma verdade inconteste e precisa ser reconhecida até pelos mais ferrenhos incrédulos.
Para quem pensa que a paciência de DEUS não tem limites, aconselho meditar sobre essa parte do diálogo de DEUS com o profeta Jeremias, quando este tentou interceder pela nação de Judá:
"Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam. Quando te perguntarem: Para onde iremos? Dir-lhe-ás: Assim diz o SENHOR: O que é para a morte, para a morte; o que é para a espada, para a espada; o que é para a fome, para a fome; o que é para o cativeiro, para o cativeiro. Porque os punirei com quatro sortes de castigos, diz o SENHOR: com espada para matar, com cães para os arrastarem e com as aves dos céus e as feras co campo para os devorarem e os destruírem..."
Querem o "endereço" dessa ira de DEUS? Abram as Escrituras Sagradas lá no Livro do profeta Jeremias e leiam o capítulo 15, a partir do versículo 1º. Se não se contentarem, sigam até o versículo 9.
Mas a ira do SENHOR não se limita no que Ele falou a respeito de Judá. Ele lançou sua ira contra Sodoma e Gomorra, onde o pecado havia ultrapassado o limite. Contra o Egito, a dureza do coração de Faraó resultou nas dez pragas enviadas por DEUS..
A ira do SENHOR também foi lançada contra o povo de Israel, que se distanciou da presença de DEUS, chagando a construir uma imagem para substituir o DEUS único e verdadeiro. Hoje, nada pode ser diferente, pois o DEUS do passado é o mesmo do presente e será o DEUS do futuro,
Atentem para esta verdade inquestionável: A ira é de DEUS, o dono de tudo, o que está acima de tudo e de todos, o que tem domínio sobre tudo e sobre todos, o nosso criador e criador da própria Natureza.
O DEUS a quem nos referimos é o único que é digno de receber toda a honra, toda a glória, todo o louvor e toda adoração.
- Por Adalberto Pereira -
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
domingo, 11 de dezembro de 2022
sábado, 10 de dezembro de 2022
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
LUTAR SEM TEMER OS PERIGOS.
VENCENDO OBSTÁCULOS
O ano era 1979. Eu estava muito bem no exercício da minha função no Departamento de Jornalismo da Rádio Espinharas de Patos. Surpreendentemente, recebo uma proposta para trabalhar na Emissora Rural a Voz do São Francisco, em Petrolina.
O salário era tentador, mas a indecisão colocava-me diante de uma situação inusitada: eu estava na Rádio Espinharas há seis anos em minha segunda passagem pela emissora, onde comecei em 1962, ainda desconhecido e com o nome artístico de Carlos Alberto, ideia de José Augusto Longo e Luis Pereira. Não foi fácil suportar a separação da minha família e dos amigos, mesmo sabendo que poderia superar tudo isso.
Sabendo do convite que me fora feito pela Direção da Emissora Rural de Petrolina, alguns colegas me aconselharam a não aceitar. Alegavam eles que era um grande risco, uma vez que lá só tinha “feras” e que eu ia me decepcionar.
Ora, se eu já estava indeciso, calculem a minha situação diante dos “estímulos” dos colegas! Além disso, eu não sabia nem onde ficava Petrolina. Já me colocava na condição de um estranho na multidão. E cada vez que pensava assim, a dúvida aumentava e o receio dominava os meus neurônios.
Resolvi dizer SIM! Fui até o Pe. Luiz Laires da Nóbrega, meu Diretor e comuniquei: - Recebi uma proposta da Emissora Rural de Petrolina! Não pretendo deixar a Espinharas e meus amigos daqui. Se vocês pelo menos chegarem ao mesmo salário, eu ficarei. Não quero mais que isso.
O Pe. Laires consultou o Departamento Pessoal e este informou não ter condições de conceder-me um aumento que chegasse ao prometido pela outra emissora. Na época eu deixara de ser o Carlos Alberto de 1962 e já era o Adalberto Pereira, nome que eu mesmo escolhi.
O Pe. Laires fez o que estava eu seu alcance para manter-me na emissora. Não era eu o melhor, mas eu era Diretor de Jornalismo, repórter, redator, apresentador do Jornal da Manhã e Comunicação Total e ainda integrava o quadro de esportes da emissora. E isso sem nenhum interesse financeiro.
Quem não queria um funcionário assim?
Acredito que este detalhe chamou a atenção dos Diretores da Emissora Rural
(Monsenhor Gonçalo, Sr. Paulo Brito e Pe. Mansueto de Lavor).
Não nego que estava feliz com o convite. Mas era dominado pelo medo, quando lembrava os comentários negativos dos colegas.
Procurei não levar aquilo a sério. Na rodoviária de Patos e já dentro do ônibus da Viação Brasília, olhava para os amigos que passavam e acenavam para mim. Confesso: não conseguia conter as lágrimas. Eu amava a Rádio Espinharas e Patos ocupava e ainda ocupa um lugarzinho especial no meu coração. Quantas vezes pensei em desistir!
Em Petrolina, fui recebido na rodoviária pelo saudoso colega Juarez Farias e por ele conduzido até um apartamento na própria emissora. Tudo era muito estranho. A falta dos amigos e do carinho dos patoenses não me permitiram um sono tranquilo. E haja sofrimento! E foram muitos dias assim.
Cheguei a pensar que as previsões dos amigos lá de Patos começavam a virar realidade. Mas um dia fui surpreendido com um chamado dos diretores. Eles me incumbiram de apresentar um noticiário. Estaria eu sonhando? Aquilo era verdade? Quase que beliscava meu próprio corpo para saber se estava acordado.
Ao entrar no estúdio para apresentar o noticiário, notei que um grupo de curiosos me observava do outro lado do vidro. E, para minha surpresa, aquele grupo era formado pelos senhores Paulo Brito, Monsenhor Gonçalo, Mansueto de Lavor e Vinicius de Santana. Na verdade, eu estava diante de uma verdadeira “prova de fogo”.
Antes da última notícia, todos eles haviam desaparecido. O que teria acontecido? Aquilo era um bom ou um mau sinal? Seria a confirmação das previsões dos amigos de Patos? Ao levantar-me, vi o sonoplasta fazendo um sinal de positivo. Mas ele não fazia parte daquele grupo. Logo...!
No dia seguinte, o Monsenhor Gonçalo Pereira Lima, chegou à porta da sala de redação, olhou pra mim com aquele sorriso próprio dele e falou: - O senhor vai apresentar os noticiários de hora em hora, a partir da próxima semana. Ao dar os primeiro passos, deu meia volta para dizer: - Parabéns!
Naquele momento, desejei ver ao meu lado os colegas da Rádio Espinharas que duvidaram da minha capacidade de estar entre os que eles chamaram de “Feras”. Também queria que eles testemunhassem que eu não havia me decepcionado. Afinal, eu havia vencido o grande obstáculo que via pela frente.
Vencer desafios não é tremer diante das oportunidades, mas encará-la com coragem, colocando-se lado a lado com os competentes e se tornando “fera” como eles. No rádio, os desafios não são pouco e também não são fáceis de vencê-los. Mas ao longo dos 30 anos de rádio, consegui vencer os mais complexos obstáculos.
Mas, se alguém perguntar sobre meu desejo de retornar às atividades radiofônicas, eu serei muito sincero em dizer que nada hoje me estimula a isso. A nossa imprensa, de um modo geral, está voltada para os interesses pessoais.
É lógico que existem as exceções às regras. Ainda conseguimos encontrar uma dúzia de bons profissionais, embora as empresas, em sua grande maioria, não colaborem no sentido de que o profissional exerça os seus trabalhos com dignidade.
A força da política partidária e os poderes aquisitivos de empresários inexperientes tornaram os ambientes de trabalho dos profissionais da imprensa em grandes “senzalas”, onde a escravatura de muitos se expandiu de forma assustadora.
Estes são na atualidade os maiores inimigos dos profissionais da imprensa, escrita, falada e televisada. Esta realidade é vivida de forma silenciosa pelos que precisam manter vivos os seus empregos.
Dizer que não sinto saudades dos meus momentos como locutor, redator, repórter, apresentador e até de diretor de jornalismo, funções exercidas ao longo dos meus 30 anos de trabalho, seria tentar enganar a mim mesmo. Mas estas saudades limitam-se aos tempos da nossa independência profissional.
Chegar ao exercício da função de Gerente Administrativo de uma emissora de rádio foi, além de um grande desafio, fruto de um trabalho revestido de responsabilidade, competência e dedicação. Sem essas qualidades eu seria apenas um a mais neste mundo de parcialidade e subserviência jornalísticas.
- Por Adalberto Pereira –
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
domingo, 4 de dezembro de 2022
sábado, 3 de dezembro de 2022
sexta-feira, 2 de dezembro de 2022
quinta-feira, 1 de dezembro de 2022
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
terça-feira, 29 de novembro de 2022
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
domingo, 27 de novembro de 2022
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
domingo, 20 de novembro de 2022
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
domingo, 13 de novembro de 2022
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
terça-feira, 8 de novembro de 2022
segunda-feira, 7 de novembro de 2022
quinta-feira, 3 de novembro de 2022
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
sábado, 22 de outubro de 2022
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
sábado, 8 de outubro de 2022
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
domingo, 2 de outubro de 2022
sábado, 1 de outubro de 2022
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
TENHO DITO!
OPINIÃO
O nível cultural de um povo não se mede pelo acúmulo de anéis e diplomas, mas pela sua maneira de agir nos momentos das grandes decisões. Quem age com prudência é inteligente e sábio. A este a minha admiração e o meu respeito.
Miseráveis e sem escrúpulos são aqueles que se desfazem do seu caráter natural em troca de um “punhado de farinha”, mesmo sabendo que isso não solucionará as suas mais prementes necessidades.
Viver em função de esmolas é uma característica de quem ainda não descobriu o valor do caráter e da dignidade pessoal. Infelizmente estamos cercados de elementos que se acomodam em sua insignificância. São os famosos parasitas sociais.
Tenho exemplos, e não são poucos, de pessoas de baixíssimo nível cultural, mas que foram sábias ao decidirem seguir aos ensinamentos de Deus, enquanto outros, acumuladores de anéis e diplomas, optaram por seguirem em direção ao lago de fogo e enxofre. É questão de princípios.
É lamentável ficarmos diante de pessoas que, não sabemos se levadas pela ingenuidade ou pela imbecilidade, preferem se entregar aos lamentáveis costumes do “lava mãos”, sem refletirem sobre o mau que está causando a si mesmo e à sua família.
Ser conivente com a cretinice dos espertalhões é estar além deles no tocante à irresponsabilidade moral. Até parece que ser idiota é bem mais cômodo do que ser autêntico pensador e portador de grandes ideais.
O mundo declina em direção ao avanço da ideologia paupérrima dos que foram maus gerados. E esta realidade faz mal aos intelectuais que se esforçam para evitar que isso aconteça. É aí que descobrimos o quanto ser sábio faz bem.
Conversava certa vez com um cidadão que se dizia portador de vários diplomas, mas que lamentava o infortúnio do desemprego. Quis saber o porquê da sua “falta de sorte”. Acabei descobrindo que suas atitudes não eram coerentes com o que ele mostrava ser.
Tentei levá-lo a mudar de comportamento, mas a sua teimosia era crônica. Ele fora educado para ser antagonista, mesmo diante de situações que não condiziam com a realidade. Vestiu uma camisa ideológica retrógrada, criada por homens incompetentes e desonestos.
Iguais a ele conheço milhares. Infelizmente, este não é um mal de poucos. Enquanto elementos desnutridos de moralidade se fizerem presentes em nosso meio, nossa luta para alcançarmos a perfeição se torna cada vez mais inútil.
Olhando pelo lado quantitativo, cresce a passos largos o número de dependentes de favores. São aqueles que se limitam ao presente, sem refletirem sobre as consequências do futuro. E nem se preocupam em reclamarem constantemente dos resultados negativos causados pela sua imbecilidade e pela sua falta de caráter.
Faço aqui presente uma frase que ouvi de um certo político patoense, isso quando eu estava no alge das minhas atividades na condução da política. Palavras dele: “Para ganhar a eleição, faço pacto até com o Diabo. Depois, o resto que se dane.”
Foi aí que comecei a entender o verdadeiro sentido da política vivida por “profissionais”, que maltratam o raciocínio lógico de quem ainda não amadureceu ao ponto de combatê-los. Então, eles, os “profissionais”, se aproveitam da ociosidade dos imaturos para dar continuidade aos seus desmandos.
São muitos os que se conluiem com aqueles a quem, antes, atacaram com suas críticas avassaladoras e lançaram sobre eles seus venenos mortíferos. São homens sem caráter e sem idoneidade moral, que merecem o nosso repúdio.
Sei que muitos se sentirão ofendidos. Mas isso pouco me incomoda. O certo é que cumpri com a minha obrigação de mostrar uma verdade que precisava ser dita. Se esta foi uma orientação Divina, está cumprida.
Por Adalberto Pereira
-o-o-o-o-o-o-o-
terça-feira, 27 de setembro de 2022
domingo, 25 de setembro de 2022
sábado, 24 de setembro de 2022
UM FALATÓRIO CONFUSO
UM CATAFÉRICO DISCURSO
DE UM ORADOR ENCOLÉRICO!
Nas reentrâncias da
psicologia humanitária, os paradoxos são cada vez mais periféricos.
As congruências se
aglutinam nas arestas das divergências intelectuais, evitando assim a
insignificância dos maledicentes portadores das incríveis desnutrições morais.
Afastadas das
potencialidades aliadas aos protagonizadores das mais potenciais ineficácias
aglomeradas nas mentalidades infrutíferas de quem nasceu para proliferar as
discórdias mortíferas, fortalecendo os vírus deprimentes e colaterais.
As fendas profundas
das coronárias obstruídas pela mácula das mentes desnutridas, são sinais mais
que evidentes de que os fatos desmentem as realezas destronizadas.
O impacto das
consequências indesejáveis mutilarão os asteroides intermoleculares infiltrados
nas chamas vulcânicas de uma sociedade despragmatizada.
As ações
perifrásticas dos gastrozoários mostram sua ineficácia e misturam-se às
manemolências dos malandros que compactuam com os imitadores das negligências
padronizadas.
Assim como os
termitófilos, os sestrosos usam de subterfúgios medíocres descamuflando sua
mente virulenta, a fim de que sua recalcitrância seja sufocada pelo saracotear
monótono e inoportuno das ondas.
Temerosos, reagem
ilicitamente, apegando-se ao habeas-corpus em defesa de suas prosopopeias
hilariantes, mas ingratas e desconfortáveis.
Veredicto est! Dura
lex sed lex!
AGORA, VOTE EM MIM!
Mas se continuares zombando da minha prosopopeia dar-te-ei uma bengalada no
alto da tua sinagoga desconectada, lançando-te no ápice das desprezíveis
pirâmides da tua imaginação!”.
TENHO DITO!
(Criado por Adalberto Pereira)
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quinta-feira, 22 de setembro de 2022
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
O FIM DO TERROR - ACONTECEU.
MATUSALÉM SILENCIOU O JOÃO CABELUDO
Existem fatos que são tão
absurdos, que se torna perigoso
lembrá-los. Mas como eu sou ousado, não poderia deixar de levar ao conhecimento
dos nossos amigos, um acontecimento
ocorrido na cidade de Campina Grande, conhecida como a “Rainha da
Borborema”, onde morei por onze anos. Se a memória não me falha, eu tinha uns
15 anos e morava na Rua do Monte Santo.
Campina Grande passava por
momentos de “terror”, devido aos atos praticados por um sujeito conhecido por
“João Cabeludo”. Era um sujeito que se faz lembrado quando falamos naquele cara
chamado Lázaro, o perigoso e cruel assassino que colocou em pânico o Distrito
Federal e parte de Goiás.
Pois bem! João Cabeludo era
um sério problema para a polícia campinense e, mas ainda para a sociedade
local. Garotas de 15 a 21 anos, estudantes principalmente, já não se arriscavam
sair de casa sozinhas. A maioria delas precisava da companhia dos pais ou irmãos
até para ir à padaria ou a bodega da esquina.
A exemplo do que aconteceu
com o Lázaro do DF, as pessoas passaram a dizer que o sujeito tinha parte com o
diabo. Ouvi de algumas pessoas, principalmente lá do bairro de José Pinheiro,
que ele se metia no matagal e se transformava num “tôco seco” de onde saia uma
fumaça diabólica, como se alguém estivesse fumando um grosso charuto.
O tempo passava e ao ouvir a
música característica do “Campinense Repórter”, noticiário da Rádio Borborema,
a população correu para o “pé” do rádio, esperando mais uma das terríveis
astúcias do facínora. A polícia já se sentia impotente e até certo ponto
desmoralizada. Ouvi um soldado comentando com um colega na porta do bar de Seu
Silva, próximo a cadeia pública: - Quando eu pegar esse sujeito, ele vai ver
com quantos paus se faz uma canoa!
Disseram que o João Cabeludo
se enfiava num saco de carvão e ficava escorado numa parede esperando a
presença de uma jovem. De repente, o saco se abria e lá estava o sujeito pronto
para o bote fatal. Aí... mais uma garota entrava na desastrosa lista do
maníaco.
Certo dia, eu estava na
calçada com alguns amigos quando notei uma movimentação diferente nas
proximidades da Praça Félix Araújo. Era a viatura da polícia, que recebera o
apelido de “Viuvinha”, por ser de cor preta,
que chegava com a “relíquia” no momento.
- “Prenderam o João
Cabeludo!!!”, gritou alguém lá da esquina.
A correria foi algo
espetacular. Vi mulheres secando as mãos com o avental e outras pedindo que
alguém olhasse o caldeirão que estava no fogão. A frente da cadeia pública, que
ficava na Rua Quintino Bacaiúva, por trás da minha casa, estava tomada de
curiosos. Todos queriam conhecer o terror das donzelas e o grande pesadelo da
polícia.
Dias depois, eu e meus
colegas ouvimos um barulho estranho vindo lá dos fundos da cadeia pública.
Curiosamente e com muito cuidado, subi num cano encostado no muro e vi os
soldados dando uns “conselhos” num sujeito de média estatura e com os cabelos
caídos nos ombros. Um dos soldados ainda arriscou atirar uma pedra contra mim,
mas desistiu.
Já não aguentando tantos “conselhos”,
o sujeito implorou: - Me matem logo! Me matem logo!
De repente, o soldado Matusalém,
que estava de sentinela e fora do grupo dos “conselheiros”, falou: Vamos acabar
logo com isso, pessoal. Ao mesmo tempo em que falava, tirava o fuzil das costas
e, apontando para o sujeito e disparou! PUUUM! Foi um único tiro.
Eu pulei de onde estava,
corri pra dentro de casa e gritei: Mãe! Mataram João Cabeludo! Acredito que os
colegas que estavam comigo, também fizeram o mesmo.
Estava encerrada a cruel
trajetória de JOÃO CABELUDO, um dos piores assassinos já vistos na história de
Campina Grande.
- Por Adalberto Pereira –
domingo, 18 de setembro de 2022
sábado, 17 de setembro de 2022
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
terça-feira, 13 de setembro de 2022
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
OS OSSOS DO OFÍCIO
VENCENDO OBSTÁCULOS
O ano era 1979. Eu estava muito bem no exercício da minha função no Departamento de Jornalismo da Rádio Espinharas de Patos. Surpreendentemente, recebo uma proposta para trabalhar na Emissora Rural a Voz do São Francisco, em Petrolina.
O salário era tentador, mas a indecisão colocava-me diante de uma situação inusitada: eu estava na Rádio Espinharas há seis anos em minha segunda passagem pela emissora, onde comecei em 1962, ainda desconhecido e com o nome artístico de Carlos Alberto, ideia de José Augusto Longo e Luis Pereira. Não foi fácil suportar a separação da minha família e dos amigos, mesmo sabendo que poderia superar tudo isso.
Sabendo do convite que me fora feito pela Direção da Emissora Rural de Petrolina, alguns colegas me aconselharam a não aceitar. Alegavam eles que era um grande risco, uma vez que lá só tinha “feras” e que eu ia me decepcionar.
Ora, se eu já estava indeciso, calculem a minha situação diante dos “estímulos” dos colegas! Além disso, eu não sabia nem onde ficava Petrolina. Já me colocava na condição de um estranho na multidão. E cada vez que pensava assim, a dúvida aumentava e o receio dominava os meus neurônios.
Resolvi dizer SIM! Fui até o Pe. Luiz Laires da Nóbrega, meu Diretor e comuniquei: - Recebi uma proposta da Emissora Rural de Petrolina! Não pretendo deixar a Espinharas e meus amigos daqui. Se vocês pelo menos chegarem ao mesmo salário, eu ficarei. Não quero mais que isso.
O Pe. Laires consultou o Departamento Pessoal e este informou não ter condições de conceder-me um aumento que chegasse ao prometido pela outra emissora. Na época eu deixara de ser o Carlos Alberto de 1962 e já era o Adalberto Pereira, nome que eu mesmo escolhi.
O Pe. Laires fez o que estava eu seu alcance para manter-me na emissora. Não era eu o melhor, mas eu era Diretor de Jornalismo, repórter, redator, apresentador do Jornal da Manhã e Comunicação Total e ainda integrava o quadro de esportes da emissora. E isso sem nenhum interesse financeiro.
Quem não queria um funcionário assim? Acredito que este detalhe chamou a atenção dos Diretores da Emissora Rural (Monsenhor Gonçalo, Sr. Paulo Brito e Pe. Mansueto de Lavor). Não nego que estava feliz com o convite. Mas era dominado pelo medo, quando lembrava os comentários negativos dos colegas.
Procurei não levar aquilo a sério. Na rodoviária de Patos e já dentro do ônibus da Viação Brasília, olhava para os amigos que passavam e acenavam para mim. Confesso: não conseguia conter as lágrimas. Eu amava a Rádio Espinharas e Patos ocupava e ainda ocupa um lugarzinho especial no meu coração. Quantas vezes pensei em desistir!
Em Petrolina, fui recebido na rodoviária pelo saudoso colega Juarez Farias e por ele conduzido até um apartamento na própria emissora. Tudo era muito estranho. A falta dos amigos e do carinho dos patoenses não me permitiram um sono tranquilo. E haja sofrimento! E foram muitos dias assim.
Cheguei a pensar que as previsões dos amigos lá de Patos começavam a virar realidade. Mas um dia fui surpreendido com um chamado dos diretores. Eles me incumbiram de apresentar um noticiário. Estaria eu sonhando? Aquilo era verdade? Quase que beliscava meu próprio corpo para saber se estava acordado.
Ao entrar no estúdio para apresentar o noticiário, notei que um grupo de curiosos me observava do outro lado do vidro. E, para minha surpresa, aquele grupo era formado pelos senhores Paulo Brito, Monsenhor Gonçalo, Mansueto de Lavor e Vinicius de Santana. Na verdade, eu estava diante de uma verdadeira “prova de fogo”.
Antes da última notícia, todos eles
haviam desaparecido. O que teria acontecido? Aquilo era um bom ou um mau sinal?
Seria a confirmação das previsões dos amigos de Patos? Ao levantar-me, vi o
sonoplasta fazendo um sinal de positivo. Mas ele não fazia parte daquele grupo.
Logo...!
No dia seguinte, o Monsenhor Gonçalo Pereira Lima, chegou à porta da sala de redação, olhou pra mim com aquele sorriso próprio dele e falou: - O senhor vai apresentar os noticiários de hora em hora, a partir da próxima semana. Ao dar os primeiro passos, deu meia volta para dizer: - Parabéns!
Naquele momento, desejei ver ao meu lado os colegas da Rádio Espinharas que duvidaram da minha capacidade de estar entre os que eles chamaram de “Feras”. Também queria que eles testemunhassem que eu não havia me decepcionado. Afinal, eu havia vencido o grande obstáculo que via pela frente.
Vencer desafios não é tremer diante
das oportunidades, mas encará-la com coragem, colocando-se lado a lado com os
competentes e se tornando “fera” como eles. No rádio, os desafios não são pouco
e também não são fáceis de vencê-los. Mas ao longo dos 30 anos de rádio,
consegui vencer os mais complexos obstáculos.
Mas, se alguém perguntar sobre meu desejo de retornar às atividades radiofônicas, eu serei muito sincero em dizer que nada hoje me estimula a isso. A nossa imprensa, de um modo geral, está voltada para os interesses pessoais.
É lógico que existem as exceções às regras. Ainda conseguimos encontrar uma dúzia de bons profissionais, embora as empresas, em sua grande maioria, não colaborem no sentido de que o profissional exerça os seus trabalhos com dignidade.
A força da política partidária e os poderes aquisitivos de empresários inexperientes tornaram os ambientes de trabalho dos profissionais da imprensa em grandes “senzalas”, onde a escravatura de muitos se expandiu de forma assustadora.
Estes são na atualidade os maiores inimigos dos profissionais da imprensa, escrita, falada e televisada. Esta realidade é vivida de forma silenciosa pelos que precisam manter vivos os seus empregos.
Dizer que não sinto saudades dos meus momentos como locutor, redator, repórter, apresentador e até de diretor de jornalismo, funções exercidas ao longo dos meus 30 anos de trabalho, seria tentar enganar a mim mesmo. Mas estas saudades limitam-se aos tempos da nossa independência profissional.
Chegar ao exercício da função de Gerente Administrativo de uma emissora de rádio foi, além de um grande desafio, fruto de um trabalho revestido de responsabilidade, competência e dedicação. Sem essas qualidades eu seria apenas um a mais neste mundo de parcialidade e subserviência jornalísticas.
- Por Adalberto Pereira –