REENCONTRANDO O AMIGO ZÉ COSTA
A vida oferece surpresas impressionantes. Umas são excelentes, outras nem tanto. Nascer em Abreu e Lima, Pernambuco, um pequeno Distrito de Paulista e seguir para Campina Grande, não deixava de ser um dos maiores desafios para um garoto tímido de apenas 9 anos de idade.
Naquela metrópole paraibana, morei na Liberdade, na Rua Paraguai (bairro da Prata), na Av. Rio Branco, na Rua Idelfonso Aires (Rua Estreita), na Arrojado Lisboa, na rua Ceará e no Monte Santo. Tudo era bem diferente da Rua Azul da antiga Maricota (como era conhecido o Distrito de Abreu e Lima).
As minhas principais aventuras aconteceram entre as ruas Ceará e Monte Santo. Da Rua Ceará, lembro os amigos Inácio (conhecido como Pelado), seu irmão Jurandir chamado Dida)e sua irmã Maria do Carmo, filhos do Sr. Cícero e d. Mariinha. Isso sem esquecer a família Nicolau, com seu Pedro e d. Inacinha e os filhos Pedro, José, Lilian e Noca.
Foi ali que comecei a jogar futebol num campo chamado “Cova da Onça”. Eu tinha apenas 14 anos. Embora aquela vizinhança fosse de primeiríssima qualidade, meus pais resolveram residir na Rua Monte Santo, onde tivemos excelentes vizinhos.
E foi ali onde conheci e convivi com amigos maravilhosos, destacando-se José Costa, Titi, Joãozinho, Birino, Maria do Carmo, Lourdinha e Bastinha, todos eles filhos do casal Antônio de Gama e d. Cícera, cujo nome verdadeiro era Maria Pinheiro da Costa.
Mas nomes outros merecem fazer parte desta seleta lista: Antônio Correia, Nivaldo, Marina, Corina, Teté, Olívia, todos filhos do casal Misael e d. Moça. Mais acima tinha o Zé Hamilton, Salomão, que jogou no Campinense, Náutico, Santos e Vasco do Rio (hoje médico e residente em Recife).
Não dá para esquecer os momentos de boas conversas no bar de “seu” Silva, na esquina da rua e bem pertinho da Praça Felix Araújo. Por trás da nossa casa estava a Cadeia Pública, onde todos os dias à meia noite os presos eram contemplados com a chamada “vitamina da meia noite”.
Foi morando no Monte Santo que tive o meu primeiro emprego como vendedor numa banca de revista no centro de Campina Grande, na calçada da antiga Mesa de Renda. Depois, com 17 anos, passei a trabalhar com o Sr. Geraldo Soares, num escritório de representações.
O escritório faca no terceiro andar do Edifício Açú, na Praça da Bandeira. Representávamos as molas Black Steel, as capotas Triunfo (ambos para Jeep), os tecidos A, Bittencourt, Bangu e Lincol Industrial.
Mas o meu ponto de referência agora se chama JOSÉ DA COSTA BARROS. Principalmente pelos anos que nos separaram (acho que uns 50), sem que eu soubesse onde encontrá-lo. Isso me entristecia, pela amizade que nos unia na nossa adolescência. Mas o que Deus reserva para nós é algo surpreendente.
Inesperadamente o tempo de Deus chegou e eu recebia uma mensagem vinda de uma jovem chamada Sinara. Era a filha do meu amigo Zé Costa. Foi aí que fiquei sabendo que ele reside no Rio Grande do Norte, mais precisamente em Monte Alegre, uma cidade com cerca de 40 mil habitantes, localizada a uns 35 minutos de Natal.
A distância não nos interessa quando sabemos que podemos estar perto (de coração) dos amigos inseparáveis. O meu reencontro com meu amigão Zé Costa encheu-me de alegria e hoje eu me sinto mais feliz.
Meu amigo, atualmente, não goza de muita saúde, mas se esforça para falar o necessário para sabermos que sua vida está bem cuidada por Deus, pela esposa Mirtes e por sua filha Sinara. Estes sempre estarão ao seu lado nos momentos em que ele mais precisa.
Também fiquei feliz ao receber uma mensagem do Samuel, filho da Sinara e que me disse ser o neto preferido do amigo Zé Costa. Ele até me falou dos outros dois netos do Zé, o Lucas e o Juan. O que nos conforta é saber que o amigo está muito bem acompanhado.
A partir desse reencontro, nossas conversas têm sido bastante animadoras e nos fazem voltar aos nossos tempos na Rua Monte Santo e às nossas aventuras ao lado do amigão Nivaldo. Agora é só esperar no SENHOR pela recuperação total do amigo para que nossa felicidade seja completa.
Nunca esqueça ou abandone os seus verdadeiros amigos, independente do que tenha acontecido de desagradável e que tenha causado constrangimento a alguém. Uma verdadeira amizade não pode ser sufocada por fatos superáveis.
Guarde seus verdadeiros amigos no coração, pois de lá eles jamais sairão quando a gratidão, o respeito e o carinho superam toda e qualquer adversidade.
UM ABRAÇO FRATERNO E CORDIAL, MEU AMIGÃO JOSÉ COSTA BARROS.
- Por Adalberto Pereira -
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