segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A PERDA DE UM GRANDE AMIGO

 

                                A TRISTEZA DE  PERDER UM AMIGO

O ano de 2020 não nos deixou bons momentos que, em sua grande maioria, trouxeram angústia e desespero. E como se não bastasse, levou consigo meu amigo Normando Sóracles, uma pessoa tão querida e tão amada. O dia 25 de dezembro sempre será lembrado, não com aquela alegria natalina, mas com a tristeza de uma lastimável separação.

Não é difícil falar sobre um cidadão, um amigo e um companheiro que sempre soube construir ao seu redor uma “muralha” de amigos que o respeitavam e o admiravam pela sua ousadia e capacidade profissional. Sim! Quando se trata de NORMANDO SÓRACLES GONÇALVES, a alegria nos invade superando a tristeza por sabermos que estamos diante de um ser humano extraordinário.

Minha amizade com Normando começou quando eu gerenciava a Rádio da Grande Serra. Lembro do momento em que o recebi em minha sala a fim de solicitar um horário para apresentação de um programa. Ele foi tão seguro em sua reivindicação que não houve como negar-lhe esta oportunidade. E o programa foi um verdadeiro show; um líder absoluto em audiência.

Se Normando já era uma competência como gerente da loja Mercadão dos Tecidos, como apresentador ele superou as expectativas. Corajoso, enfrentou o Grupo Coelho, entrevistando no seu programa o então deputado Gonzaga Patriota, inimigo ferrenho dos Coelhos. De Petrolina, recebia a ordem para tirar o programa do ar, mas não o fiz e, juntos, enfrentamos os “poderosos” de Petrolina.

Quando nós realizamos o Primeiro Congresso de Poetas Repentistas da Região do São Francisco, em 1986, Normando imediatamente nos procurou, colocando o Mercadão dos Tecidos como um dos patrocinadores, inclusive se oferecendo para nos ajudar na apresentação. O sucesso alcançado pelo evento, realizado no Clube ARCA, teve em Normando  um dos grandes responsáveis pelo sucesso.

Normando era assim: destemido, meio moleque e meio cabra da peste e, quando necessário, muito rigoroso em suas decisões. Abraçava a todos com uma sinceridade incrível. Conquistava amizades e as conservava como poucos sabiam fazer.

Foram 60 anos de vida profícua, tempo em que enfrentou dificuldades como todo bom cidadão, até que foi vencido por um terrível mal, que colocou um “ponto final” nos sonhos que ainda estavam por ser realizados.

Levado para o Hospital São Camilo, na capital cearense, Normando “jogou a toalha” diante da Covid-19, esta maldita ceifadora de vidas humanas. Era uma hora da tarde de sexta feira dia 25 de dezembro. Os planos de estar em família em um momento tão significante, não puderam ser cumpridos. Foi um adeus que nós, como amigos, colegas e companheiros, não desejávamos testemunhar.

Radialista, empresário, político,  normando Sóracles Gonçalves Damasceno sempre foi um apaixonado pelo rádio, onde sempre teve oportunidades de levantar campanhas para pessoas necessitadas. Era um ser humano extraordinário e um amigo respeitador e respeitado. Por incrível que pareça,  foi ele o primeiro radialista a noticiar o primeiro caso de Covid-19 em Juazeiro do Norte. Normando deixa viúva d. Adriana Russo e órfãos os filhos Daniel Damasceno e Lívia Romana, ambos atuantes na área de saúde.

Constrangidos e com o coração em lágrimas, somos afetados por este momento tão lastimoso. Mas ainda nos resta uma gratidão por tudo que ele fez e pelo exemplo que nos deixou. Esta gratidão vai para os seus familiares, na certeza de que Deus os está consolando neste momento de angústia e de dor.

Por tudo que NORMANDO SÓRACLES GONÇALVES DAMASCENO foi e pelo que ele continuará representando como exemplo de trabalho, dedicação e companheirismo, seu nome ficará registrado entre os nossos mais ilustres e saudosos homenageados.

 

- Por Adalberto Pereira -.

 

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