ONDE ESTÃO OS CULPADOS, SE TODOS SÃO INOCENTES?
Dominado pelo poder da corrupção, o Brasil tem sido o
maior celeiro de políticos desajustados moralmente! Os fatos que passaram a
fazer parte da nossa história não são nada agradáveis. O famigerado MENSALÃO
foi o maior exemplo de assalto aos cofres públicos. Em toda a sua história, o
país nunca foi alvo de tamanha desordem moral.
A partir dessa trágica faceta patrocinada por um
governo irresponsável, os escândalos tiveram proporções insustentáveis,
culminando com prejuízos incalculáveis aos cofres públicos e, consequentemente
a falência das instituições antes organizadas com tanto sacrifício.
Se isso já simbolizava a desesperança e a
desorganização de uma sociedade honesta e confiante na Ordem e no Progresso, a
ousadia de políticos mau caráter de se autodenominarem inocentes deixava-nos
irritados. Mesmo dizendo-se inocentes, eles nunca apresentaram provas concretas
que mostrassem essa inocência.
A desorganização social do país coloca-nos diante de
um sistema educacional falido; de uma segurança pública impotente e de um
sistema de saúde sucateado. Os trilhões de reais desviados para o
enriquecimento indevido de políticos corruptos e seus apadrinhados poderiam, se
bloqueados e confiscados, tirar milhões de pessoas da pobreza e da miséria em
que se encontram.
É inconcebível acreditar no fim da pobreza, enquanto
aumenta cada vez mais o número de famílias dependentes das migalhas recebidas
em forma de bolsa família. Combate-se a pobreza e a miséria com geração de empregos,
para que as famílias sintam-se seguras, sem a necessidade de se humilharem diante
dos aproveitadores de ocasiões.
Denunciados, todos se dizem inocentes, embora nunca apresentem
provas concretas provando essa inocência. Limitam-se às frases pré-fabricadas como:
“perseguição política”, “vingança de inimigos políticos”, “é tudo mentira”, etc.
Em contrapartida, as provas se apresentam cada vez mais
contundentes e as defesas cada vez mais vazias. E para complicar ainda mais, as
denúncias são feitas por pessoas diretamente envolvidas nos escândalos, isso sem
contar com gravações de diálogos entre os protagonistas da triste história.
A inocência não se restringe a palavras. Estas são cuidadosamente
estudadas e coordenadas de forma que convençam juizes e promotores. A inocência é provada pela
idoneidade de documentos apresentados. A integridade moral do denunciado, depois
de provada a sua inocência, é premiada com honras e louvores. Nunca com condenação
e prisão.
Diz um adágio popular que “a mentira tem pernas curtas”.
Se isso é verdade ou apenas uma sugestão, ela tem mostrado ser uma verdade incontestável
e preocupante para muitos. O culpado, mesmo que se empenhe na teimosia do “sou inocente”,
cedo ou tarde tropeçará na sua própria sombra, a sombra da desonra e do desrespeito
ao direito de zelar pelas coisas públicas.
Preocupante é mantermos entre pessoas idôneas e preocupadas com o bem estar da Nação, elementos
de alta periculosidade camuflados pelas togas maculadas pela desonestidade. São
aqueles que escarram nas páginas “sagradas” da lei, colocando em liberdade réus
condenados e que cumprem pena pelos delitos cometidos.
Elementos displicentes e irreverentes, destruidores da
ética e da moral, precisam ser extirpados do rol dos que se esforçam para manter
a ordem e o progresso no país. São elementos que rasgaram os símbolos nacionais,
indiferentes às consequências que suas atitudes nefastas podem causar a um povo
que ainda respira o ar da esperança.
“Ninguém é culpado, até que se prove o contrário”! Esta
frase filosófica é pronunciada pelos defensores dos inimigos da honestidade. Eles
são tão cretinos que a usam mesmo diante de culpas documentadas e comprovadas. Não
podemos chegar à condição de ingênuos, quando nos colocamos no seleto grupo dos
intelectuais. A ingenuidade pode colocar-nos na condição de mentirosos e enganadores
de nós mesmos.
Se não conseguimos nos livrar dos corruptos, se não conseguimos
encontrar uma solução imediata para este angustiante problema, resta-nos perguntar:
Onde estão os culpados, se todos são inocentes?
TENHO DITO!
Escrito por Adalberto Pereira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário