terça-feira, 25 de setembro de 2018

CULPADOS OU INOCENTES?


ONDE ESTÃO OS CULPADOS, SE TODOS SÃO INOCENTES?

Dominado pelo poder da corrupção, o Brasil tem sido o maior celeiro de políticos desajustados moralmente! Os fatos que passaram a fazer parte da nossa história não são nada agradáveis. O famigerado MENSALÃO foi o maior exemplo de assalto aos cofres públicos. Em toda a sua história, o país nunca foi alvo de tamanha desordem  moral.

A partir dessa trágica faceta patrocinada por um governo irresponsável, os escândalos tiveram proporções insustentáveis, culminando com prejuízos incalculáveis aos cofres públicos e, consequentemente a falência das instituições antes organizadas com tanto sacrifício.

Se isso já simbolizava a desesperança e a desorganização de uma sociedade honesta e confiante na Ordem e no Progresso, a ousadia de políticos mau caráter de se autodenominarem inocentes deixava-nos irritados. Mesmo dizendo-se inocentes, eles nunca apresentaram provas concretas que mostrassem essa inocência.

A desorganização social do país coloca-nos diante de um sistema educacional falido; de uma segurança pública impotente e de um sistema de saúde sucateado. Os trilhões de reais desviados para o enriquecimento indevido de políticos corruptos e seus apadrinhados poderiam, se bloqueados e confiscados, tirar milhões de pessoas da pobreza e da miséria em que se encontram.

É inconcebível acreditar no fim da pobreza, enquanto aumenta cada vez mais o número de famílias dependentes das migalhas recebidas em forma de bolsa família. Combate-se a pobreza e a miséria com geração de empregos, para que as famílias sintam-se seguras, sem a necessidade de se humilharem diante dos aproveitadores de ocasiões.

Denunciados, todos se dizem inocentes, embora nunca apresentem provas concretas provando essa inocência. Limitam-se às frases pré-fabricadas como: “perseguição política”, “vingança de inimigos políticos”, “é tudo mentira”, etc.
Em contrapartida, as provas se apresentam cada vez mais contundentes e as defesas cada vez mais vazias. E para complicar ainda mais, as denúncias são feitas por pessoas diretamente envolvidas nos escândalos, isso sem contar com gravações de diálogos entre os protagonistas da triste história.

A inocência não se restringe a palavras. Estas são cuidadosamente estudadas e coordenadas de forma que convençam  juizes e promotores. A inocência é provada pela idoneidade de documentos apresentados. A integridade moral do denunciado, depois de provada a sua inocência, é premiada com honras e louvores. Nunca com condenação e prisão.

Diz um adágio popular que “a mentira tem pernas curtas”. Se isso é verdade ou apenas uma sugestão, ela tem mostrado ser uma verdade incontestável e preocupante para muitos. O culpado, mesmo que se empenhe na teimosia do “sou inocente”, cedo ou tarde tropeçará na sua própria sombra, a sombra da desonra e do desrespeito ao direito de zelar pelas coisas públicas.

Preocupante é mantermos entre pessoas idôneas e preocupadas com o bem estar da Nação, elementos de alta periculosidade camuflados pelas togas maculadas pela desonestidade. São aqueles que escarram nas páginas “sagradas” da lei, colocando em liberdade réus condenados e que cumprem pena pelos delitos cometidos.

Elementos displicentes e irreverentes, destruidores da ética e da moral, precisam ser extirpados do rol dos que se esforçam para manter a ordem e o progresso no país. São elementos que rasgaram os símbolos nacionais, indiferentes às consequências que suas atitudes nefastas podem causar a um povo que ainda respira o ar da esperança.

“Ninguém é culpado, até que se prove o contrário”! Esta frase filosófica é pronunciada pelos defensores dos inimigos da honestidade. Eles são tão cretinos que a usam mesmo diante de culpas documentadas e comprovadas. Não podemos chegar à condição de ingênuos, quando nos colocamos no seleto grupo dos intelectuais. A ingenuidade pode colocar-nos na condição de mentirosos e enganadores de nós mesmos.

Se não conseguimos nos livrar dos corruptos, se não conseguimos encontrar uma solução imediata para este angustiante problema, resta-nos perguntar: Onde estão os culpados, se todos são inocentes?

TENHO DITO!

Escrito por Adalberto Pereira.

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