quinta-feira, 15 de novembro de 2018

MINHA GRATIDÃO AOS AMIGOS E IRMÃOS ARARIPINENSES


OBRIGADO, ARARIPINA!

O dia 1º de novembro foi deveras bastante especial para mim. Bondosos, os Vereadores de Araripina, em atendimento ao DECRETO LEGISLATIVO nº 021/2017, de autoria da Vereadora Camila Modesto, votaram pela concessão do meu Título de Cidadania. Foi uma noite memorável, onde a emoção mostrou o quanto somos frágeis diante de uma outorga tão significante.
Entre os homenageados, estiveram o Dr. Aluizio, a Dra. Janaína, os radialistas Martinho Filho, Fredson Paiva e Roberto Gonçalves. Lá estava também o Sargento Romero, um amigo de longas datas. Foi com muito orgulho que, diante de um público bastante seleto, proferi o seguinte discurso de agradecimento pela honraria:

O DISCURSO

Excelentíssimo Senhor Presidente deste Legislativo Municipal, Vereador Evilásio Mateus; digníssima Vereadora Camila Modesto, Demais Vereadores aqui presente;  minhas senhoras, meus senhores:
Esta Casa me proporcionou muitos momentos de alegrias. O primeiro deles foi o de ser redator da Lei Orgânica de Araripina, ao lado do escritor e historiador Geraldo Granja Falcão e do Dr. Armando Tavares da Silva. Eu não poderia fugir da responsabilidade que me fora confiada pelo então Presidente deste Legislativo, Joaquim Lima Filho.
Orgulha-me sobremaneira ter convivido com homens como Emanuel Bringel, Humberto Filho, Sinval Ferreira, Lula Sampaio, Hamilton Pereira, Salomão da Rancharia, Arlindo Cordeiro, Joaquim de Berto, Pedro Cordeiro, Boba Sampaio, Danda Simeão, Moisés Neri, Tico de Roberto, Badu, Evilásio Mateus e Francisco Edvaldo.
Tranquiliza-me sobremaneira saber que pessoas idôneas ocupam com dignidade os mesmos lugares, fazendo com que a nossa Araripina continue firme e resoluta na sua longa e vitoriosa caminhada, tendo como alvo maior o seu progresso social, político e econômico.
O meu segundo e grande momento aqui foi o  convite do então presidente Emanuel Santiago Alencar para assumir a Assessoria de Imprensa deste Legislativo, onde permaneci de 1991 até 1994, na sua gestão e na de Humberto Filho. Foram 4 anos gratificantes, ao lado de Hilda Nunes,  Irismar Penha, Goreth Saburido, Socorro Gomes, Rosângela Soares Feitosa, Silvio Romero e d. Gilza.
O terceiro momento, que será tão inesquecível quanto os demais, estou vivendo agora, ao receber o honroso título de Cidadão Araripinense, na presença dos amigos e agora meus irmãos pela vontade livre e independente destes destemidos representantes do povo de Araripina.  
No dia 26 de agosto de 1978,  eu recebia da Câmara Municipal de Patos, o título de Cidadão Patoense. Hoje, 40 anos depois, aqui estou eu, igualmente emocionado e agradecido, recebendo da Câmara Municipal de Araripina, minha nova e honrada certidão de nascimento. Isso me deixa diante da certeza de que não há limite de idade para nascermos de novo.
Os momentos felizes precisam ser imortalizados, principalmente quando nos sentimos como uma semente selecionada que, plantada em solo fértil, e regada com amor e com carinho,  germina, cresce e produz bons frutos. As maiores vitórias são alcançadas por aqueles que conseguem ser  fortes em meio às tempestades, pois não há mérito algum quando nos sentimos vitoriosos em  meio às calmarias.
A menos de 7 dias para findar o mês de fevereiro, de 1986, às 7 horas da noite, eu chegava à Rodoviária de Araripina e era recebido por  dois jovens: Iveraldo Nascimento e Joel Coelho. Impulsionado por uma ordem do Sr. Geraldo Coelho, eu assumiria, no dia 1º de março daquele ano, a direção da Rádio da Grande Serra. Não foi nada fácil. A rádio estava em verdadeiro caos financeiro.
Naquele momento, eu já sentia que Araripina, antes município de São Gonçalo, desde 11 de setembro de 1928, era uma cidade abençoada por Deus e conduzida pelos braços fortes de homens ilustres e destemidos a exemplo de Joaquim Pereira Lima, hoje imortalizado com todas as honras, nas páginas históricas deste Legislativo Municipal.
Esta é a Araripina que guarda com carinho e com respeito, como protagonistas de sua história,  figuras memoráveis como  Joaquim José Modesto, Francisco da Rosa Muniz, João Cavalcanti Lima, José Deodato Santiago (Zé Bringel), Joaquim Alexandre Arraes, Manoel Ramos Barros, Cel. Antônio Modesto, Moisés Bom de Oliveira, Ancilon Mendes da Silva, e Sebastião Batista Modesto.
Araripina jamais esquecerá filhos ilustres e dedicados como Arnaldo Lage,  Afonso Nunes,  Pedro Batista, Expedito Arraes, Valdemir Batista de Sousa (Dr. Mimi), Joaquim de Berto, Antônio Carlos, Humberto Bertino, Giovane Pereira Lima, e tantas outras  figuras de realce e de inestimável influência no progresso desta metrópole que continua caminhando a passos largos em busca de novos horizontes.
Araripina crescia manhosa, acalentada  por mãos carinhosas de mulheres como Teutônia Teixeira Leite, Joana de Lavor Papagaio, Cecy de Alencar, Anita Bringel, Rivanda Albuquerque, Suzete Arraes e outras heroínas, valorosas senhoras da nossa sociedade rica na sua histórica existência.
Que não feneçam em nós os grandes feitos dos homens e mulheres que tanto honraram esta terra e de outros que ergueram os olhos para o horizonte do crescimento e do progresso desta cidade forte e ousada,  alicerce inabalável da Serra do Araripe.
Mas Araripina já estava acostumada a adormecer ao som das belas melodias muito  bem interpretadas por Edvaldo Lopes, Fernando Goiano e dos anônimos seresteiros das suas madrugadas.
Esta terra abençoada por Deus nunca deixou de ser cantada e decantada nas poesias improvisadas dos poetas José Melquíades, Reinaldo Ribeiro e outros não menos inspirados.
E ai de ti, minha  mãe amada, se teus momentos mais sublimes não fossem registrados pelas câmeras mágicas de fotógrafos como Abdias Sinfrônio, seu Sebastião, d. Zefa, Luizito, Rômulo Jacó, Paulo Elias, e outros que no anonimato, também realizaram brilhantes trabalhos. Tudo isso sem esquecermos a valorosa contribuição de brilhantes jornalistas como Adauto Ferreira, Iveraldo Nascimento e Netinho Andrade.
Ah, Araripina! O que seria de ti sem os ensinamentos producentes oriundos de  mentes inteligentes, qualidades inquestionáveis de Alzenir Lacerda, Áurea Carvalho, Eluzana Valverde, Elodir, Irza Carvalho, Maria Darticlea, Jacira Bandeira, Ana Luzia Alencar, Paulo Ponciano, Naziozênio, Darlan Granjeiro Teles, Paulo Fonseca, Padre Vicente, Maderleide Oliveira, Zena Moiseis, Maria Ramos, Prof. Marcílio, Prof. Ramalho, Prof. José Ramos, e tantos outros destemidos educadores, que fizeram e ainda fazem do Magistério um notável sacerdócio.
O homem jamais será digno do respeito e da admiração, se não valorizar as suas raízes. Isso faz parte do  seu espírito de gratidão. A valorização do ser humano pauta-se muito mais na sua dignidade e no respeito ao próximo, do que nas honrarias que lhe são  conferidas. Pouco valor teria um título de  cidadania se este chegasse até o seu destino como uma folha seca desnorteada e impulsionada pela conivência aos  interesses individuais.
Esta honraria precisa e deve ser motivada, antes de tudo,  pela capacidade e pelo valor de cada homenageado, considerando-se acima de tudo a sua contribuição moral, humana e profissional para o soerguimento de um povo que clama por administrações honradas e coerentes com os interesses coletivos que garantam aos seus filhos um futuro digno e promissor.
Como cidadãos,  dinâmicos construtores de uma história digna do respeito das gerações futuras, cabem-nos o dever e a obrigação de realizarmos um trabalho amplo, alicerçado na competência dos cidadãos de valores invejáveis, cuja idoneidade moral não tenha preço.
Espero que esta Casa, através dos seus mais respeitados e respeitáveis representantes,  os de hoje e os que virão, guarde com orgulho nos anais de sua longa e comovente história, este momento sublime como uma relíquia inesquecível.
A mim, como um combatente em descanso, cabe a grande responsabilidade de respeitar e honrar a outorga que me foi concedida.  Aos que continuam empunhando a bandeira da luta incansável, em busca de novas e sublimes vitórias, a responsabilidade é bem maior.  É em vocês que está depositada a confiança da nossa mãe adotiva, que sonha com mudanças urgentes para a continuação do seu progresso econômico, social, político e cultural.
Mas para isso, ela precisa de filhos corajosos, destemidos. Filhos que não se deixem levar pelo desânimo, pelo desespero dos desencantos. Filhos que se predisponham ao trabalho incansável, para o bem e para o orgulho desta mãe que hoje nos adota como seus filhos.
Obrigado, Araripina! Continue recebendo com carinho aqueles que aqui chegarem dispostos ao trabalho em busca dos seus mais profícuos ideais! Que o seu crescimento esteja sempre registrado pelas ondas sonoras da Arari FM e da Grande Serra, assim como o foi na Arco-Íris de um passado inesquecível.
Diante de todos que nos honram com sua presença, testemunhando este momento tão sublime, estendo minha mão prometendo ser motivo de orgulho para você, minha mãe querida!

Tenho dito!

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