sexta-feira, 14 de junho de 2019

O LÍDER E O DITADOR - EDITORIAL


                                                    O LÍDER E O DITADOR  

A liderança não se aprende em universidades. A liderança se aperfeiçoa com o espírito. Não devemos confundir o líder com o ditador. O líder vence e convence pela palavra; o ditador vence pela força física. As palavras de um líder ferem o coração; as palavras de um ditador ferem os sentimentos humanos.

O líder é formado na arte de ouvir. Assim sendo, ele ouve, medita, analisa e responde com sabedoria. O ditador desconhece o valor do ouvir e sempre responde sem antes procurar a verdade. Para ser líder precisa-se ter maturidade moral, psicológica e profissional. Para ser ditador, basta oprimir os pobres de espírito.

Quem segue os passos firmes de um líder, dificilmente tropeça nas adversidades. Os que tentam imitar o ditador caminham em direção ao abismo do insucesso. O líder apega-se à virtude da honra e da moral para alcançar os seus mais profícuos ideais. O ditador apega-se à força da prepotência para alcançar os seus objetivos.

Os conselhos de um líder promovem o crescimento espiritual. O ditador não aconselha; ele impõe. O líder é paciente; ele pensa, medita e age com sabedoria. Sua visão é panorâmica. O ditador, ao contrário, tem uma visão medíocre: mente e deturpa os fatos. Ele tem duas personalidades, usando-as de acordo com a sua necessidade.

A liderança vem do berço.  Nem todos nascem líderes. Se assim fosse, o mundo estaria repleto deles. A liderança pode ser aperfeiçoada, dependendo da capacidade de cada um. Numa sociedade gananciosa, cada um luta para superar a sua própria capacidade de grandeza.

A conquista pela força não condiz com a realidade de que uma liderança só será construída pelo respeito e pela confiança naquele a quem respeitamos.

Países dominados pela ditadura cruel e indiferente ao sofrimento humano, vivem momentos de angústia e de dor. Somente aqueles sustentados pela conivência aos dissabores da crueldade, acham-se no direito de ajoelhar-se diante dos desumanos ditadores entronizados pela força.

O líder, ao ser ovacionado, não se mostra orgulhoso, mas estimulado a trabalhar melhor por aqueles que o reconhecem como condutor do bem e da justiça. O ditador, este exige bajulações, pois só assim consegue superar a sua incompetência. Muitos, conscientes de que estão no lugar errado, fogem, colocando em risco sua vida e da própria família.

Entre o líder e o ditador existe um abismo extenso e profundo: o da consciência humano. De longe, observamos os dois extremos e chegamos à conclusão óbvia de que precisamos de verdadeiros líderes. Pessoas idôneas que não se deixem influenciar pelas oportunidades conquistadas, transformando-se em ditadores camuflados.

(Por Adalberto Pereira)
                                         
                                                

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