O LÍDER E O DITADOR
A liderança não se aprende
em universidades. A liderança se aperfeiçoa com o espírito. Não devemos
confundir o líder com o ditador. O líder vence e convence pela palavra; o ditador
vence pela força física. As palavras de um líder ferem o coração; as palavras
de um ditador ferem os sentimentos humanos.
O líder é formado na arte de
ouvir. Assim sendo, ele ouve, medita, analisa e responde com sabedoria. O
ditador desconhece o valor do ouvir e sempre responde sem antes procurar a
verdade. Para ser líder precisa-se ter maturidade moral, psicológica e
profissional. Para ser ditador, basta oprimir os pobres de espírito.
Quem segue os passos firmes
de um líder, dificilmente tropeça nas adversidades. Os que tentam imitar o
ditador caminham em direção ao abismo do insucesso. O líder apega-se à virtude
da honra e da moral para alcançar os seus mais profícuos ideais. O ditador
apega-se à força da prepotência para alcançar os seus objetivos.
Os conselhos de um líder
promovem o crescimento espiritual. O ditador não aconselha; ele impõe. O líder
é paciente; ele pensa, medita e age com sabedoria. Sua visão é panorâmica. O
ditador, ao contrário, tem uma visão medíocre: mente e deturpa os fatos. Ele
tem duas personalidades, usando-as de acordo com a sua necessidade.
A liderança vem do berço. Nem todos nascem líderes. Se assim fosse, o
mundo estaria repleto deles. A liderança pode ser aperfeiçoada, dependendo da
capacidade de cada um. Numa sociedade gananciosa, cada um luta para superar a sua
própria capacidade de grandeza.
A conquista pela força não
condiz com a realidade de que uma liderança só será construída pelo respeito e
pela confiança naquele a quem respeitamos.
Países dominados pela ditadura
cruel e indiferente ao sofrimento humano, vivem momentos de angústia e de dor.
Somente aqueles sustentados pela conivência aos dissabores da crueldade,
acham-se no direito de ajoelhar-se diante dos desumanos ditadores entronizados
pela força.
O líder, ao ser ovacionado,
não se mostra orgulhoso, mas estimulado a trabalhar melhor por aqueles que o
reconhecem como condutor do bem e da justiça. O ditador, este exige bajulações,
pois só assim consegue superar a sua incompetência. Muitos, conscientes de que estão
no lugar errado, fogem, colocando em risco sua vida e da própria família.
Entre o líder e o ditador
existe um abismo extenso e profundo: o da consciência humano. De longe,
observamos os dois extremos e chegamos à conclusão óbvia de que precisamos de verdadeiros
líderes. Pessoas idôneas que não se deixem influenciar pelas oportunidades
conquistadas, transformando-se em ditadores camuflados.
(Por Adalberto Pereira)
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