PREGANDO A VERDADE
COM CORAGEM E SERIEDADE.
Parte 6 continuação
CORAÇÃO ENDURECIDO
Será verdade que é
Deus quem endurece o coração do homem? Eu diria: Nem sempre. Não podemos generalizar,
tomando por base o que ele fez com Faraó. Bem, eu não quero expor aqui uma
opinião própria, pois se trata de um assunto delicado. Mas vamos saber o que o
Evangelho segundo Mateus nos diz:
“Porque o coração
deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os
olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam
com o coração, se convertam e sejam por mim curados” (Mateus 13:15).
Tomando como base
esta passagem bíblica, já notamos que há algo estranho. Nela, é o próprio povo
quem endurece o seu coração. Jesus não ia endurecer o coração do homem e depois
pregar-lhe o evangelho. Mas vamos para outras citações:
“Respondeu-lhes
Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar
vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio” (Mateus 19:8). Veja
que ele não disse que Deus havia endurecido o coração daquele povo.
“Homem de dura
cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito
Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis” (Atos:7:51). Aqui
não diz que foi Deus quem endureceu o coração do homem.
“Logo, tem ele
misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz” (Romanos 9:18).
Em outra ocasião, Paulo mostra aos romanos que Israel teve muitas oportunidades,
mas nem todos obedeceram a Deus.
Sendo ele o Deus
todo poderoso e dono de tudo, cabia a Ele ter ou não ter misericórdia daqueles
desobedientes, da mesma forma que era Ele quem decidia se endurecia ou não o
coração deles. Ou seja, Deus não tem satisfação a dar ao homem. Quando Ele
quer, simplesmente faz e pronto! Se ele faz, é Deus! Se deixa de fazer,
continua sendo Deus!
“Perguntou, pois:
terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum! Porque eu também
sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Romanos 11:1).
O futuro do povo de Israel estava nas mãos de Deus.
“Deus lhes deu
espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até ao
dia de hoje (...) Escureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e fiquem para
sempre encurvadas as suas costas” (Romanos 11:8 e10).
Neste caso, foi um
castigo de Deus diretamente ao povo que, apesar das ações Divinas, continuava
desobediente. A incredulidade daquele povo era tão irritante que o próprio Deus
o rejeitou.
O castigo não foi
para os obedientes. Estes não endureceram o coração, pois ouviram, viram e
creram. Sabe com quem Deus fez isso? Com o povo de Israel! O povo escolhido
para ser o Seu povo! O mesmo povo que muitos “eleitos” se sentem orgulhosos de
serem seus descendentes.
ESTÃO PREPARADOS PARA A MISSÃO?
Será que todos os
que se dizem pastores estão realmente preparados para a gloriosa missão de
conduzir o rebanho do Senhor? Será que eles têm certeza de que o Filho de Deus
morreu, ressuscitou dentre os mortos e voltará para o julgamento final?
E se vocês souberem
que 35% dos pastores presbiterianos, 33% dos batistas e 51% dos metodistas não
acreditam que Jesus Cristo ressuscitou? Vocês ficariam surpresos, ou
procurariam os líderes da sua igreja para darem explicações a respeito?
Procurem os seus pastores. Certamente eles terão uma resposta convincente.
Pregar o Evangelho
de Jesus Cristo nunca foi, não é e nunca será uma missão confortável. Os
discípulos que o digam. Seminários (caríssimos, por sinal), foram criados para
o preparo didático, psicológico e, acima de tudo, espiritual dos pastores e
missionários. Os seminários não foram criados para prepararem as ”ovelhas”.
Os discípulos foram
preparados por Jesus para fazerem novos discípulos, ensinando por este mundo a fora.
Vejam o que Jesus disse: “Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio
de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis
pelo caminho” (não era para parar no caminho e ficar batendo papo com as
pessoas) (Lucas 10:3 e 4).
Incomoda-nos vermos
pastores com duplas missões: muitos são pastores e professores; outros pastores
e advogados; mas ainda tem os que são pastores e médicos. Fica, então, a
pergunta: a quem servir primeiro? A Deus ou a Baal? Em muitos casos o
Magistério é apenas um “bico”.
Em uma comemoração
do Dia do Pastor, muitas foram as homenagens. Cada um procurava fazer o melhor
para agradar ao “anjo” da sua igreja. O pior é que ele nem era tudo aquilo que
diziam a seu respeito. Foi aí que alguém disse que não existia palavra para
definir aquele homem de Deus, tão preocupado com o bem estar de suas ovelhas.
Tudo aquilo foi
pelo esgoto das bajulações quando, em menos de três meses, a igreja anunciava a
exoneração do seu pastor. Justificativa: negligência no trabalho. O pastor que
antes era um exemplo, agora já não servia mais. As bajulações ficariam agora
para o próximo (ou a próxima vítima?).
Sair em busca da
ovelha perdida e trazê-la ferida (espiritualmente) para ser curada, ser odiado
por pregar a verdade, dar o outro lado da face para os agressores físicos e
morais, estar atento ao comportamento das ovelhas e pronto a admoestá-las
quando necessário, não é uma missão simples para o bom pastor.
A mensagem de Tito
1:5 a 11 é um peso que nem todos suportam. Não é aquele fardo leve a que Jesus
se referiu. Basta revermos algumas exigências contidas no texto sugerido.
“Alguém que seja
irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes...” (V. 6).
“... não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem
cobiçoso de torpe ganância” (V. 7). “... hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo,
piedoso, que tenha domínio de si” (V. 8).
O pastor da sua
igreja é assim? Ele é irrepreensível? Não é arrogante e nem é cobiçoso? Não é
ganancioso? É hospitaleiro, sóbrio e domina suas emoções? Ele é respeitado
pelos de fora da igreja, por ser um bom exemplo?
- Por Adalberto Pereira -
AGUARDE
CONTINUAÇÃO - PARTE 7
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