MEDINDO A CULTURA DO NOSSO
POVO
Fico impressionado ao ver em
programas de televisão, pessoas que foram e ainda continuam sendo destaques,
muitas delas com milhões de SEGUIDORES pelas redes sociais. Curiosamente
descobri que para chegar ao alge da fama, precisaram apenas fazer caretas e
esfregar o bumbum na cara dos telespectadores. Pronto! Missão cumprida!
Fui aos meus arquivos, li e
reli alguns trabalhos que produzi e postei no meu Face. Meus olhos encheram de
lágrimas ao notar que os mais procurados, tiveram 5 curtições, 2
compartilhamentos e 1 comentário. Então, pensei comigo mesmo, vale a pena
“queimar as pestanas”, explorar a inteligência e ser derrotado por “palhaços”
insignificantes?
A cultura do nosso povo
obriga-nos a renunciar o propósito de construir novas mentalidades e apegar-nos
ao ridículo. A conclusão óbvia a que chegamos é a de que no país onde a
“Eguinha Pocotó” disparou na preferência popular, o silêncio dos intelectuais é
a melhor opção.
Não vale a pena gastarmos o
vernáculo tão rico de beleza, se o rebolado do bumbum transformou-se numa mina
de ouro de primeiríssima qualidade.
Mas o nosso desespero mental
vai muito mais além diante dos programas de confinamentos, envolvendo gente
“famosa”, cujas mensagens culturais são as explosões pornográficas e os
conflitos morais e físicos. Tudo isso leva seus telespectadores ao delírio.
Num mundo depravado, onde o
índice de criminalidade se eleva a passos de mágica, esses famosos e
concorridos programas estimulam à violência moral, física e intelectual. E eles
invadem os lares sem pedir licença. É o submundo da nossa já falida cultura.
É aí que sentimos falta de
programas educativos onde pessoas eruditas respondiam sobre os mais diversos
temas. Eles levavam as pessoas aos mais calorosos aplausos. Basta citar apenas
como exemplo “O Céu é o Limite”. Os veículos de comunicações aumentavam o nível
cultural dos jovens, das crianças e dos adultos.
- Por Adalberto Pereira -
Nenhum comentário:
Postar um comentário