segunda-feira, 27 de setembro de 2021

O QUE FIZERAM COM A CULTURA DO NOSSO POVO?

 

                          MEDINDO A CULTURA DO NOSSO POVO

Fico impressionado ao ver em programas de televisão, pessoas que foram e ainda continuam sendo destaques, muitas delas com milhões de SEGUIDORES pelas redes sociais. Curiosamente descobri que para chegar ao alge da fama, precisaram apenas fazer caretas e esfregar o bumbum na cara dos telespectadores. Pronto! Missão cumprida!

Fui aos meus arquivos, li e reli alguns trabalhos que produzi e postei no meu Face. Meus olhos encheram de lágrimas ao notar que os mais procurados, tiveram 5 curtições, 2 compartilhamentos e 1 comentário. Então, pensei comigo mesmo, vale a pena “queimar as pestanas”, explorar a inteligência e ser derrotado por “palhaços” insignificantes?

A cultura do nosso povo obriga-nos a renunciar o propósito de construir novas mentalidades e apegar-nos ao ridículo. A conclusão óbvia a que chegamos é a de que no país onde a “Eguinha Pocotó” disparou na preferência popular, o silêncio dos intelectuais é a melhor opção.

Não vale a pena gastarmos o vernáculo tão rico de beleza, se o rebolado do bumbum transformou-se numa mina de ouro de primeiríssima qualidade.

Mas o nosso desespero mental vai muito mais além diante dos programas de confinamentos, envolvendo gente “famosa”, cujas mensagens culturais são as explosões pornográficas e os conflitos morais e físicos. Tudo isso leva seus telespectadores ao delírio.

Num mundo depravado, onde o índice de criminalidade se eleva a passos de mágica, esses famosos e concorridos programas estimulam à violência moral, física e intelectual. E eles invadem os lares sem pedir licença. É o submundo da nossa já falida cultura.

É aí que sentimos falta de programas educativos onde pessoas eruditas respondiam sobre os mais diversos temas. Eles levavam as pessoas aos mais calorosos aplausos. Basta citar apenas como exemplo “O Céu é o Limite”. Os veículos de comunicações aumentavam o nível cultural dos jovens, das crianças e dos adultos.

- Por Adalberto Pereira -  

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