MINHA INESQUECÍVEL CAMPINA GRANDE
PARTE 2
Os onze anos que vivi em Campina Grande são traduzidos por momentos relevantes, que jamais serão esquecidos. Eles são cheios de emoções, mas também registram alguns momentos melancólicos, mas que, mesmo assim, precisam ser relembrados
Na primeira parte do nosso registro, lembramos de momentos que muitos nem conseguem rememorar. Uns por não acharem graça nenhuma; outros por negligência ou por problemas de memória.
Aqui, eu começo lembrando meus tempos de futebol. Comecei só aos 15 anos, jogando num campinho denominado "Cova da Onça". O porquê do nome, não me perguntem.
Era a famosa "barra a barra". A gente fazia nossas próprias bolas de pano, eram meias recheadas de panos que, bem socada e bem costuradas, ficavam prontas para serem chutadas por dois disputantes, distantes uns 20 a 30 metros.
Só depois é que vieram as bolas de borracha, usadas para disputas entre duas equipes, no nosso caso de seis jogadores, devido ao tamanho do campo. Era um tipo de bola difícil de ser dominada.
Consigo lembrar dos colegas que comigo participavam das disputas, ou peladas, como desejarem: Antônio Correia, Nivaldo, Zé Costa Barros, Zé Costa Lima, todos da Rua Monte Santo. Tinha também o Inácio Pelado, o Edson, o Noca (estes da rua Ceará).
Foi dali que fui para o juvenil do Vasco da Gama, time do Monte Santo, que tinha como Diretor de Futebol, seu Silva do Bar e como treinador o Guilherme. Enxadeco era o massagista e Bila o roupeiro. As mãos do Enxadeco eram um exagero!
Vale a pena lembrar alguns jogadores do nosso time: Juvenal, Carboreto, Chico, Raimundinho, Gringo, Paulinho, Alaim, Antônio Correia, Pernambuco. Eram pessoas que tinham o futebol como prioridade nos seus momentos de lazer.
Minha primeira participação no time, calçando chuteiras foi numa partida contra o Bangu de um bairro chamado Casa de Pedra. Eu substitui o Carboreto, que estava febril.
Não fui muito feliz na minha estreia. Fiz um gol contra e só não desisti por causa da insistência dos colegas Chico, Juvenal, Gringo e do próprio Diretor de Futebol, seu Silva. Todos me deram total apoio.
Não dá para esquecer os filmes que assisti no Cine Capitólio, Cine Babilônia, Cine Avenida e Cine São José. Também assisti alguns no Cine Brasil, no bairro de José Pinheiro.
O Cine Brasil tinha uma particularidade: se todos resolvessem se encostar ao mesmo tempo as cadeiras desabavam e todos caíam nos colos dos que estavam na fila de trás.
Na Escola de Datilografia de d. Elisa Santana, fiz meu curso de datilografia. A escola ficava ao lado do Cine Avenida, na Rua Getúlio Vargas.
Com 18 anos fui servir ao Exército Brasileiro, no Batalhão de Serviços de Engenharia, lá na Palmeira, onde recebi o nome de guerra de CLAUDINO e o número 216. Estava realizando um dos maiores sonhos da minha vida.
De lá, vêm à lembrança os nomes do tenente-coronel Queiroz (nosso comandante), os majores Maurício e Marcelo; o capitão Braga, os tenentes Negri, Marques, Almeida Passos, Almeida, Rego Barros; o sargento Paulo, os cabos Pereira, Carlos, Luiz e o Rodrigues; além dos soldados: Aleixo, Aguinaldo, Pimentel, Da Silva, Leite, Pereira, Mário, Suetônio, Bonifácio, Oliveira (tratorista), Valdemar, Romeu e Vanaldo.
Ali, fiz parte da banda marcial, comandada pelo sargento 62 (chamado meia dois); integrei o time de futebol do Batalhão e, depois de aprovado num teste entre mais de 80 concorrentes, passei a trabalhar na F.A. (Fiscalização Administrativa), sob o comando do tenente Negri, um descendente de italianos.
Comigo também trabalhavam os soldados Vanaldo e Romeu, e um rapaz chamado Cícero. Era um ambiente saudável e minha função era de grande responsabilidade, pois eu cuidava dos protocolos de rádios e ofícios expedidos e recebidos; memorandos, partes e outros documentos. Era um cargo de extrema confiança. Daí o interesse deles pelo meu engajamento.
Ao lado dos colegas Congo e Isidoro, participei de corridas e outras atividades esportivas, Arrisquei o curso de paraquedista do Exército, onde passei seis meses. Lembro que dos colegas, apenas um, o soldado Magalhães, seguiu carreira. Eu o reencontrei anos depois em uma exibição na cidade de Patos.
Deixei os serviços militares no BSvE contra a minha vontade, visto que minha mãe não aceitava deixar-me em Campina Grande, quando a família estava prestes a se mudar para Patos, onde meu pai já estava. Sai com seis elogios, sendo três individuais e três coletivos.
Bem! Vou ficando por aqui! A história é longa e cheia de emoções. Se for a vontade de DEUS a terceira parte será publicada brevemente. Aguardem!
(História escrita por Adalberto Pereira)
(Direitos autorais reservados)
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