PARECE IMPOSSÍVEL, MAS ACONTECEU.
05 – Mestre Abdon era o técnico da Rádio Espinharas, no tempo do
Maurício Leite. Era um profissional de uma competência indiscutível, mas se não
desse uma passadinha pelo bar do Chicó, não controlava suas “emoções”. Na
época, a rádio tinha o famigerado “gongo”, com três tonalidades diferentes
(fina, média e grossa). Ele era acionado nas notas de falecimento e nos convite
de missa. Como o “Gongo” estava vibrando, mestre Abdon levou para consertar em
sua casa.
Mainardo era o locutor do horário e Luiz Oliveira, o operador
(controlista). (Mainardo odiava divulgar nota de falecimento e convite missa em
seus programas). Por ironia do destino, chegou uma nota de falecimento.
Mainardo não sabia que a rádio estava sem o “Gongo” e anunciou: - NOTA DE
FALECIMENTO... Esperou pelos sinais do gongo, e nada!
Com a coragem que lhe era
peculiar, Luiz fez um sinal dizendo que seguisse em frente. Sem pensar duas
vezes, Mainardo fez os três sinais do gongo com a boca e seguiu com a nota.
Mestre Abdon, que ouvia o rádio em casa, correu para saber se a rádio havia
comprado outro gongo e quem o havia instalado! Pra se vingar do Mainardo e
superar sua mágoa, passou a tarde no bar do Chicó.
- Por Adalberto Pereira -
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PARECE IMPOSSÍVEL, MAS ACONTECEU.
06 – A Rádio Espinharas era muito visitada, por ser a única da cidade e
pelos bons locutores que tinha em seus quadros. Muitas vezes chegavam até a
atrapalhar os trabalhos dos controlistas. Por isso, Maurício Leite colocou uma
portaria proibindo a entrada e permanência de “pessoas estranhas” ao recinto.
Além da Portaria, ele disse para o Pedro Correia:
- Olha aqui, seu Pedro! Aqui,
nem a minha mãe entra! Ouviu? Pedro disse que sim e ficou em silêncio.
Certo
dia, Drault Ernane de Melo e Silva, dono da Rádio e Deputado Federal, foi a
Patos e levou consigo alguns amigos de Brasília para visitarem a sua emissora,
orgulho da região. Todos foram barrados pelo Pedro Correia. Drault Ernane,
sempre muito educado, disse:
- Eu sou o Dr. Drault, dono da rádio. Pedro
respondeu:
- E eu sou Pedro Correia, controlista do horário, que não abro a
porta porque seu Maurício disse que aqui nem a mãe dele entra!
Imediatamente,
Maurício entrou e disse que a portaria não valia mais. Pedro arrancou o papel
da parede, rasgou e jogou no lixo. Drault Ernane elogiou a atitude do Pedoca.
Pedro era o único que tinha essa coragem. Os colegas diziam até que ele não era
bom do juízo.
- Por Adalberto Pereira -
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