PARECE IMPOSSÍVEL, MAS ACONTECEU.
07 – Antes da construção das cabines de rádio e das arquibancadas do
Estádio Municipal José Cavalcanti, as transmissões dos jogos eram feitas nas pistas do campo. Era um jogo
entre Nacional e Esporte. Um empate levava o time alviverde para o quadrangular
decisivo do campeonato Paraibano de Futebol. Ao Esporte, somente a vitória
interessava.
O Esporte vencia por 1 X 0 e Edleuson, torcedor fanático do
alvirrubro, vibrava com aa vitória do seu time de coração. As bandeiras do
Esporte tremulavam e os gritos da torcida eram ensurdecedores. Edleuson
entusiasmado gritava: - Pode vibrar, torcida alvirrubra! O Patinho já está nas
quartas de finais.
Eram 45 minutos da etapa final. Edleuson, sempre eufórico, narrava o
escanteio em favor do Nacional: - Última volta do ponteiro, torcida alvirrubra!
Escanteio para o Nacional! Prepara-se Chacon pela direita! Correu Chacon,
cobrou, a bola subiu, entrou Ribamar de cabeça (uma rápida pausa). Edleuson colocou o microfone pra atrás e
murmurou fora do ar: P. Q. P.! Mas foi obrigado a gritar: - Gooooool! Gol do
Nacional. O Esporte estava eliminado e o Nacional seguia na competição.
Vocês precisavam ver como o nosso “gaguinho” voltou para casa. Nem os
comentários finais ele deixou que se fizesse. Pior foram as gozações dos
nacionalinos pelas ruas da Horácio Nóbrega. Na rádio, ninguém arriscava
cumprimentar o amigo Franco, temendo uma reação inesperada do colega. Isso perdurou
por quase trinta dias.
- Por Adalberto Pereira -
-o-o-o-o-o-o-o-
PARECE IMPOSSÍVEL, MAS ACONTECEU.
08 – Artur Dionísio era um cara interessante. Sempre que apresentava o
seu programa, mandava um “alô” para seu amigo Nêgo Dutra, proprietário de uma
roça e pai de Agar, uma funcionária da Prefeitura de Patos.
Até aí, tudo bem!
Mas o problema é que ele sempre pedia que Nêgo Dutra levasse para ele
macaxeira, jerimum, batata e feijão. Uma vez, duas vezes, três vezes... Até que
Maurício chamou o Artur e o proibiu de pedir qualquer coisa ao amigo. Foi uma
discussão pesada e Artur disse que o que ganhava não dava pra sustentar a
família e não ia deixar de pedir ajuda ao amigo. Maurício foi taxativo:
- Então
o senhor está despedido! Pode ir pra casa!
Em casa, arrependido, mandou que d.
Mercedes, sua esposa, levasse as três filhas e implorasse o perdão do Maurício.
Mas não era pra dizer que foi ele quem mandou! Eles ensaiaram bem a cena. E assim fez a respeitosa e
obediente esposa. Quando ele estava diante de Maurício, o Artur entra, numa
cena extraordinária.
ELE: - Mercedes!!! O que você está fazendo aqui? Por que
está se humilhando? Volte para casa, Mercedes!
Marido e mulher fingiram uma calorosa
discussão acompanhada pelo choro das filhas (d. Mercedes foi uma verdadeira
atriz), mas o Maurício Leite sabia que tudo tinha sido preparado pelos dois. Olhando
para as três garotinhas, Maurício mandou que d. Mercedes voltasse para casa e
que seu marido voltaria a trabalhar normalmente!
- Por Adalberto Pereira -
-o-o-o-o-o-o-o-
Nenhum comentário:
Postar um comentário