PARECE IMPOSSÍVEL, MAS ACONTECEU.
15 - Eu tinha menos de um ano de idade quando fui acometido por uma
doença que os médicos diziam não ter cura, por ser um caso inédito. Do meu
corpo brotava um líquido que ia consumindo minha pele. Minha mãe, desesperada,
levou-me a um médico em Paulista. Eu fora envolvido por uma toalha, de forma a
esconder o corpo das pessoas.
Nosso transporte foi um caminhão, hoje conhecido
como “pau-de-arara”, mas que na época chamava-se “beliscada”. O caminhão era coberto com uma lona e
pertencia ao sr. Oliveira (ainda hoje existe a Empresa Oliveira).
No consultório, depois de me examinar por um longo tempo, o médico
mandou que minha mãe voltasse para casa, pois aquela doença não tinha cura.
Minha mãe voltou ainda mais desesperada. Ao passar em frente à casa de um
cidadão chamado “Pai Tá”, foi chamada pela esposa deste, que perguntava:
- Como está o menino, comadre?
Aos prantos, minha mãe disse que eu estava desenganado pelo médico.
Olhando para mim e com um jeito de desconfiança, a mulher (não lembro o nome)
deu uma receita meio esquisita: mandou
que minha mãe me desse um banho com água de sarça.
Sarça era uma folha que nascia à beira dos rios. Próximo à nossa casa
passava um ”braço” do rio Capibaribe, onde havia grande quantidade dessa
planta. Imediatamente, minha mãe colheu algumas folhas, colocou para ferver num
caldeirão e por três vezes banhou o meu corpo com aquela água meio roxa. A mão
de Deus operou um milagre.
Curado, minha mãe me levou ao mesmo médico para mostrar-lhe que eu
estava vivinho da silva. O médico ficou boquiaberto e perguntou à minha mãe
como aquilo havia acontecido. Encarando o pasmado doutor, ela respondeu:
- Deus curou meu filho! Deu meia volta e voltou para casa. E aqui estou
eu com meus 7.8, contando a história.
Deus colocou aquela mulher na porta, justamente no momento em que minha
mãe por ali passava. Ela foi o instrumento usado por Deus para que a minha cura fosse possível.
OBS.: Se você tem algum ferimento ou algum tipo de coceira, aplique um
banho com água de sarça e o resultado será extraordinário (se preferir, pode
até tomar um pouco dela). A sarça me curou outra vez, em Petrolina, quando eu
estava com aquilo que chamam de “frieira”.
- Por Adalberto Pereira -
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PARECE IMPOSSÍVEL, MAS ACONTECEU.
16 - Patos tem histórias que não
acabam e sempre nos coloca numa posição privilegiada para contá-las. Esta
história envolve o Dr. José Afonso Gayoso, que também foi Deputado Estadual.
Ele tinha como motorista um rapaz chamado Quelé, cuja esposa, d. Helena, era
enfermeira e funcionária do Hospital Janduhy Carneiro. Eles moravam na rua
Felizardo Leite e eram nossos vizinhos.
Certo dia, indo para a fazenda do major Badu, seu sogro, o Dr. Gayoso
pediu que Quelé trocasse de lugar com ele na caminhoneta cabine dupla,
pertencente ao deputado. Quelé obedeceu a o patrão assumiu o volante. Num
vacilo o veículo tombou sem que nada de
grave acontecesse aos dois. Gayoso disse para Quelé que ele não lhe desse mais
o volante, mesmo que ele insistisse.
O tempo passou até que o Dr. Gayoso sentiu saudades do volante e, em uma
das muitas viagens à fazenda do sogro, pediu o volante ao Quelé, que lhe negou
o pedido. Houve uma rápida discussão e depois de perder a calma, Gayoso
perguntou ao motorista:
- Ô Quelé! Finalmente, de quem é essa m...? Ao que Quelé, sempre com
aquela calma que lhe era peculiar, respondeu:
- É sua, mas o senhor disse que mesmo insistindo, não era para eu
entregar a direção ao senhor! E eu não entrego!
O deputado deu um empurrão no querido motorista e assumiu o volante. Não
andou muito e a caminhante foi de encontro à cerca, destruindo parte dela.
Irritado, Gayoso olhou para Quelé e gritou:
- Eu não lhe disse para não me entregar a direção dessa m..., seu
nojento teimoso! Está despedido!
Quelé foi até a fazenda, onde contou o ocorrido ao major Badu, que
esperou a chegada do genro. Deu-lhe uma lição de moral e Quelé voltou ao
emprego imediatamente.
- Por Adalberto Pereira -
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