sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A BÍBLIA SAGRADA - NOSSA REGRA DE FÉ E PRÁTICA?


                                 A BÍBLIA COMO REGRA DE FÉ E PRÁTICA
É muito natural ouvirmos pessoas baterem no peito e bradarem: - Eu tenho a Bíblia como minha regra de fé e prática!
Trata-se de uma expressão bastante forte para uma pessoa que está tão distante da perfeição. Sim, é isso mesmo! Ora, se a Bíblia é a palavra da verdade, se ela é perfeita em todo o seu conteúdo e se é a minha regra de fé e prática, com certeza eu sou um símbolo da perfeição!
Pensando nisso e tentando partir para uma premissa verdadeira, nasceu em mim a curiosidade de procurar explicações para algumas situações envolvendo pessoas que se “viciaram” em dizer: A bíblia é a minha regra de fé e prática. Teoricamente, a frase é bastante erudita. Aliás, você sabe quando se comemora o DIA DA BÍBLIA? (responda sem pesquisar).
Então, nasceram em mim algumas interrogações:
1 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, por que você ainda guarda em seu coração tanta mágoa, tanto ódio e tanto rancor de alguém?
2 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, por que você usa os espaços das redes sociais para defender quem pratica o mal, revestindo-se da couraça da desonestidade para prejudicar seus semelhantes?
3 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, por que você continua sendo um mau exemplo para aqueles que fazem parte da sua vida, inclusive os da sua igreja?
4 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, por que você insiste em falar mal das outras igrejas, achando que a sua é a boazinha? O paradigma da perfeição?
5 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, por que você ainda não é uma nova criatura e continua alimentando os mesmos costumes que o mundo lhe ensinou?
6 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, onde está a sua comunhão com Deus?
7 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, por que então você congrega numa igreja que se mantém conivente com costumes mundanos?
8 – Se a Bíblia é realmente a sua regra de fé e prática, certamente você abomina a ganância, a inveja, a mentira, a omissão, a cobiça, ora pelos seus inimigos, não faz falsas promessas, etc., etc.
Espere aí! Não me venha com essa conversa de que você é um pecador e que só será perfeito com a vinda de Jesus Cristo! Isso aí eu já sei sem precisar de sua justificativa!
Sendo a Bíblia Sagrada a palavra de Deus e o símbolo da perfeição, tê-la como regra de fé e prática é confiar plenamente em Deus e seguir os seus ensinamentos religiosamente – Premissa verdadeira!
Sendo a Bíblia Sagrada a palavra de Deus e o símbolo da perfeição,  como  regra de fé e prática, ela nos leva a sermos pecadores e imperfeitos. – Premissa falsa!
Se você não é perfeito (ninguém o é), como tem como regra de fé e prática algo extremamente perfeito? Não acha isso uma hipocrisia? Não acha que está tentando enganar a si mesmo (já que a Deus você não engana)?
Pois eu vou lhe confessar: eu tenho sofrido até demais para tentar ter as Escrituras Sagradas como minha regra de fé e prática, sabe? Cada vez que estudo a palavra de Deus, sinto-me incapaz de fazer tal afirmativa!
Afirmar que a Bíblia Sagrada é a sua regra de fé e prática é algo muito sério. É tão sério, quanto dizer que o seu corpo é a morada do Espírito Santo! São frases pronunciadas com muita frequência, inclusive por pessoas que não dão bons exemplos.
Não quero desanimá-los, colocando diante de vocês uma verdade que muitos fingem desconhecer. A minha intenção é chamar a atenção para o fato de que precisamos acertar os nossos passos, nesse caminho cheio de obstáculos até alcançarmos a COROA da vida.
A perfeição da nossa vida espiritual deve ser feita com frequência, enquanto Deus nos dá essa rara oportunidade de estarmos cada vez mais próximos dele. E isso só será possível com estudos profundos das Escrituras Sagradas (só ler não é suficiente) e com muita oração.
Infelizmente, muitos pensam que servir a Deus é defender denominações, venerando rótulos de igrejas. Deus quer que o sirvamos em Espírito e em verdade. As Escrituras Sagradas não mandam que idolatremos placas de igrejas, mas ao Deus todo poderoso. Somente a Ele! Igrejas não salvam ninguém. Elas apenas nos ajudam a encontrarmos o caminho da salvação. E para isso basta que elas preguem a Palavra com fidelidade ao Deus vivo, único e verdadeiro.
Igreja séria é aquela que foi reformada por Jesus Cristo. Aliás, a igreja verdadeira já nasceu reformada e não precisou do sacrifício dos homens, mas do sacrifício do Filho de Deus na cruz do Calvário, para ser uma igreja cheia do Espírito Santo.
Se analisarmos com cuidado e com espírito de oração, como viviam os convertidos da igreja primitiva, chegaremos à óbvia conclusão de que precisamos rever os nossos princípios religiosos como verdadeiros servos de Deus. Cuidado! Estamos cada vez mais distantes da realidade cristã.
Não são poucos os exemplos de pessoas que caíram por se apoiarem nos ombros de pregadores sem fortalecimento espiritual. Aqueles que deveriam servir, amar e adorar ao Deus vivo, único e verdadeiro. São poucos os pastores que fazem do Ministério um verdadeiro sacerdócio. Estes nos confortam e nos consolam nos momentos de desolação espiritual.
Se a sua igreja vai mal, ore pedindo orientação Divina e Deus lhe dará discernimento para ajudar na solução do problema. Talvez o seu pastor seja daqueles que fazem do Ministério um complemento para a sua vida profissional. Pastor tem que ser pastor, cuidando bem do rebanho de Deus para ter o seu Ministério abençoado.
O pastor não foi escolhido por Deus para ser palestrante ou para exercer atividades paralelas. Ele foi escolhido para conduzir em segurança o rebanho do Senhor. Para isso, precisa conhecer profundamente as Escrituras Sagradas (Ez. 34:1-10; Jr. 23:1e2), fazendo o que Deus lhe ordenou.
Antes de ensaiar quaisquer críticas a tudo o que está escrito aqui, olhe para dentro de você e pergunte: “Será que tudo isso é inverdade? Será que não estou no caminho certo?”. Depois de uma análise alicerçada na coerência e na verdade, fique à vontade para “sacrificar-me” (se ainda tiver forças suficientes para isso).
E QUE OS ANJOS DIGAM AMÉM!
(Por Adalberto Claudino Pereira)
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