quinta-feira, 29 de agosto de 2019

O PASSADO CONTINUA VIVO NA MEMÓRIA


                                             O PASSADO NÃO MORREU  
  
Calma, gente! Estou chegando ao final! Garanto ser esta a última etapa, mesmo porque a partir de agora, o que acontecer comigo tudo será presente ou futuro! Nada de passado! Neste momento muita gente fez aquele tradicional UFA! Ainda bem que ele se tocou! O problema é que se não contar agora, depois do último suspiro será impossível. E ninguém  lembraria que eu existi, o que seria uma tragédia, depois de tanto sacrifício!

Geralmente, quando estamos escrevendo algo sobre o nosso passado, alguns fatos que achamos importantes fogem da nossa memória, mesmo porque não temos nada escrito e tudo está “engavetado” na nossa mente. Aliás, qualquer que seja a memória do ser humano, ela é incapaz de armazenar todos os fatos mais antigos.

Eu não me perdoaria se deixasse de citar alguns colegas que escaparam da minha lembrança, mas que fui lembrando ao longo dos dias. Entre esses amigos estão Osvaldo Medeiros, Abraão Teixeira, Inácio Bento, José Guedes, todos jornalistas que prestaram seus preciosos serviços aos jornais O Norte, Correio da Paraíba e A União. Na época, eu era correspondente do Diário da Borborema.

Minha passagem pela Rádio Itatiunga de Patos foi bastante promissora. Na minha época, a direção geral da emissora estava nas mãos de Pedro Oliveira Alves, que me convidou para completar o quadro ao lado de Nestor de Alcântara Gondim, Virgílio Trindade Monteiro, José Augusto Longo da Silva e o competente Liranil Fernandes, o único remanescente. Hoje, a direção da emissora está a cargo da Margaret Gusmão.

Na época eu estava no comando do Departamento de Jornalismo da Rádio Arco Iris, em Araripina, quando recebi o convite de Pedro Oliveira. A Itatiunga estava em boas mãos, com profissionais de alta competência. Dirigir o Departamento de Jornalismo de uma emissora recém-instalada, mas com pessoas de excelente qualidade deixou-me bastante feliz. Fizemos um trabalho para marcar época e que ainda hoje continua respeitado. Pedrinho escolheu o que havia de melhor na praça.

Como árbitro de futebol, trabalharam comigo Silvaneto Firmino, Dimas Alexandrino, Geraldo Carlos, Coremas, Geraldo Geraldino, Mário Leitão, Paulo de Tarso, Paulo Cesar e Anchieta. Todos eles bons profissionais, sempre seguros no exercício da função. A presidência da Liga Patoense de Futebol estava nas boas mãos de Juracy Dantas de Sousa. Cheguei a ser agraciado com medalhas pelas minhas atuações como árbitro.

Bem! Está na hora de seguir em frente a chegar à Petrolina, onde trabalhei na Emissora Rural A Voz do São Francisco e na Rádio do Grande Rio. Em ambas, exerci a função de Diretor do Departamento de Jornalismo, ao lado de colegas como Juarez Farias, Teones Batista, Farnésio Silva, Carlos Augusto, Iveraldo Nascimento, Geraldo Magela, Francisco Fernandes, Vinicius de Santana, Aloisio Gomes, destacando ainda monsenhor Gonçalo, Paulo Brito e Pe. Mansueto de Lavor.

Relacionando as emissoras onde emprestei meus serviços, começo pela Rádio Espinharas, Rádio Panati e Rádio Itatiunga, todas em Patos; Rádio da Grande Serra, Rádio Arco Iris FM e Rádio Araripina FM, todas em Araripina; Emissora Rural A Voz do São Francisco e Rádio do Grande Rio, ambas em Petrolina; e Difusora Rádio Cajazeiras, em Cajazeiras.

Na função de Assessor de Imprensa, prestei meus serviços na Câmara Municipal de Patos (8 anos); na Prefeitura Municipal de Patos (7 anos); III Batalhão de Polícia Militar, em Patos (2 anos); DNOCS de Patos (1 ano); Prefeitura de Santa Terezinha da Paraíba (2 anos); Câmara Municipal de Araripina (4 anos). Fui agraciado com dois títulos de cidadania: Cidadão Patoense (Projeto de Lei de autoria do vereador Polion Carneiro); e Cidadão Araripinense (Projeto de Lei de autoria da vereadora Camila Modesto).

E lá vou eu para Araripina! Eu estava na Rádio do Grande Rio, do Grupo Coelho, quando fui mandado pelo Dr. Geraldo Coelho para assumir a direção da Rádio da Grande Serra, em Araripina, conhecida a “terra da farinha”. Para mim tudo aquilo seria uma simples aventura, se não encontrasse a emissora da forma como encontrei: devendo a Deus e ao mundo e mergulhada num verdadeiro caos. Era o ano de 1986.

Em Araripina, a vida seguia quase que normalmente, não fosse a responsabilidade de tirar uma empresa do “vermelho” e fazê-la mudar de rumo. Foi por isso que o senhor Geraldo Coelho disse, ao mandar-me para lá: “Pegue sua bagagem e vá tomar conta da minha rádio em Araripina, antes que acabem de vez com ela!”. A situação era caótica mesmo e tinha até funcionário, cujas comissões estavam com seis meses de atraso.

Mas a equipe era boa, faltando apenas um leve “polimento”: Josafá Reis, Joel Coelho, Deusmar Carlos, Carlos Paixão, Normando Sóracles Gonçalves, Sueli Gomes, Magna Silvana, Valdízio Lacerda, Júnior, seu Alberto, a servente Francisca, e o Departamento de Pessoal com Maria das Graças, Socorro Cavalcante e Renato Paiva. Não há como não citar o Oliveira Paulino e madame Marilí. Com um ano, mudei o carro da empresa, quitei todas as dívidas e depois que “puxaram o meu tapete”, entreguei a rádio com saldo bancário e sem dever a ninguém. Os Coelhos foram ingratos e  deselegantes (ou covardes) comigo!

Conhecer a família Pereira Lima, através do ex-colega de faculdade de Agronomia Geovane, foi muito legal. Surgiram então Darticléia e Joaquim Filho, irmãos do Geovane. E foi o próprio Joaquim que, como presidente do Legislativo Municipal, convidou-me para redigir a Lei Orgânica do Município de Araripina, ao lado das ilustres figuras de Geral Granja Falcão, professor, poeta e historiador, e Dr. Armando Tavares da Silva, juiz de Direito da Comarca.

Como Diretora da Escola Independência, a professora Maria Darticléia Pereira Lima me fez um convite ousado: sabendo que eu havia participado de bandas marciais, em Campina Grande e Patos, convidou-me para ensinar algumas evoluções aos alunos da banda marcial daquela escola. Graças a Deus, foi um verdadeiro show, arrancando calorosos aplausos do público presente ao desfile de 7 de Setembro em Araripina.

Em Araripina conheci pessoas extraordinárias e meu ciclo de amizade foi um dos mais seletos. Basta para isso lembrar de pessoas como  Darticléia Pereira Lima, Elusana Valverde, Anita Bringel, Rivanda Albuquerque, Joaquim Filho, Valdeir Batista e seu irmão Valdemir Batista (Dr. Mimi), Cícero do Bazar Caruaru, Luzia Alencar, Joaquim Pereira Lima, Emanuel Santiago Alencar, Pr. Marcos José Limeira, Luizito Fotografias, Rômulo Jacó, Valmir Lacerda, Geovane Pereira Lima, Francisco Macário, Gil da Gráfica, Luiz Barreto, Augusto Modesto, seu Amando, entre outras figuras ilustres.

E vocês pensam que eu deixaria os vereadores no rol dos esquecidos? Enganam-se! Vale a pena citar Emanuel Bringel, Lula Sampaio, Sinval Ferreira, Salomão da Rancharia, Pedro Cordeiro, Amilton Leite, Arlindo Cordeiro, Boba Sampaio, Wilson de Benito, Badu, Tico de Roberto, Bartolomeu Dias de Castro, Evilásio Mateus, Camila Modesto e os funcionários Sílvio Romero, Socorro Gomes, Rosângela Feitosa, Hilda Nunes, d. Gilza, Gorete Saburido e Irismar Penha.

Também fiz muitos outros amigos, com quem convivi grandes momentos: Afonso Nunes; Valmir Lacerda; Cícero do Bazar Caruaru; Batista do Posto 4 Rodas; os fotógrafos Luizito e Rômulo Jacó; Zé Bihum; Evangelista (nosso querido Lista); Valdeir Batista; Arnaldo Lage; Expedito Arraes; Valdemir Batista (Dr. Mimi); Abdias Sinfrônio; Dr. Geraldo Magela, Juiz do Trabalho; Humberto Bertino; Pr. Marcos José Limeira; Dr. José Wilson (oftalmologista); Dr. Pedro Batista; Dr. Plínio Arraes; Netinho Andrade, Adauto Ferreira, entre outros.

Na Faculdade de Formação de Professores de Araripina, onde fiz meu curso de Licenciatura Plena em Letras, encontrei grandes mestres: Kátia (Latim), Paulo Ponciano e Áurea Carvalho (Português), Naziozênio, Paulo Fonseca e Elodi (Inglês), Eluzana Valverde, além de Maria Darticléia e Darlan Granjeiro Teles. Por sinal, tive a honra de substituir a Ir. Irza do Carmo Carvalho, professora de Língua Latina. Ser professor da faculdade que me formou, além de ter sido um grande desafio, foi uma saudável experiência, graças à confiança em mim depositada pela professora Darticléia.

Lecionei Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Colégio Destak, a convite da professora Zena Moisés. No mesmo colégio, lecionei Direito e Legislação no curso de Contabilidade. Vale a pena lembrar de colegas como Adriana, Marlene, Marcílio, Dayse, Gracinha, e a grande guerreira Luzia. A equipe do Destak era de uma competência ímpar, fazendo com que o colégio recebesse o respeito de todos os araripinenses. Tive ainda uma  CERu Luiz Gonzaga Duarte, onde lecionei Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.

Indo à Araripina é, para mim, uma questão de honra, visitar a Faculdade de Formação de Proferes - FAFOPA, a Câmara de Vereadores, o colégio Destak e todos os amigos que ali deixei. Também não posso deixar de lado a vizinha cidade de Marcolândia, onde construí um saudável ciclo de amizade. Como esquecer as boas conversas com Alencar Costa, Osvaldo Costa, Adauto Coutinho, Zé Nicolau, Antônio Carlos, Adauto Ferreira, Raimundo Rodrigues, Novinho, Roque Costa, Pr. Salvador e João das Placas?

Bem! Já chega! O negócio ficou longo demais e muita gente vai me chamar de “chato”. Assim, prefiro parar por aqui, deixando outros assuntos para a próxima etapa. Se eu esqueci algum nome, não foi de propósito! A culpa é da memória, que já está meio desgastada pelo tempo! Você pensa que é fácil chegar onde eu cheguei, lembrando tantas coisas?

(Por Adalberto Pereira)
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