UMA QUESTÃO DE GOSTO
Há uma expressão popular que
diz: “Gosto não se discute”. Apesar da popularidade, essa expressão nem sempre
é levada a sério. Existem pessoas que fazem questão de discutir sobre as
preferências alheias. E isso tem causado desconforto nas relações de muitos,
até mesmo de grandes amigos.
Induzir alguém a ter o mesmo
gosto, a mesma preferência que nós temos, não é o que aconselha a ética do bom
senso. Não devemos insistir no que é impossível para uns, mesmo parecendo ser
possível para outros. Isso pode causar constrangimentos incuráveis, o que não
seria agradável para quem pretende manter uma grande amizade.
Há quem diga que “religião e
futebol” não se discutem. Mas não é difícil encontrarmos pessoas que insistem
na tentativa de persuadir alguém a seguir a sua religião, mesmo sabendo que
isso não depende da vontade do homem. Nesse caso, essas pessoas passam a ser
vistas como intoleráveis.
Da mesma forma, acontece em
se tratando de preferência por determinados times de futebol. Cheguei a me
afastar de pessoas que tentaram mudar algumas preferências minhas. E nem
adiantava dizer-lhes que para mim, era questão de gosto e que só Deus mudaria!
Já não tolerava mais encará-las.
Se faz parte da nossa
personalidade aprendermos a conviver com as diferenças, por que, então,
insistimos em querer mudar quem não quer ser mudado? Por que, então, insistimos
naquilo que não depende de nós? Respeitar o gosto de alguém é uma decisão
inteligente. Evita transtornos e intrigas.
Robson, um jovem de classe
média alta, chamou em particular um amigo e perguntou por que as pessoas
procuravam se distanciar dele. Com muito cuidado para não feri-lo, o amigo
respondeu: - Você precisa mudar o seu comportamento! Você aborrece as pessoas
tentando convencê-las a serem iguais a você. Seja mais reservado em seus gostos
e em suas opiniões para não ferir os outros e ser por eles rejeitado.
Se é verdade que “gosto não
se discute”, resta-nos mudar a nossa maneira de ser e de agir. Não quero dizer
com isso que devemos nos calar diante de situações que venham causar prejuízos
físicos e morais a alguém. Não podemos e nem devemos confundir aconselhar com insistir. O primeiro leva a uma
meditação; o outro, a uma irritação.
Atentemos para esta
conclusão: Uma boa amizade se mantém quando as duas partes se respeitam e se
corrigem de forma amigável, colocando acima de gostos e preferência, o bom
senso e a humildade para aceitar as pessoas como elas realmente são.
Assim, seremos felizes para
sempre! Lembrem-se de que GOSTO NÃO SE DISCUTE!
(Por Adalberto Pereira)
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