segunda-feira, 26 de agosto de 2019

EDITORIAL DA VIDA


                                                UMA QUESTÃO DE GOSTO 

Há uma expressão popular que diz: “Gosto não se discute”. Apesar da popularidade, essa expressão nem sempre é levada a sério. Existem pessoas que fazem questão de discutir sobre as preferências alheias. E isso tem causado desconforto nas relações de muitos, até mesmo de grandes amigos.

Induzir alguém a ter o mesmo gosto, a mesma preferência que nós temos, não é o que aconselha a ética do bom senso. Não devemos insistir no que é impossível para uns, mesmo parecendo ser possível para outros. Isso pode causar constrangimentos incuráveis, o que não seria agradável para quem pretende manter uma grande amizade.

Há quem diga que “religião e futebol” não se discutem. Mas não é difícil encontrarmos pessoas que insistem na tentativa de persuadir alguém a seguir a sua religião, mesmo sabendo que isso não depende da vontade do homem. Nesse caso, essas pessoas passam a ser vistas como intoleráveis.

Da mesma forma, acontece em se tratando de preferência por determinados times de futebol. Cheguei a me afastar de pessoas que tentaram mudar algumas preferências minhas. E nem adiantava dizer-lhes que para mim, era questão de gosto e que só Deus mudaria! Já não tolerava mais encará-las.

Se faz parte da nossa personalidade aprendermos a conviver com as diferenças, por que, então, insistimos em querer mudar quem não quer ser mudado? Por que, então, insistimos naquilo que não depende de nós? Respeitar o gosto de alguém é uma decisão inteligente. Evita transtornos e intrigas.

Robson, um jovem de classe média alta, chamou em particular um amigo e perguntou por que as pessoas procuravam se distanciar dele. Com muito cuidado para não feri-lo, o amigo respondeu: - Você precisa mudar o seu comportamento! Você aborrece as pessoas tentando convencê-las a serem iguais a você. Seja mais reservado em seus gostos e em suas opiniões para não ferir os outros e ser por eles rejeitado.

Se é verdade que “gosto não se discute”, resta-nos mudar a nossa maneira de ser e de agir. Não quero dizer com isso que devemos nos calar diante de situações que venham causar prejuízos físicos e morais a alguém. Não podemos e nem devemos confundir aconselhar  com insistir. O primeiro leva a uma meditação; o outro, a uma irritação.

Atentemos para esta conclusão: Uma boa amizade se mantém quando as duas partes se respeitam e se corrigem de forma amigável, colocando acima de gostos e preferência, o bom senso e a humildade para aceitar as pessoas como elas realmente são.

Assim, seremos felizes para sempre! Lembrem-se de que GOSTO NÃO SE DISCUTE!

(Por Adalberto Pereira)

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