NA DÚVIDA, NÃO ULTRAPASSE
Se recorrermos ao dicionário
da Língua Portuguesa, veremos que “dúvida é a vacilação sobre a realidade de um
fato ou hesitação em tomar uma decisão ou partido entre diversas opiniões”.
Quem duvida não confia no
que alguém diz, mesmo que isso implique numa realidade incontestável. A Bíblia
conta o caso de Tomé, que duvidou da ressurreição de Jesus Cristo.
As estradas da vida oferecem
perigos dos mais diversos. É muito
natural ouvirmos motoristas dizerem que dirigem por eles e pelos outros. É que
a irresponsabilidade dos que não amam nem a si mesmo, coloca em risco a vida
daqueles que fazem dos seus veículos um patrimônio a ser preservado, Estes são
cuidadosos, cautelosos e não fazem da velocidade objeto nocivo à sobrevivência.
As sinalizações garantem a
nossa segurança, a partir do momento em que as obedecemos, vendo-as como fator
indispensável para que cheguemos sãos e salvos aos nossos destinos. Mas se alguém
arrisca a segui-las, pode estar na iminência de encontrar um indivíduo que não
concorde com a nossa obediência, provocando conflitos que podem causar sérias
consequências.
Euclides Garcia sonhava com
a compra de um carro. Para isso, já sabia até a marca e o modelo. Aproveitou o
seu 13º salário, juntou à economia que fizera e foi até a concessionária, a fim
de realizar o seu sonho. Um dos vendedores o conduziu até o veículo de sua
preferência. Euclides ficou encantado ao ver o carro dos seus sonhos. Tão encantado
que nem ouvia mais as explicações do vendedor.
Conversa vai, conversa vem,
e lá foram os dois para a concretização do negócio. Vez por outra, de lá de
dentro, Euclides dava uma “paquerada” para o carro. Tudo certo! De repente, o
jovem vendedor perguntou: - Bem, seu Euclides, agora falta o senhor escolher a
cor! Nós temos aquele preto, o outro verde abacate, o branco gelo e o cinza!
Escolha!
E agora? Pensou Euclides!
Ele havia pensado em tudo, menos na cor. Nasce nele uma grande dúvida!
Uma família voltava das
férias. No carro, cinco pessoas: o pai, a mãe e os três filhos. Todos faziam
planos para o futuro. Além disso, as conversas sobre o reencontro com os
familiares que não viam há anos.
A faixa era contínua, o que
proibia qualquer ultrapassagem. Do lado oposto, um bi trem vinha vagarosamente,
devido ao grande volume da carga. Os mais de 500 quilômetros até então
percorridos por aquela família foram tranquilos.
De repente, a tragédia! Do
outro lado, atrás do bi trem, surge outro veículo, cujo motorista, quem sabe,
lutando com a dúvida de dar certo ou não, arriscou uma ultrapassagem. Não deu tempo! Se ele
tivesse seguido a advertência de que na dúvida não deveria ultrapassar,
certamente teria evitado a trágica morte de dez pessoas.
Na dúvida, não ultrapasse! A
Polícia Rodoviária Federal tem se esforçado no sentido de levar os motoristas à
conscientização de que uma ultrapassagem duvidosa pode ceifar a vida de pessoas
ousadas.
Houve uma época em que se
dizia: “Não faça do seu carro uma arma! A vítima pode ser você!” Também me
lembro de outra propaganda mais ou menos assim: “Motorista! Não corra, não
mate, não morra! Em casa, alguém espera por você!”.
Aprendi na minha infância
que se conselho fosse bom, não se dava! Ele seria vendido a peso de ouro! Na
verdade, muitas pessoas não estão preparadas para o exercício de determinadas
atividades.
O problema maior e que tem
causado sérios transtornos, é que motoristas sem preparos profissionais e
psicológicos, sem amor à própria vida, colocam em risco a vida dos mais
cuidadosos.
Lembrem-se! Na dúvida, não
ultrapassem!
(Por Adalberto Pereira)
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