REFORMADORES
E REFORMADOS
Ouvindo falar em Reforma Protestante, surgiu em mim o
desejo de ler mais a respeito deste importante fato histórico, cujo precursor
foi o inglês John Wycliffe que no século XIV questionou as controvérsias sobre
o Cristianismo.
Mas a Pré-Reforma já estava em evidência no século XII,
sendo ela resultado de uma denominação cristã conhecida como VALDENSES, nome
que vem do comerciante Pedro Valdo, de Lyon, convertido ao cristianismo por
volta de 1174.
Surgiu, depois, um pensador tcheco chamado JAN HUSS, que
deu início a um movimento religioso, tomando como base as ideias de Wycliffe,
que defendia a pobreza dos padres romanos.
Chega-se à Reforma Protestante no início do século XVI,
iniciada pelo monge alemão Martinho Lutero, que abraçou as ideias dos
pré-reformadores. Em 31 de outubro de 1517, Lutero pregava na porta da Catedral
de Wittenberg as 95 teses, condenando a avareza e o paganismo na igreja.
Hoje, 5 séculos depois, muitos se dizem reformados e até
defendem com “unhas e dentes”, a “paternidade” da Reforma Protestante. Mas será
que estes são realmente reformados, ou tudo não passa de uma mera hipocrisia?
Baseados na verdadeira história, partindo da pré-reforma,
notamos que os objetivos da Reforma Protestante andam muito longe do que pregam
os que hoje se dizem reformados. Ao contrário, são colocadas em evidência as
“marcas registradas” das denominações.
Se antes, a luta era contra a avareza e o paganismo na
igreja, o que culminou com a excomunhão e o exílio de Lutero, e com a execução
de Huss, hoje, a luta é para provar qual a igreja está certa e qual a que está errada.
E nesses passos, as igrejas se agridem mutuamente e a credibilidade da reforma
vai descendo pelo esgoto da podridão.
Os corações dos “pregadores” se transformaram em
depósitos de prepotência, arrogância, inveja, ganância e egoísmo. Pregar o
Evangelho ensinado por Jesus Cristo virou produto em extinção. Os púlpitos se
transformaram em palanques de ataques pessoais, onde a inveja se torna cada vez
mais patente nas “pregações” dos líderes religiosos.
Comercializaram o evangelho, como se este fosse um
produto de supermercado. Os olhos de muitos cresceram em busca de altos
salários, ricas e confortáveis mansões e carros de luxo. A religiosidade é
criticada, mas continua em plena e clara evidência por parte dos que a condenam.
Nos seminários, as Escrituras Sagradas foram sufocadas
pelos livros de teólogos, seguidos conforme as conveniências das denominações,
que se multiplicaram ao longo dos anos. Os homens inspirados por Deus foram
substituídos por homens “iluminados” pelas doutrinas pré-fabricadas.
Enquanto tudo isso acontece, os avarentos e os pagãos,
que deveriam ser combatidos, assistem a tudo de “camarote”. As perseguições, as
torturas e as execuções dos reformadores,
para nada serviram. E os
seminários, que antes eram destinados aos escolhidos pelo Espírito Santo, transformaram-se
em redutos dos caçadores de empregos.
Nem reformadores e nem reformados. Muitas igrejas foram
colocadas em mãos de incompetentes. Pessoas sem vida espiritual, de corações
magoados, rancorosas e despreparadas
para a preciosa missão de pregar o verdadeiro Evangelho da Salvação.
Antes de lutar pela “paternidade” da Reforma Protestante,
que não tinha denominação, é preciso se empenhar para que almas perdidas sejam
resgatadas. As “ovelhas” estão doentes, fragilizadas pela indiferença dos seus
pastores, que preferem o luxo e a comodidade dos seus gabinetes.
Não foi assim que Jesus Cristo ordenou aos seus
discípulos (os pastores de hoje). Estudem e não apenas leiam as Escrituras
Sagradas, convertam-se, consagrem-se e assumam com dignidade a missão preciosa
que lhes foi outorgada.
Escrito e postado por Adalberto Pereira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário