sexta-feira, 2 de agosto de 2019

EDITORIAL DA VIDA


                                   ONDE BUSCAR A VERDADEIRA FELICIDADE?
  
Há uma música que diz: “A felicidade da gente parece a grande ilusão do carnaval. A gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonhos pra fazer a fantasia de rei, ou de pirata ou de jardineira, e tudo se acabar na quarta-feira!”. Certamente o autor quis mostrar o quanto é insuportável uma felicidade efêmera, passageira, instável.

Realmente, há pessoas que buscam a felicidade em momentos como o carnaval, onde elas só podem ser felizes por um tempo determinado, inclusive com intervalos que as convidam a refletir sobre aquilo que poderá vir depois: Frustrações amorosas, desgastes físicos e psicológicos e as decepções diante dos resultados negativos trazidas pelas festas momescas.

Meu objetivo não é desmanchar prazeres. Longe de mim esteja esse pensamento. Ao contrário, o que desejo é colocá-los diante de situações reais, afastando-os das ideias fantasiosas que entristecem e até chegam a levar muitas pessoas ao suicídio moral, intelectual e, o pior de todos: o atentado contra a própria vida.

Para exemplificar como podemos vencer as adversidades da vida, fui até a Bíblia Sagrada, mais precisamente no Livro de Jó, um homem que vivia dias de esplendor, fazendo a vontade de Deus, cercado de riquezas ao lado de uma família feliz. O que aconteceu com aquele homem é de deixar qualquer cristão de queixo caído.

É de pensarmos como um homem temente a Deus chega a viver uma situação tão deprimente. O caso foi tão sério, que Jó perdeu tudo: riquezas, mulher, filhos, a própria saúde e até o apoio dos amigos. Ao lamentar a perda dessa felicidade, ele chegou a dizer: “agora, dentro de mim, se me derrama a alma. Os dias de aflição se apoderaram de mim. A noite me verruma os ossos e os desloca e não descansa o mal que me rói”.

Jó chega ao ponto de lembrar o homem bom e justo que foi, bem como a sua fidelidade a Deus. A história nos conta que, antes de recuperar tudo aquilo que havia perdido e voltar a ser feliz, Jó viveu momentos bastante difíceis e, porque não dizer, insuportáveis. Passar pelo que Jó passou sem abandonar a fé no Deus todo poderoso, não é tarefa muito fácil, nem mesmo para os que se dizem fortalecidos pela fé.

Os efêmeros momentos felizes, proporcionados pelos carnavais e pelos encontros festivos com amigos e familiares, levam muitas pessoas ao desespero quando aqueles momentos passam e elas se encontram isoladas e solitárias. É como se o mundo tivesse desabado sobre elas.

Um amigo me disse, certa vez, que os momentos mais felizes de sua vida eram aqueles em que ele estava nas baladas, cercado de belas garotas e acompanhado de amigos verdadeiros. Então eu perguntei: E quando tudo isso termina? Quando os conjuntos musicais param, os amigos seguem  cada um o seu destino e as garotas já não marcam presença? Como fica a sua felicidade? Ele baixou a cabeça e respondeu: Aí, mano, é o fim da picada!

Já tive meus momentos de glória. Fui um radialista bastante querido. Era procurado pelas meninas das mais diversas cidades e dos mais variados status sociais. Recebi diplomas e medalhas; são incontáveis os elogios a mim dirigidos; muitas vezes, passados os anos, cheguei a dizer aos amigos mais íntimos: eu era feliz e não sabia. Hoje me pergunto: será que eu era feliz mesmo?

Afinal, a nossa felicidade não está limitada aos carnavais, às noitadas festivas com mulheres e amigos, aos milhares de reais escondidos numa poupança ou nos dois ou três carros guardados na garagem de uma linda mansão. Da mesma forma, a felicidade não está pautada nos diplomas, nas medalhas, nos títulos e nos elogios. Na verdade, eles acompanham o tempo e o que era felicidade se transforma em meras lembranças de um passado que não volta mais. Nossa verdadeira felicidade está marcada pela presença de Deus em nossas vidas e na total confiança, nele depositada.

(Por Adalberto Pereira)

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