ONDE BUSCAR A VERDADEIRA
FELICIDADE?
Há uma música que diz: “A
felicidade da gente parece a grande ilusão do carnaval. A gente trabalha o ano
inteiro por um momento de sonhos pra fazer a fantasia de rei, ou de pirata ou
de jardineira, e tudo se acabar na quarta-feira!”. Certamente o autor quis
mostrar o quanto é insuportável uma felicidade efêmera, passageira, instável.
Realmente, há pessoas que
buscam a felicidade em momentos como o carnaval, onde elas só podem ser felizes
por um tempo determinado, inclusive com intervalos que as convidam a refletir
sobre aquilo que poderá vir depois: Frustrações amorosas, desgastes físicos e
psicológicos e as decepções diante dos resultados negativos trazidas pelas
festas momescas.
Meu objetivo não é
desmanchar prazeres. Longe de mim esteja esse pensamento. Ao contrário, o que
desejo é colocá-los diante de situações reais, afastando-os das ideias
fantasiosas que entristecem e até chegam a levar muitas pessoas ao suicídio
moral, intelectual e, o pior de todos: o atentado contra a própria vida.
Para exemplificar como
podemos vencer as adversidades da vida, fui até a Bíblia Sagrada, mais precisamente
no Livro de Jó, um homem que vivia dias de esplendor, fazendo a vontade de
Deus, cercado de riquezas ao lado de uma família feliz. O que aconteceu com
aquele homem é de deixar qualquer cristão de queixo caído.
É de pensarmos como um homem
temente a Deus chega a viver uma situação tão deprimente. O caso foi tão sério,
que Jó perdeu tudo: riquezas, mulher, filhos, a própria saúde e até o apoio dos
amigos. Ao lamentar a perda dessa felicidade, ele chegou a dizer: “agora,
dentro de mim, se me derrama a alma. Os dias de aflição se apoderaram de mim. A
noite me verruma os ossos e os desloca e não descansa o mal que me rói”.
Jó chega ao ponto de lembrar
o homem bom e justo que foi, bem como a sua fidelidade a Deus. A história nos
conta que, antes de recuperar tudo aquilo que havia perdido e voltar a ser
feliz, Jó viveu momentos bastante difíceis e, porque não dizer, insuportáveis.
Passar pelo que Jó passou sem abandonar a fé no Deus todo poderoso, não é
tarefa muito fácil, nem mesmo para os que se dizem fortalecidos pela fé.
Os efêmeros momentos
felizes, proporcionados pelos carnavais e pelos encontros festivos com amigos e
familiares, levam muitas pessoas ao desespero quando aqueles momentos passam e
elas se encontram isoladas e solitárias. É como se o mundo tivesse desabado
sobre elas.
Um amigo me disse, certa
vez, que os momentos mais felizes de sua vida eram aqueles em que ele estava
nas baladas, cercado de belas garotas e acompanhado de amigos verdadeiros.
Então eu perguntei: E quando tudo isso termina? Quando os conjuntos musicais
param, os amigos seguem cada um o seu
destino e as garotas já não marcam presença? Como fica a sua felicidade? Ele
baixou a cabeça e respondeu: Aí, mano, é o fim da picada!
Já tive meus momentos de
glória. Fui um radialista bastante querido. Era procurado pelas meninas das
mais diversas cidades e dos mais variados status sociais. Recebi diplomas e
medalhas; são incontáveis os elogios a mim dirigidos; muitas vezes, passados os
anos, cheguei a dizer aos amigos mais íntimos: eu era feliz e não sabia. Hoje
me pergunto: será que eu era feliz mesmo?
Afinal, a nossa felicidade
não está limitada aos carnavais, às noitadas festivas com mulheres e amigos,
aos milhares de reais escondidos numa poupança ou nos dois ou três carros
guardados na garagem de uma linda mansão. Da mesma forma, a felicidade não está
pautada nos diplomas, nas medalhas, nos títulos e nos elogios. Na verdade, eles
acompanham o tempo e o que era felicidade se transforma em meras lembranças de
um passado que não volta mais. Nossa verdadeira felicidade está marcada pela
presença de Deus em nossas vidas e na total confiança, nele depositada.
(Por Adalberto Pereira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário